30.10.18

sobre o dia nacional de prevenção do cancro da mama

Hoje assinala-se o Dia Nacional de Prevenção do Cancro da Mama. Enquanto filho de uma mulher que teve de passar por essa terrível doença, apelo a que todas as mulheres estejam atentas aos sinais. Que não desprezem os exames de rotina pois a prevenção pode ser crucial. Aproveito ainda para partilhar uma carta que escrevi à minha mãe a desafio do site Crescer.

"Mãe,

Tenho a certeza de que nunca te disse o quanto te amo e a importância que tens na minha vida. Não por falta de oportunidade, mas porque aquilo que sinto por ti é impossível de colocar em palavras. E é por gostar tanto de ti que me senti de rastos no dia em que disseste que ias lutar contra um maldito cancro da mama. Nesse dia não quis chorar à tua frente porque precisavas da minha força e não das minhas lágrimas.

Nesta ‘carta’ revelo-te que não quis chorar à tua frente, mas digo-te também que passei muitas noites mal dormidas. A pensar no futuro e em todos os ses que dominavam os meus pensamentos. Fiz questão de estar contigo no hospital quando foste saber a gravidade do cancro. E se é verdade que respirei de alívio quando me disseste, assim que saíste do consultório, «é maligno, mas está numa zona que não se alastra», nem as tuas palavras me fizeram perder o medo que sentia e senti durante largos meses.

Sim, porque senti muito medo de te perder. De perder a minha mãe, o meu pilar, o meu porto seguro. E sobre isto não me quero alongar porque é tema que ainda hoje mexe muito comigo. Prefiro dizer-te que passei a admirar-te ainda mais depois de todas as lutas que tiveste de travar. E que me ensinaram aquilo que realmente importa na vida.

Sinto que existe um Bruno antes daquilo por que passaste e outro, muito melhor e mais focado no que importa, que nasceu com a tua vitória, numa das batalhas mais importantes que travaste.

Não me esquecerei de detalhes como ver-te sem cabelo, apesar de ficares linda mesmo assim. Não me vou esquecer dos momentos complicados por que passaste depois dos tratamentos, de largas horas passadas no hospital e do momento em que disseste que não querias fazer mais nada. Queria estar presente e junto de ti a toda a hora, mas ao mesmo tempo sentia-me impotente para te aliviar do sofrimento por que nunca deverias ter passado. E que nenhum filho deveria ter de ver.

Hoje, consigo olhar para aqueles tempos e respirar de alívio. Porque tudo correu bem, porque tudo continua a correr bem e porque te amo ainda mais. Não tenho palavras que possam fazer justiça aquilo que és para mim, quero que saibas que és um exemplo para mim. É um orgulho chamar-te Mãe. Amo-te muito!

Não posso acabar estar ‘carta’ sem destacar dois detalhes muito importantes e que servem de exemplo para todas as pessoas que têm de percorrer o caminho que percorreste. Por isso, quero agradecer ao meu pai por tudo aquilo que fez por ti durante cada segundo da doença. E que sei ter sido muito importante no teu processo de cura. Não houve tempo para penas nem lamentos, apenas amor, muito amor e um apoio incondicional.

Por fim, é esse o conselho que deixo a todos os maridos, filhos, familiares e amigos de mulheres que estão a lutar para vencer um cancro da mama. Não percam tempo com sentimentos de pena e outras coisas negativas. Em vez disso, ganhem tempo, e todos os segundos contam, com amor. Muito amor e apoio.

Estejam presentes com um sorriso. Façam o possível (e impossível) para fazer a mulher sorrir. Porque as doentes são aquelas que mais sofrem com a dor e tudo aquilo de negativo que isso acarreta. E nessas alturas, uma boa sensação e um sorriso valem ouro. E conseguem ter um efeito mais positivo do que muitos medicamentos.

Obrigado, Mãe.

Do teu filho que te ama muito mais do que consegue explicar,

Bruno"

29.10.18

bolsonaro, trump, #elesnao e nós?

Tal como tinha acontecido com as presidenciais norte-americanas, também as presidenciais brasileiras ficam marcadas por um fenómeno português que ainda me vai espantando. Ao passar os olhos pelas redes sociais percebi que todos os portugueses têm a melhor solução para o Brasil. Tal como tinham para os Estados Unidos da América.

