A ideia não é de agora. É pelo menos a terceira vez que é colocada em prática. E resume-se ao apoio de um grupo de prostitutas a Hillary Clinton na sua candidatura à Casa Branca. A ideia partiu de Dennis Hof que é dono de sete bordéis (legais) no estado do Nevada. Para quem não conhece Dennis Hof, é o dono do Bunny Ranch, bordel que já teve direito a um programa televisivo que foi transmitido na SIC Radical. E o grupo de apoio é formado pelas prostitutas que trabalham para si.
Nada tenho contra as mulheres que escolhem este rumo para as suas vidas. Não sou ninguém para o fazer. Olho é para isto como um golpe publicitário que serve apenas para promover os bordeis de Dennis Hof. Caso contrário era “apenas” um grupo de mulheres, como tantas outras, que manifesta o seu apoio a determinado candidato, neste caso Hillary Clinton. Não seria necessária a bandeira “somos prostitutas do Bunny Ranch” e vamos criar um site em que damos conta que as prostitutas desta casa apoiam a candidata.
Percebia a necessidade de um grupo de apoio de prostitutas caso estivessem a defender aquilo que consideram estar mal na área em que trabalham. Mas os argumentos passam por “mulheres apoiam mulheres” e por outras políticas que são defendidas por todos os cidadãos norte-americanos. Ou seja, não existe um tentativa de levar para discussão políticas relacionadas com a prostituição e com este mercado de trabalho nos Estados Unidos. E a isto juntam-se fotos de apoio em que algumas mulheres estão de rabo para o ar, o que retira credibilidade à iniciativa.
Aquilo que tinha tudo para ser algo mais sério acaba por se transformar num golpe publicitário para a cadeia de bordeis de Bunny Ranch. Olho para isto como uma “brincadeira” de um grupo de pessoas que ficam contentes com mais uma fotografia, com mais uma notícia e com mais uma página de jornal onde aparecem. Algo que agrada ao dono do Bunny Ranch que tem publicidade sem qualquer custo monetário.
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