27.4.17

mais de dez anos depois... chegou ao fim

Hoje participo naquele que será o meu último fecho de edição da publicação onde trabalho há mais de dez anos. Aquela (sem contar com o estágio de três meses numa revista que infelizmente já não existe) onde sempre trabalhei. Na minha página de facebook pessoal partilhei a fotografia da primeira capa em que participei, mesmo só tendo escrito meia dúzia de breves.

Na publicação onde agradeço às pessoas com que me cruzei ao longo destes anos recebi comentários de amigos e de pessoas com quem trabalhei. E no fim de contas é isto que realmente importa. É isto que guardo. As memórias que diversas pessoas tornaram possíveis. É isto que dura desde o primeiro dia em que entrei na redacção até aquele que será o último. E o melhor que podia receber neste dia simbólico são as palavras daqueles de quem gosto.

É mais um exemplo de que a vida é feita de momentos e de pessoas. Pelo menos é assim que a vejo. Irei recordar pessoas, histórias e vivências. Muito mais do que qualquer artigo que escrevi. Do que qualquer capa que surgiu por minha iniciativa e por causa do meu trabalho. São estas coisas que dão encanto à vida. Que a tornam mais saborosa e inesquecível.

Agora é tempo de pensar no futuro. Mais de dez anos depois digo adeus ao papel. Acaba-se uma publicação física. O futuro, pelo menos aquele que me espera no imediato, passa pelo digital, que há muito é visto como o futuro do jornalismo. E estou entusiasmado com o mesmo, por tudo aquilo que representa e pelas novidades que estão associadas ao mesmo.

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