Uma das coisas que me causa mais impressão quando vou correr é ver pessoas que correm com calçado que não se adequa à prática desportiva. E digo isto porque é meio caminho andado para provocar lesões nos joelhos, costas e por aí fora. Em condições ideais o calçado escolhido para a corrida deverá suportar o peso do corpo no momento do impacto.
Nos dias que correm já se encontram modelos bons a um preço relativamente baixo. Hoje em dia existem marcas muito baratas que cumprem o efeito. Basta que a pessoa perca um pouco de tempo a ler as características do modelo em vez de ficar apenas pela cor que até é bonita. Mas quando se trata de corrida aconselho que as pessoas – pelo menos aquelas que correm com frequência – não se preocupem em gastar um pouco mais num modelo adequado para o tipo de corrida, frequência e distância. Isto pode parecer muito complicado mas é bastante fécil de perceber.
Mas quando se gasta uma quantia mais elevada num modelo é bom ter em conta algo que muitas pessoas desconhecem: o tipo de passada. A maioria das pessoas são supinadores ou pronadores. Trocando isto por outra linguagem, gastam mais sola do lado de fora do ténis ou do lado de dentro, respectivamente. Depois existe uma pequena margem de pessoas que têm uma passada neutra, ou seja pessoas que apoiam o pé por igual, sem qualquer movimento que faz com que o apoio seja mais localizado em determinada zona.
Neutro
Pronador
Supinador
Quando se gasta mais dinheiro é bom ter isto em conta. Pelo simples facto de que conhecer a passada permite saber onde é que a sola deve ser mais reforçada. Saber isto aumenta o conforto da corrida e permite dar mais tempo de vida aos ténis que vão ter uma sola adequada à corrida. Uma forma simples e básica de conhecer a passada é olhar para a sola de calçado que se tem em casa. Percebe-se onde é que está mais gasta e isso dá uma ideia.
Mas agora já não é assim tão complicado efectuar um teste em condições. Neste fim-de-semana estive na loja Decathlon (Almada) e deparei-me com um aparelho que permite que a pessoa conheça (de forma gratuita) o seu tipo de passada. Basta colocar alguns dados como peso e altura e correr por cima de um aparelho próprio. Três vezes com um pé e mais três com outro. E sabe-se o resultado em pouco tempo.
Isto pode parecer uma “mariquice”. Pode soar a desculpa apenas para se gastar cerca de cem euros (ou mais) nuns ténis. Mas o que parece caro pode vir a ser muito barato tendo em conta a duração dos ténis. Ou tendo em conta as consultas e sessões de fisioterapia que podem resultar de algo que facilmente poderia ter sido evitado. Já agora, o valor dos ténis também é uma questão que facilmente se ultrapassa. Existem lojas de marca que vendem modelos a preços atractivos. Posso dar o exemplo dos meus ténis que eram 160 euros e que ficaram por metade do preço.
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