22.12.22

depressão e um tiro na cabeça

Durante muito tempo tive uma rotina para as noites de sexta-feira. Ia buscar pizza e jantava com a minha mulher no chão da sala. Isto enquanto víamos na televisão o So You Think You Can Dance.

Foi deste modo que conheci o tWitch. Que rapidamente se tornou num dos meus preferidos. Desde então que fui acompanhando o que fazia e, por exemplo, dei por mim, durante o confinamento, a fazer uma aula de dança com ele e com a mulher num live nas redes sociais.

É certo que não conhecia o tWitch de lado nenhum. Mas fiquei de rastos pela notícia da sua morte. Com o relato do suicidio na casa de banho de um quarto de motel. Pensei imediatamente nos filhos pequenos e na mulher. E desde então que dou por mim a pensar nele e na vida.

Não se deixem levar pelas aparências. A depressão não ataca apenas quem está na “merda” e tem problemas na vida. Também afecta quem tem a vida com quem sempre sonhou e está sempre de sorriso estampado no rosto.

Cabe a nós olhar por todos os que nos rodeiam. Perguntar se estão bem. Não deixar aquele telefonema para o amanhã que é sempre amanhã. Não se deixem iludir pelo “esse está bem na vida que tem tudo” porque pode não ter nada. Foquem-se nas coisas boas da vida e estejam lá em todos os momentos. Para que cada vez menos pessoas pensem que a melhor solução é morrer.

Sem comentários:

Enviar um comentário