Existem diversas linhas que separam as
pessoas. A linha que separa as que gostam disto das que gostam daquilo. A linha
que separa aquelas que preferem uma cor das que gostam de outra. E por aí fora
em quase tudo o que se possa imaginar. Estas linhas ajudam a agrupar as pessoas
em diversos grupos. Mas, e do meu ponto de vista, existe uma linha que está num
patamar muito superior quando comparada com todas as outras.
Pode ser chamada de linha do carácter.
Que é aquela linha que separa as pessoas que, por exemplo, dizem as coisas cara
a cara daquelas que enviam recados por este ou por aquele. As pessoas que têm
coragem de dizer o que quer se seja pessoalmente daquelas que gritam no meio da
multidão de modo a que se perceba a ideia mas de maneira que seja imperceptível
o autor das palavras. E esta é capaz de ser a linha que melhor distingue as
pessoas. Estar do lado errado da linha não significa que seja má pessoa. Mas é
um cartão de visita a ter em conta.
E é por isso que sempre gostei das
pessoas frontais – facilmente definidas como arrogantes – que não mandam
recados por ninguém. Que dizem aquilo que têm a dizer cara a cara. Mesmo (sobretudo) que
seja um “não gosto de ti” por este ou por aquele motivo ou um “essa ideia é
estapafúrdia” por esta ou por aquela razão. Algo que acaba por levar quase
sempre a um diálogo, quase sempre interessante.
E é por isso que não tenho em grande
conta as pessoas que mandam recados por outros, que escondem coisas e que no
frente a frente apenas têm coragem para dizer “gosto de ti” quando na realidade
não gostam. Existirá quem encontre outra linha a que dê mais destaque do que
esta no momento de definir alguém. Para mim esta diz tudo. A partir daqui
sabe-se aquilo com que se pode (ou não) contar.
Eu sou assim. Gosto de ser frontal. Não gosto nada de quem fala pelas costas e não tem coragem de dizer as coisas frente a frente.
ResponderEliminarAbraço
Ainda bem que és assim.
EliminarAbraço
Não tem que ver com nada mas só queria partilhar que acabei por conseguir fazer o bolo de aniversário como o teu :) Já há muito tempo que queria fazer mas como a motivação veio daqui do teu blogue, quis partilhar e agradecer :) fez furor heheheh
ResponderEliminarhttp://entraesentate.blogspot.pt/2015/06/aviso-navegacao.html
Se os olhos comessem ficavas sem bolo :)
EliminarAinda bem que correu tudo bem e os parabéns atrasados. Que tenha sido um dia muito feliz.
Beijos :)
Muito obrigada. Na verdade, o bolo está quase todo findado :P e só no domingo à noite é que o partimos :) Correu bem! Obrigada :)
EliminarAinda bem :)
EliminarSou das que tem o coração na boca. Tudo o que tenho a dizer digo, resmungo e esbracejo...mas não guardo rancor, depois de soltar os pensamentos acalmo-me e ponho uma pedra no assunto. O problema é como dizes, muita gente confunde frontalidade com arrogância...já me lixei muitas vezes por ter este feitio. Mas não é por isso que vou mudar. Fui educada por pais com caráter que me transmitiram o mesmo, gosto de ser assim.
ResponderEliminarhttp://thelusofrenchie.blogspot.pt
Nesse caso só é necessário um pequeno filtro (e sou como tu) o que não significa deixar de ser frontal e sincero.
EliminarEu gosto de pessoas frontais e tento sê-lo o mais possível, mas como tenho o coração na boca tenho de usar filtro ou então a coisa correria muitas vezes mal. Tive de aprender a conter-me especialmente em ambiente laboral.
ResponderEliminarMas muita gente refugia-se na frontalidade para ser maldosa, mesquinha e mal-educada. Tudo bem que quando não se gosta de uma coisa se deve ser sincero e dizer que não se gosta, mas apenas se isso interferir connosco. Muitas opiniões podemos guardar para nós próprios especialmente se ninguém as pediu.
Dizer por exemplo a uma noiva que não se gosta do vestido dela é simplesmente estúpido a menos que a rapariga esteja a fazer uma figura triste. Chegar à casa nova de um amigo e dizer que não se gosta do sofá ou das cortinas antes de ele nos perguntar é igualmente estúpido. Se nos perguntar podemos dizer que não faz o nosso estilo, ou que gostava mais da cor Y ou X, a menos que sejamos decoradores de interiores não devemos aniquilar a decoração só porque não gostamos.
São apenas dois exemplos em que a frontalidade serve apenas para ferir os sentimentos das outras pessoas.
Ser frontal é muito bonito mas a educação e o bom senso são duas coisas que andam muito esquecidas e que deveriam estar acima de todas as outras qualidades, já que a sensatez é um ingrediente essencial da felicidade.
Tem de existir sempre um equilíbrio. Mais do que ser frontal, nesses casos é ser "ridículo" pois os exemplos que apontas são muito bons. Tudo o que referiste pode ser dito mas existem caminhos igualmente frontais muito melhores do que esses.
EliminarEu faço parte do grupo de pessoas designado por arrogante, mas sou feliz assim :)
ResponderEliminarE isso é que importa :)
EliminarEu tambem gosto de pessoas que sejam frontais e honestas.
ResponderEliminarDetesto falar com pessoas que não nos olham nos olhos e que passam a vida no "diz que disse" e a falar da vida dos outros.
No entanto, sou de opinião que a frontalidade deve em muitos casos ser acompanhada de sensibilidade. Podemos ser frontais sem termos de ser arrogantes.
È só uma questão de sensibilidade, que muitas vezes é confundida com fraqueza e não é.
Muito bem dito. É isso mesmo. E esse equilíbrio é fundamental.
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