Ainda não era candidato e já era o preferido dos portugueses para ser o próximo Presidente da República. Os números das sondagens são bastante elevados e muitas pessoas acreditam que Marcelo Rebelo de Sousa será eleito Presidente da República sem a necessidade de uma segunda volta nas eleições presidenciais. O candidato é visto como uma espécie de fenómeno. É uma pessoas que até é capaz de atrair às urnas pessoas que não têm um hábito de voto.
Recuando um pouco no tempo os votos tinham por base cores partidárias. Mais do que a pessoa interessava o partido. “Não gosto da pessoa mas é do meu partido e vai ter o meu voto” era o modo de pensar instituído. Acredito que muitas pessoas, sobretudo as mais velhas, ainda pensam deste modo. Mas, por outro lado, o fenómeno Marcelo Rebelo de Sousa ajuda a provar que já se olha mais para a pessoa, para as suas ideias e modo de pensar do que para a cor de um partido político.
Tenho a certeza de que Marcelo Rebelo de Sousa tem apoiantes que não são do PSD, o partido ao qual está associado. E este facto não impede que votem em Marcelo para Presidente. E este exemplo revela um novo modo de pensar do povo português. As pessoas já olham mais para as pessoas do que apenas para o partido de que gostam. Analisam o candidato e não a máquina partidária que está nos bastidores. E Marcelo Rebelo de Sousa não é caso isolado.
Mariana Mortágua será uma das responsáveis do renascimento do Bloco de Esquerda. Acredito que o seu mediatismo, devido à forma como lidou com Zeinal Bava e com Ricardo Salgado, levou a que muitas pessoas acreditassem em si e que esse voto de confiança acabasse por ter expressão nas urnas. O próprio António Costa é outro exemplo. Muitas pessoas do seu partido optaram por não votar em si por não gostarem da sua liderança. E estes três exemplos mostram que as pessoas já não estão tão presas aos “partidos de sempre” mesmo não gostando dos candidatos. E isto é positivo.
O voto pode ser na pessoa, mas muitas pessoas votam porque "gostam de o ouvir falar" e não procuram saber mais sobre a pessoa na qual votam, além do que lhes entra pela casa dentro através da tv, então...muitos votam em bons oradores, e sou de opinião que pode até tornar-se perigoso, quando as pessoas votam em candidatos apenas pelo seu discurso.
ResponderEliminarNo caso do Marcelo poderá acontecer isso porque as pessoas estão habituadas à sua presença na televisão a comentar política. Mas acredito que as pessoas cada vez mais analisam as pessoas e não se deixam levar apenas pelo partido.
EliminarMas no caso do António Costa, não correu bem. Se não fosse a associação ao BE e ao PCP ele era oposição e o caso com o José Seguro e ter este resultado foi triste.
ResponderEliminaro Marcelo sabe levar os outros, as pessoas que façam um exercício de ouvir as explicações deles e apercebem-se que anda ali na maionese e não responde a nada, mas como tem aquele ar bonacheirão leva a água ao seu moinho, pode ser bom professor mas politico de qualidade, poupa-me é "populista".
Sem duvida que a safa do BE foi as gémeas M. que revitalizaram e a Catarina, mas vamos ver o BE já subiu e depois desceu a pique para lá andar muito tempo.
No caso de António Costa algumas pessoas PS preferiram votar noutras pessoas. O caso da Mariana já é diferente. Fez as perguntas que muitos portugueses desejavam fazer e isso deu-lhe credibilidade.
EliminarPor isso é que acho que as pessoas começam a analisar pessoas e não apenas a bandeira do partido.
Sem esquecer que começam também a ficar fartas dos de sempre.
Talvez tenhas algumas razão sim.
ResponderEliminarAcho que passa por isto.
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