6.6.19

gerações, prioridades e falta de sexo

Aquilo que me leva a escrever este texto é algo que consegue ser curioso, ao mesmo tempo que tem a sua piada e dá que pensar nesta coisa chamada evolução. Qualquer pessoa da minha idade - tenho 38 anos - já ouviu diversas histórias sobre a geração dos nossos pais ou avós. Era a geração dos namoros à janela e na presença dos pais. Isto é o que se conta e que toda a gente ouve.

Depois existe a minha geração. De acordo com as datas, diz que sou um Millennial. E logo dos primeiros pois esta geração começa em 1981 e vai até 1999. Se bem que considero que aquilo de que vou falar está mais próximo do final desta geração do que propriamente das pessoas que nasceram mais ou menos no mesmo tempo do que eu. Um novo estudo diz que os Millennials são a geração que tem menos sexo. Isto em comparação com a geração dos nossos pais e também dos nossos avós (quando tinham a nossa idade). O trabalho dá a conhecer que um em cada oito homens com 26 anos ainda é virgem.

E que, por exemplo, um terço dos homens norte-americanos, com idades entre os 18 e 29 anos, não fizeram sexo no ano passado. O estudo revela ainda que 60% dos adolescentes da Geração Z (a seguinte) ainda serão virgens quando terminarem o secundário. Algo completamente oposto ao que acontecia, por exemplo, nos anos 90. Uma das explicações é que os Millennials estão muito focados no trabalho. E ao que parece, têm mais encargos financeiros e casam-se menos. Algo que se traduz numa menor predisposição para as relações sexuais.

Quando disse que isto tinha alguma piada é pela radical mudança em relação aos tempos passados. E porque esta geração (principalmente o final dos Millennials e o início da Z) é aquela que sabe tudo. É a que tem acesso a tudo. É a que não tem dúvidas sobre sexo. É aquela em que os homens são os maiores sedutores do mundo e têm 2343242343 mulheres que os desejam. Tudo isto com o seu devido exagero. Mas na hora da verdade... é tudo diferente.

Depois existe a parte dos encargos. E aqui fico com algumas dúvidas. Será que lidamos com maiores dificuldades do que a geração dos nossos pais? Ou será que os nossos pais foram obrigados a trabalhar muito cedo para ter as suas coisas e agora os jovens têm tudo? Ou esperam que tudo lhes seja dado. Não me recordo de ouvir histórias, da geração dos meus pais, de alunos que querem tirar anos sabáticos depois de concluir os estudos, ao mesmo tempo que ainda ficam a viver com os pais. Por outro lado, também tenho em conta que as coisas vão ficando mais caras, algo que não é acompanhado com uma evolução a nível salarial. Por fim, e em jeito de piada, aposto que 99% dos Millennials que souberem deste estudo, vão dizer que não fazem parte dele.

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