Qualquer português sabe em quem os brasileiros deveriam ter votado. E isto tem especial piada porque a maioria dos portugueses não vota nas eleições nacionais. Quer seja porque está calor ou até porque o seu voto não mudará nada, coisas que se ouvem com frequência.

Acho piada que os portugueses tenha a solução para resolver os problemas que acontecem a milhares de quilómetros de distância, sendo que se revelam incapazes de resolver os próprios problemas, isto sem esquecer que não votam no seu País. E entre estas coisas, poucos são aqueles que discutem coisas realmente importantes.

Muitos defenderam que os norte-americanos eram burros e que isso fez com que votassem em Trump. Agora, são os brasileiros que são burros ao votar em Bolsonaro, sem que ninguém tente perceber os motivos das duas vitórias. Poucos reparam que Bolsonaro é eleito com poucos segundos de presença televisiva. Passou a mensagem que quis passar, da forma que quis passar e sem intermediários. O que dá que pensar.

As pessoas começam a ficar fartas do que sempre tiveram. As pessoas não toleram mais do mesmo. E fica provado de que a campanha do ser contra este em vez de ser a favor do outro, não resulta. Algo que aconteceu nos EUA e no Brasil.

Existem muitos motivos que podem e devem ser debatidos. Mas isso dá muito trabalho. É mais fácil meter uma foto nas redes sociais e acrescentar #elenao, nem que seja porque é o que os famosos fazem. E continuamos a saber o que é melhor para o mundo ao mesmo tempo que escolhemos não fazer parte da nossa vida política. Queremos mudar o que não podemos e ignoramos a mudança daquilo que depende de nós. Não é só #elenao, é com tristeza que noto que generalizou-se o #nosnao.

25.10.18

isto do (mau) anonimato nas redes sociais

Nas redes sociais muitos são aqueles que optam pelo anonimato. Algo que não tem nada de errado. Há quem não queria ser reconhecido no local de trabalho, outros não querem que os amigos e familiares descubram aquilo que escrevem e haverá quem simplesmente queira escrever sobre tudo e sobre nada sem dar cavaco a ninguém. As opções são todas válidas, mas convém nunca esquecer que as redes sociais não são o antigo faroeste, onde não existem leis.

E isto aplica-se a quem recorre ao anonimato para infringir leis, pensando que as redes sociais estão lá para ajudar a manter o anonimato. E falo sobre isto porque muitas coisas têm sido ditas em relação ao facto de a Google ter fornecido os dados de alguns bloggers que partilharam informação roubada ao Benfica. Esta situação poderá causar estranheza a muitas pessoas, mas convém perceber que aquelas pessoas cometeram um crime.

Muitos pensam que o crime é apenas cometido por quem rouba algo, quando não é bem assim. Vamos supor que existe uma pessoa que tem acesso, de forma ilegal, a informação confidencial de um político. E que partilha essa informação roubada comigo, que recorro ao meu blogue para partilhar a mesma. Na verdade não fui o autor do roubo, mas estou a dar continuidade ao crime, ao partilhar algo que foi roubado.

E se estou a falar deste caso é porque provavelmente é a primeira vez, pelo menos em Portugal, que o anonimato das redes sociais dá que falar. Recorro-me deste exemplo porque é bom que as pessoas percebam que as redes sociais também têm regras e leis. Que não são camufladas ou protegidas pelo blogger, wordpress, google e afins. E optar pelo caminho mais perigoso pode resultar em grandes (e graves) problemas para que opta percorrer essa estrada.

Vivemos na era social, onde todas as pessoas pensam que vale tudo. E está mais do que provado que não é bem assim. O mundo virtual, com anonimato ou não, também tem leis. É tudo uma questão de alguém querer chatear-se e ter paciência (e dinheiro) para o fazer. E se formos ver bem as coisas, no mundo real, e não virtual, é a mesma coisa.

22.10.18

o mundo numa imagem


Este cartoon é dos mais actuais que conheço. E que infelizmente se vai mantendo actual com o passar dos anos. E isto aplica-se a praticamente todas as realidade que qualquer pessoa conhece. Quer seja nos locais de trabalho ou na vida pessoal de cada um. Todos sabemos o que é preciso mudar. Todos temos a certeza em relação a tudo aquilo que está mal no mundo. Todos sabemos como endireitar todas as situações e mais algumas.

