A atitude de uma mãe está a dar que falar. Pelo simples facto de que esta mãe fingiu ser o Coelho da Páscoa. E deixou uma carta para os seus três filhos. Na missiva pode ler-se que não vão receber nenhum ovo (ou presente) na Páscoa porque andaram a portar-se mal. A mãe escreve ainda que o Coelho da Páscoa está sempre atento e que irá falar com o Pai Natal para que fique igualmente atento ao comportamento das crianças de modo a que decida se podem passar para a lista daqueles meninos que são bem comportados. A criança mais velha chorou e a mais nova terá ficado bastante admirada com a carta.
Esta mãe partilhou uma foto da carta em questão e as opiniões dividiram-se imediatamente. Há quem esteja do lado da mãe e existem especialistas que entendem que esta medida não resolve nada. Existem aqueles que dizem que a mãe foi bastante cruel com os filhos. E os que aplaudem a atitude de uma mãe que leva um castigo até ao fim. E acho que é nesta última opinião que reside a verdadeira questão.
A maioria dos pais não leva um castigo até ao fim. Existe uma ameaça. Duas ameaças. Três ameaças ou mesmo mais. Mas o castigo poucas vezes chega a ser colocado em prática. E quando o pai decide aplicar o castigo, vem a mãe e diz que não é preciso, que fica para a próxima. Ou quando é a mãe que decide castigas, vem o pai e intercede a favor dos filhos. E as crianças acabam por tirar o melhor partido desta situação. Sabem que podem jogar com um dos pais quando o outro está chateado.
Esta mãe levou o castigo até ao fim. Acredito que lhe tenha custado. Tal como acredito que custa a qualquer pai castigar um filho. Mas aposto que aquelas crianças não vão esquecer a Páscoa em que o mau comportamento – aparentemente frequente – levou a que não recebessem nada enquanto a maioria das crianças recebeu algo. E isto não é nenhum bicho de sete cabeças. É um castigo simples e um alerta para três crianças que teimam em não se portar bem.
E esta decisão não transforma aquela mãe numa má mãe. Por mais que muitas pessoas achem o oposto. Os castigos, quando merecidos, fazem parte do crescimento de uma criança. São uma das formas, quando outras falharam, de mostrar à criança que fez algo errado. E que não poderá continuar a comportar-se como bem entende, ignorando os alertas dos pais. Por tudo isto, estou do lado daqueles que aplaudem a decisão desta mãe.
Existem crianças e jovens que precisam de castigos quando merecidos, senão não respeitam ninguém e há tantos,mas tantos casos assim.
ResponderEliminarBeijinhos
Só que muitos pais acabam por não castigar.
EliminarBeijos
Olá :)
ResponderEliminarEu aplaudo esta mãe pela atitude. Os ovos da Páscoa, entre outros mil e quinhentas "tradições" que foram impostas pelo marketing e publicidade, são mimos, regalias, coisas não essenciais. As crianças gostam, e os adultos apreciam ofertar e ver a sua alegria, mas por serem futilidades, à falta de expressão melhor, é o melhor sítio onde cortar para lhes dar uma lição quando necessário.
Penso como tu. Se existem alturas em que os castigos podem ser colocados em prática é em casos como este.
EliminarSim, e achou necessário partilhar o castigo e humilhar os filhos pela net porquê? Eu estou-me bem cagando se há pais super permissivos ou super controladores, se há pais que gritam ou os que não ousam levantar a voz, se há pais que mandam os filhos para a cama sem jantar ou os que banem castigos. O que eu não suporto são pais que acham engraçado partilhar os filhos a serem castigados, a querer fazer aquela última humilhação para o mundo global... Ridículo.
ResponderEliminarNão vejo a situação como uma humilhação pública porque esta mãe não sabia que a sua partilha seria partilhada mundo fora. É uma mãe que partilha, para os amigos, a carta que escreveu aos filhos, castigando os mesmos por mau comportamento. Se for pensar na humilhação pública posso pensar numa crítica para a mãe se entender que aquela carta nasce da sua falta de competência enquanto mãe que não consegue educar os filhos. É por isto que não entendo que seja uma humilhação.
EliminarMudo completamente de opinião quando são aqueles pais que partilha vídeos a bater nos filhos. Considero que isso é que é uma humilhação pública totalmente desnecessária. Este caso é uma situação simples mas que acaba ser comum a muitos pais.
A partir do momento em que uma pessoa mete algo a circular na internet (redes sociais, blogs, wtv) tem de saber que esse documento, foto, o que quer que seja se pode tornar viral. Está a meter um suposto momento privado e íntimo na esfera pública. Colocar uma coisa no facebook não é o mesmo que mostrar aos amigos.
Eliminar"Não estava à espera que se espalhasse assim tanto" era uma boa desculpa há 5 anos atrás, hoje em dia não. As pessoas têm de saber como funciona a internet, ponto.
Fui castigada pelos meus pais, sempre com razão, mas se eles tivessem partilhado os meus castigos na internet eu não sei qual seria a minha reação enquanto adulta. Provavelmente não muito boa. Os paizinhos que metem tudo e mais alguma (fotos dos bebés na praia, a fazer o seu chichi, a fazer uma birra, a serem castigados, todos sujos de comida)e acham muito engraçado e sem consequências... Vamos ver daqui a 10 anos como é que essas crianças são. Tudo o que mete menores de idade e partilha na internet por parte dos pais... epá, sou absolutamente contra.
Compreendo e percebo a tua opinião. Só acho que não podemos comparar tudo da mesma forma. Como aqueles casos de que falas.
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