As pessoas lidam mal com a mudança e com a novidade. Isto é ponto assente. E sou ousado ao nível de achar que todos estamos incluídos nesta entropia ao que é novo. Se alguém aparece junto de nós com uma mudança, ficamos a olhar de soslaio. Nem sequer tentamos perceber o motivo daquela alteração. A reacção imediata é “atacar” a mudança e que ousa fazê-la.
Isto é algo que acontece frequentemente (e que é muito fácil de identificar) a nível profissional. Quando nos é apresentada uma ideia diferente daquela com que lidamos ficamos sempre de pé atrás. Sentimos um ataque pessoal. E à nossa forma de trabalhar, que pode até não ter sido implantada por nós. Não conseguimos ter a calma suficiente (e necessária) para perceber o porquê daquela mudança. Será útil? Será necessária? Vai melhorar o nosso trabalho? É uma mais valia para uma equipa? Nada disto importa. Mudar é que não.
E mesmo depois de nos apercebermos do que referi (e caso se verifique que é mesmo boa) continuamos reticentes em aceitar a mudança. Sendo que aqui é mais uma questão de orgulho. É verdade que existem mudanças que nada nos acrescentam ou ao projecto em que estamos inseridos. Mas outras são bastante válidas. E não tem mal nenhum reconhecer isso. Mesmo que chegue de alguém que está num patamar (a nível de carreira) inferior a nós. Talvez isto venha a mudar. Até porque se há coisa que estes últimos dois anos nos ensinaram é que temos de estar preparados para a mudança. Que pode surgir a qualquer momento e vinda de onde menos esperamos.
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