Até ao momento em que nos pedem para fazer uma pequena mudança. E aí baixamos a cabeça. Olhamos para o lado. Assobiamos como se nada fosse. Depois, não contentes com isto, perdemos longas horas e gastamos as nossas energias a discutir coisas insignificantes. Nem que seja porque entendemos que isso ajuda a vincar a nossa posição, por mais absurda que seja. Mas na hora das grandes lutas, dizemos que já não temos nada para dar.

E enquanto este cartoon se mantiver actual, provavelmente iremos ser mais infelizes. Iremos passar ao lado de oportunidades que merecemos. E todas as pessoas cabem nesta crítica. A começar por mim, que a escrevo, até aquelas pessoas que nunca vão ler estas palavras ou ver esta imagem que volta e meia circula nas redes sociais.

19.10.18

vamos lá falar de crianças, beijos e pedófilos com opinião

Liberdade de expressão é uma coisa muito bonita em Portugal. Desde que todos pensem e defendam aquilo que nós pensamos e defendemos. Esta é a grande lição que se pode retirar da polémica que envolve o professor Daniel Cardoso.

E a controvérsia instalou-se porque este homem defende que não se deve obrigar uma criança a dar beijinhos aos avós. Vou esquecer os números que mostram que 80% dos abusos sexuais a crianças têm origem nas famílias. Vou esquecer outros dados que serviam apenas para mandar mais lenha para a fogueira.

Prefiro centrar-me apenas na obrigação que está a ser ensinada à criança e que está relacionada com contacto físico. E neste sentido não me choca minimamente a opinião de Daniel Cardoso. Porque o amor de uma criança pelos avós (ou outros familiares) não se mede pelos beijinhos forçados ou mesmo naturais.

E o pior é a quantidade de pais que obrigam as crianças a dar beijos a toda a gente. É aos amigos dos pais, aos amigos dos amigos e já para não esquecer o dia em que vão para os empregos dos pais e são obrigados a dar dois beijinhos a todos os colegas de trabalho dos pais, mesmo que não os conheçam de lado nenhum. E se não dão beijos são logo chamados de "bichos do mato" e "antipáticos". Por tudo isto, e muito mais, defendo que os beijos devem ser naturais e nada forçados.

Depois existe a tal liberdade de expressão. Não se gosta da opinião do homem e é de "pedófilo" para cima. Vale tudo e mais alguma coisa para anular a opinião de um professor que não se enquadra na imagem padrão que as mentes fechadas têm em relação ao ensino superior.

Se fosse um categorizado professor internacional a defender o mesmo, todos estavam a debater os motivos de tais palavras. Como foi o "tuga" que defende o poliamor, só pode ser um "pedófilo". E isto é o mais triste de tudo. Apesar de não ser nada de novo num País que muito critica as mentes fechadas e antigas de outras nações. Mas afinal... é tudo igual.

15.10.18

vizinhos barulhentos durante o sexo. o que fazer?

Num destes dias uma colega queixava-se do barulho feito por uma vizinha durante as relações sexuais. No seu entender era um barulho muito exagerado, ouvindo-se até as supostas palmadas que o homem estaria a dar na mulher. Isto aconteceu em duas ocasiões e a minha colega sentia-se incomodada.

Depois do desabafo acabámos por falar sobre o que fazer pois a minha colega estava disposta a abordar a pessoa em questão para falar sobre o barulho, nem que fosse com um bilhete na caixa do correio. Eu revelei-me contra essa abordagem. Porque nunca sabemos como as pessoas reagem e porque acredito que todas as pessoas nessa altura - em que ouvem os outros - ficam a pensar se também serão ouvidos.

Se for uma situação diária e prolongada - imaginando que estamos a falar de alguém (prostituta) que usa um apartamento para receber clientes a qualquer hora sem se preocupar com o barulho - talvez exija uma medida. Se for algo pontual, tal como são outras situações como aniversários e brincadeiras de crianças, é tentar ignorar.

Isto digo eu, que não gosto de questionar vizinhos sobre temas sensíveis e de reacção praticamente imprevisível. "Importa-se de fazer menos barulho durante o sexo" é algo que ninguém sabe onde nos leva. 

