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22.12.22

depressão e um tiro na cabeça

Durante muito tempo tive uma rotina para as noites de sexta-feira. Ia buscar pizza e jantava com a minha mulher no chão da sala. Isto enquanto víamos na televisão o So You Think You Can Dance.

Foi deste modo que conheci o tWitch. Que rapidamente se tornou num dos meus preferidos. Desde então que fui acompanhando o que fazia e, por exemplo, dei por mim, durante o confinamento, a fazer uma aula de dança com ele e com a mulher num live nas redes sociais.

É certo que não conhecia o tWitch de lado nenhum. Mas fiquei de rastos pela notícia da sua morte. Com o relato do suicidio na casa de banho de um quarto de motel. Pensei imediatamente nos filhos pequenos e na mulher. E desde então que dou por mim a pensar nele e na vida.

Não se deixem levar pelas aparências. A depressão não ataca apenas quem está na “merda” e tem problemas na vida. Também afecta quem tem a vida com quem sempre sonhou e está sempre de sorriso estampado no rosto.

Cabe a nós olhar por todos os que nos rodeiam. Perguntar se estão bem. Não deixar aquele telefonema para o amanhã que é sempre amanhã. Não se deixem iludir pelo “esse está bem na vida que tem tudo” porque pode não ter nada. Foquem-se nas coisas boas da vida e estejam lá em todos os momentos. Para que cada vez menos pessoas pensem que a melhor solução é morrer.

19.1.22

vamos lá falar da (ignorada e silenciosa) saúde mental

O caso de Amélie deixou muitas pessoas com o coração nas mãos. Para quem não sabe do que falo, trata-se de uma menina de apenas 16 anos que lidava com depressão. Que saiu de casa com toda a medicação que tomava, que se despediu da mãe de forma especial e que acabou por ser encontrada sem vida numa praia. As partilhas, na esperança de que a adolescente fosse encontrada com vida, deram lugar a mensagens a lamentar o trágico final desta história.

Por outro lado, várias pessoas aproveitaram o acontecimento para falar um pouco da ignorada e silenciosa saúde mental. E esse é também o meu objectivo com este texto. Até porque todos podemos fazer algo por alguém. Sendo que este alguém poderá estar muito mais perto de nós do que imaginamos. Ou queremos ver. Bem sei que levamos vidas extremamente velozes. Sei também que todos lidamos com muitos problemas, vários deles adensamos com a pandemia que teima em não nos deixar. Ainda assim, todos podemos fazer mais.

Basta estar um pouco mais atento a quem nos rodeia. Reparar em mudanças de humor. Em pessoas que teimam em isolar-se. Em pessoas que mudaram em relação ao que eram. Que deixaram de estar tão presentes, como era habitual, nas nossas vidas. Recordo que este é um problema silencioso. E que raramente as pessoas pedem ajuda. Por isso, cabe a todos nós fazer algo tão simples como perguntar: “está tudo bem?”. Este gesto poderá fazer a diferença na vida de alguém.

Aproveito ainda para deixar uma lista de contactos que estão disponíveis para ajudar.

SOS Voz Amiga (15h30 às 00h30)
213 544 545
912 802 669
963 524 660

SOS Estudante (22h à 01h00)
239 484 020
915 246 060
969 554 545

Conversa Amiga (15h às 22h)
808 237 327
210 027 159

Voz de Apoio (21h às 00h)
225 506 070

Telefone da Amizade (16h às 23h)
228 323 535

Os pensamentos suicidas podem afetar qualquer pessoa. Ajuda e não tenhas problema em pedir ajuda.

27.2.21

estas são as pessoas que consomem mais bebidas alcoólicas durante a pandemia

Durante a pandemia de coronavírus têm surgido diversas notícias associadas à venda e consumo de bebidas alcoólicas. Agora, é um estudo que vem dar a conhecer quais as pessoas que estão mais propensas e aumentar a ingestão de álcool durante estes tempos pautados pela presença da covid-19. Segundo a investigação, aqueles que sofrem de depressão e ansiedade são os que têm maior predisposição para aumentar o consumo de bebidas alcoólicas em tempos de pandemia.  

Este é o resultado de um trabalho levado a cabo pelos investigadores da Faculdade de Saúde Pública Global da Universidade de Nova Iorque, situada nos Estados Unidos da América. E que foi publicado na revista Galileu. O objectivo do trabalho passava por analisar como é que os factores de stress relacionados com a pandemia influenciaram o consumo de bebidas alcoólicas. E como é que aqueles que padecem de transtornos de saúde mental foram afetados. Do trabalho fizeram parte 5850 norte-americanos, cujos hábitos foram estudados entre Março e Abril do ano passado. Deste grupo, 29% revelou ter passado a consumir mais bebidas alcoólicas do que o normal. 

 

Pessoas com idade até aos 40 anos são aqueles que mais facilmente aumentam o consumo 

 

Realce ainda para o facto de que aqueles que sofriam de depressão clínica terem demonstrado ser 64% mais propensos a um aumento do consumo. Por sua vez, os indivíduos com ansiedade mostraram uma probabilidade de aumento de consumo de 41%. Tudo isto em comparação com pessoas sem qualquer transtorno psicológico. 

 

É realçado que a idade também é um factor a ter em conta. Pessoas com idade até aos 40 anos são aqueles que mais facilmente aumentam o consumo. Nesta faixa etária não se verifica grande diferença entre aqueles que têm (ou não) transtornos. “Esta subida no consumo de bebidas, especialmente entre pessoas com ansiedade e depressão, valida as preocupações de que a pandemia pode estar a desencadear uma epidemia de uso problemático de álcool”, explica Ariadna Capasso, uma das mentoras do estudo. 

4.2.21

estas são as pessoas mais propensas a sofrer de depressão

Se és uma pessoa extremamente viciada no trabalho, aquilo a que se chama de workaholic, deverás ter cuidado com a tua saúde. O alerta chega em forma de conclusão de um estudo publicado no International Journal of Environmental Research and Public Health. De acordo com a publicação, aqueles que vivem dedicados ao trabalho são os que podem correr maior risco de sofrer uma depressão. Sem esquecer os problemas de sono.  

No artigo é possível ler que os workaholics são indivíduos com “uma compulsão ou necessidade incontrolável de trabalhar incessantemente”. E são estas pessoas que acabam por ter uma probabilidade duas vezes maior de entrar em depressão. Sendo que também têm uma qualidade de sono deficiente quando em comparação com os outros trabalhadores. 

 

Os viciados em trabalho são pessoas com “ma compulsão ou necessidade incontrolável de trabalhar incessantemente” 

 

Deste estudo fizeram parte 187 trabalhadores, todos de nacionalidade francesa. Foram analisados os hábitos de trabalho e chegou-se à conclusão de que os indivíduos com empregos de grande procura são cinco vezes mais propensos a transformarem-se em workaholics. Este grupo são pessoas que trabalham, em média, sete horas a mais por semana do que os colegas. São indivíduos que se destacam pelo “envolvimento excessivo no trabalho quando não é exigido ou esperado”.