Quer sejam duas figuras públicas ou duas pessoas anónimas, a lavagem de roupa suja em público ou nas redes sociais é o mais feio que um casal, que termina uma relação, pode fazer. Não sou apologista do “acabou a bem”. Isto não existe. Se a relação acaba é porque algo está mal. Se tudo está bem não é necessário terminar uma relação.
Mas se não acredito em relações que acabam bem, acredito em relações que terminam de forma civilizada. Com uma relação civilizada entre duas pessoas que partilharam uma história e da qual até podem ter nascido filhos que não pediram para nascer. Tal como acredito na total ausência de relação entre ambos. E aqui refiro-me aos casos em que não existem filhos e em que um corte de comunicação é o melhor para ambos.
Aquilo que não aceito (ou que condeno) é a troca de acusações em público. É a tentativa (independentemente de ser verdade ou não) de colocar uma pessoa em baixo de modo a ficar em cima. Não sei se as pessoas entendem que esta é a única defesa. Se é o resultado de acumular muitas coisas que não se aceita. Mas nada é mais feio do que partilhar detalhes que não devem ser do conhecimento de ninguém, excepto do (ex)casal. Não consigo perceber o insulto em público. E isto aplica-se a ex-namorados ou a qualquer pessoa que escolhe a humilhação pública como arma de arremesso.
E tudo isto é ainda mais feio (ou grave) quando existem crianças. Que acabam por estar inseridas numa guerra na qual nunca quiseram participar. E que acabam, quase sempre, por ser as maiores vítimas da guerra entre os pais que não se conseguem entender quando decidem seguir caminhos separados. Aquilo que pode ser um “desabafo” de alguém desesperado acaba por ser quase sempre um erro que não se apaga. Especialmente a partir do momento em que está ao alcance de todos numa qualquer rede social.
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