9.10.18

vamos lá falar de elite, a série do momento

La Casa de Papel elevou, e muito, a fasquia das produções espanholas. O sucesso mundial da série levou a que todos os olhos estivessem centrados em Elite, a nova aposta espanhola da Netflix. Que por acaso conta com três actores provenientes de La Casa de Papel – Miguel Herrán (Rio), Jaime Lorente (Denver) e Maía Pedraza (Alison Parker). No meu caso, estava em pulgas para que a série estreasse. E se tinha medo de ficar desiludido, vi os oito episódios em menos de um dia, tal é o ritmo do thriller juvenil que nos prende ao ecrã.

Algumas pessoas olham de lado para a série. “Isso não é com putos e num colégio?”, é algo que já ouvi várias vezes. A resposta a esta pergunta é sim, mas ficar por aqui é muito pouco. Para quem não sabe do que falo, a história de Elite está centrada num colégio de elite onde um aluno aparece morto. Tudo gira em torno disto, sendo que quaisquer ingrediente interessante e actual é perfeitamente adicionado à história.

Considero (e considero algo normal) ser uma melhor produção do que La Casa de Papel. E digo que é normal por ser mais recente. É de esperar que algo recente tenha sempre mais qualidade (e estou a falar do ponto de vista técnico) do que uma série mais antiga. Quanto à qualidade da história, é algo que irá sempre depender da opinião de cada um. Acrescento ainda que EXIJO uma segunda temporada.

Por isto tudo, recomendo Elite a quem procura algo novo para ver. Esqueçam os preconceitos de ser uma série de putos passada num colégio pois quem acredita só nisto irá ficar boquiaberto com aquilo que vê. Sem revelar dados importantes da história, falo ainda de Miguel Herrán, que já tinha gostado de ver enquanto Rio. Este personagem é muito melhor e faz com que se perceba melhor o talento do actor. Jaime Lorente também está muito bem e María Pedraza tem aqui um destaque muito maior do que aquele que teve em La Casa de Papel.



Outro detalhe a que dou especial importância quando vejo uma série é a banda sonora. E gostei do que fui ouvindo em Elite. São, na sua maioria, músicas que desconhecia e que passei a ouvir. Como é o caso desta.

7.10.18

cristiano ronaldogate

Toda esta polémica em torno de Cristiano Ronaldo tem sido muito importante para os portugueses. E digo isto porque descobriram algo tão nobre como a "presunção de inocência", algo nunca antes aplicado em julgamentos mediáticos na praça pública.

De resto, já dei a minha opinião sobre a situação. E sobre isso pouco ou nada tenho a acrescentar. Aquilo que (ainda) me entristece são os comentários que as pessoas fazem em relação à situação. E isto aplica-se a quem defende o jogador, a quem defende a mulher e a quem acusa um ou outro.

Percorrer as redes sociais faz com que chegue a sentir alguma vergonha do modo de pensar de tantas pessoas. Chega a ser assustador que tantas pessoas digam tamanhas asneiras em relação a cenários hipotéticos. E a gritante falta de coerência continua a ser um dos grandes males dos portugueses.

4.10.18

seremos capazes de resolver isto do ronaldo? creio que não...

Por estes dias muito se tem falado da grave acusação feita a Cristiano Ronaldo. Uma antiga modelo e actual professora acusa o jogador português de violação, algo que terá acontecido em 2009, altura em que ambos se conheceram durante uma noite de diversão em Las Vegas, nos Estados Unidos da América. Como seria de esperar, pelo menos não fiquei espantado, muitas vozes acusam a mulher em questão de ser uma oportunista. Só quer é dinheiro é uma das coisas que mais tenho ouvido. E a pessoa em questão sabia que ganharia esse rótulo quando decidisse revelar a suposta violação de que foi alvo.

Antes de desenvolver o tema, esclareço que não sou amigo de Cristiano Ronaldo. Tal como não sou de Kathryn Mayorga. Sei que ambos estiveram juntos, porque existem fotos. E sei que estiveram num quarto porque ninguém o negou. Sei também que foi revelado, no ano passado, um suposto acordo de confidencialidade (não negado por Mayorga) entre os ambos para que a jovem não comentasse o sucedido entre ambos. A partir daqui, só Cristiano Ronaldo e Mayorga sabem o que aconteceu naquela noite. Tenho a minha opinião, que não é mais do que isso mesmo. E não posso sair em defesa deste ou acusar aquele por outros interesses que vão além da verdade.

