O jornal The Sun decidiu partir em busca dos motivos pelos quais as mães oferecem mais presentes às filhas, quando em comparação com os filhos, no Natal. De acordo com esta publicação as meninas chegam a receber cinco vezes mais presentes do que os meninos. E existem mães que poupam nos presentes deles para ter mais dinheiro para gastar nos presentes delas. E o mesmo se aplica aos pais.
Mas qual o motivo desta discrepância de valores? Uma das mães que dá a cara nesta reportagem assume gastar o dobro com as filhas. E o motivo desta mãe é simples: as filhas querem muito mais coisas do que os filhos. Outra progenitora avança com um motivo diferente. Para esta mãe o mercado apresenta uma menor oferta para os rapazes. Defende que os rapazes ficam eternamente satisfeitos com uma bicicleta, um iPad e uma consola. Ao contrário do que acontece com as meninas.
Outra mãe refere que tenta ser equilibrada. Mas que no momento de embrulhar os presentes percebe facilmente que a filha irá receber muitos mais presentes do que o filho. Explica ainda que a filha é muito mais exigente do que o filho. Uma outra mãe revela que perguntou ao filho aquilo que queria receber. Este olhou para a consola, para os jogos e disse não se lembrar de nada. Já a filha fez uma lista interminável de presentes que desejava. Esta mãe diz sentir culpa mas que é muito mais fácil comprar coisas para as filhas e que estas pedem mais coisas.
Nunca tinha pensado nas coisas nesta perspectiva. E o que é certo é que nenhuma destas mães negou que as filhas recebam mais presentes do que os filhos. Por outro lado, quero acreditar que isto não é uma regra geral. Mas talvez para isto conte a minha educação que nunca teve por base pedir e receber automaticamente. Pois não é assim que as coisas funcionam. Gosto de acreditar que os pais são equilibrados no momento de oferecer presentes aos filhos. O número até poderá ser diferente mas o valor será o mesmo.
Não considero justo que se dê tudo a um porque pede e se ignore o outro porque é mais comedido nas exigências, pois os pais falam das filhas como fazendo exigências para o Natal. Até porque a ausência de pedidos não significa que as crianças não fiquem marcadas pelo tratamento que os pais dão a uma filha e que não aplicam a si. Cria a ideia de preferência, de filho predilecto. E isto marca todas as crianças.
Tenho duas filhas e um filho. Quando aparecem na caixa de correio os folhetos das superfícies comerciais com os brinquedos, eu e o meu marido deixamos que os miúdos assinalem as suas preferências nos folhetos, mas nunca lhes passámos a ideia de que as escolhas significassem presentes que iriam receber. Aliás, raramente terão recebido algo que tivessem assinalado. No entanto, continuam a gostar de assinalar as preferências. É como eu, ao ver um catálogo de casas onde gostaria de viver - sonhar não custa!
ResponderEliminarEu gasto aproximadamente o dobro do dinheiro com elas, mas isso é porque elas são duas e ele é um! :-)
Ainda assim, embora ofereça prendas em número e valor aproximado (nada das discrepâncias apontadas pela publicação, que até me deixaram um bocado incrédula), não considero que tenha de ser sempre assim. Por vezes um presente que se oferece pode ser "a cara" de uma criança e ser muito mais barato do que o que se oferece a outra criança, e não se tem de comprar mais nada só para igualar os valores, na minha opinião!
Também tens razão no que dizes. Mas os argumentos da reportagem e daquelas mães não fazem muito sentido.
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