Penso assim em relação a Cristiano Ronaldo como penso em relação a todos os homens que foram acusados de violação e assédio sexual em Hollywood. Não posso ter um peso e medida para o português e outro completamente diferente para Harvey Weinstein e outros. Tenho que olhar com a mesma frieza para tudo. Existem acusações graves. Existem pessoas que clamam inocência. E algures por aqui existirá a verdade. E isto aplica-se a todos os casos. Ou então não...

Confesso que senti vergonha alheia quando comecei a ver nas redes sociais a partilha de um texto das Capazes em que se fala de sede de sangue no caso de Cristiano Ronaldo. O que não condeno. Condeno é que não tenha sido tida em conta essa sede de sangue quando se falou das acusações de Hollywood. Ou quando uma tenista perdeu um jogo (e torneio) de forma justa e não porque era mulher. Ou ainda quando se decidiu chamar miserável a um jogador de futebol, que passou pelo Porto, porque foi acusado pela mulher de um comportamento incorrecto. Em nenhum destes momentos importou a sede de sangue, excepto quando a notícia diz respeito a um dos nossos e quando se tem um determinado objectivo escondido numa opinião.

Falo deste exemplo porque é demonstrativo do modo de pensar de muitos portugueses. Se tocam nos nossos ou em alguém que conhecemos, é tudo uma cambada de mentirosos e oportunistas, se colocam em causa o nome e valores de alguém que nunca será próximo de nós, é atacar como se não houvesse amanhã, saltando essa parte importante da justiça (que será resolvida onde tem de ser). E também falo deste exemplo porque acho que dá uma imagem muito feia a algo tão belo e importante como o feminismo. Algo que tem levado muitas mulheres a sacrificar tanta coisa para que outras tenham o que elas não tiveram.

De resto, e ficando por este caso, aconselho todas as pessoas a lerem o artigo do Spiegel sobre a polémica em torno de Cristiano Ronaldo. É bem melhor do que ler notícias que extraem apenas aquilo que interessa e que, em muitos casos, acabam por fugir do rumo dos eventuais acontecimentos.

1.10.18

texto só para mulheres (ou talvez não)

Hoje é o primeiro dia de Outubro, mês de sensibilização para o cancro da mama. E nunca é demais alertar para os cuidados que as mulheres (e homens, pois é uma doença que também afecta o sexo masculino) devem ter e que passam pela sensibilização. Não deixem para amanhã o exame de rotina que já deveria ter sido feito no ano passado. Não ignorem os sinais que o corpo dá pensando que é outra coisa qualquer. A prevenção é essencial para que se possam evitar males maiores. E mulher prevenida vale por mil.

Sei que este primeiro parágrafo soa a cliché que fica bem escrever. Mas é o desabafo de um filho que teve de acompanhar o cancro da mama da mãe. O desabafo de um filho que teve de ver a mãe sem cabelo e a lidar com os efeitos secundários dos tratamentos. Felizmente, a história tem final feliz. Felizmente, apesar da péssima notícia, surgiram logo notícias que nos deram ânimo. Mas tenho a certeza de que ninguém quer ver alguém de que gosta passar por algo tão duro.

Por isso não é um cliché. É um pedido de um filho de uma mulher que teve de lidar com a doença. E deixo aqui um pequeno conselho que costumo partilhar com as mulheres que conheço e que foi dado pelo médico que acompanhou a minha mãe. As mulheres "devem" beber água Monchique (e peço desculpa pela publicidade) pois é alcalina, o que faz com que seja óptima para as mulheres. Que também não devem usar desodorizantes que contenham alumínio. E acreditem que existem muitas opções sem alumínio.

Obrigado pelo tempo que dedicaram a ler este desabafo. E espero mesmo que olhem por vocês e por aqueles que vos são mais próximos. Podem passar por chatos(as) sempre a dizer às pessoas para fazerem exames de rotina, mas acreditem que no fundo, todas as pessoas ficam gratas por ter um(a) chato(a) desses por perto.