E a controvérsia instalou-se porque este homem defende que não se deve obrigar uma criança a dar beijinhos aos avós. Vou esquecer os números que mostram que 80% dos abusos sexuais a crianças têm origem nas famílias. Vou esquecer outros dados que serviam apenas para mandar mais lenha para a fogueira.
Prefiro centrar-me apenas na obrigação que está a ser ensinada à criança e que está relacionada com contacto físico. E neste sentido não me choca minimamente a opinião de Daniel Cardoso. Porque o amor de uma criança pelos avós (ou outros familiares) não se mede pelos beijinhos forçados ou mesmo naturais.
E o pior é a quantidade de pais que obrigam as crianças a dar beijos a toda a gente. É aos amigos dos pais, aos amigos dos amigos e já para não esquecer o dia em que vão para os empregos dos pais e são obrigados a dar dois beijinhos a todos os colegas de trabalho dos pais, mesmo que não os conheçam de lado nenhum. E se não dão beijos são logo chamados de "bichos do mato" e "antipáticos". Por tudo isto, e muito mais, defendo que os beijos devem ser naturais e nada forçados.
Depois existe a tal liberdade de expressão. Não se gosta da opinião do homem e é de "pedófilo" para cima. Vale tudo e mais alguma coisa para anular a opinião de um professor que não se enquadra na imagem padrão que as mentes fechadas têm em relação ao ensino superior.
Se fosse um categorizado professor internacional a defender o mesmo, todos estavam a debater os motivos de tais palavras. Como foi o "tuga" que defende o poliamor, só pode ser um "pedófilo". E isto é o mais triste de tudo. Apesar de não ser nada de novo num País que muito critica as mentes fechadas e antigas de outras nações. Mas afinal... é tudo igual.
Um texto muito assertivo. É por isso que desde que descobri o seu blogue que o leio.
ResponderEliminarA mim não me choca nada o que disse o professor Daniel Cardoso. Choca-me muito mais as pessoas catalogarem os outros, disto e daquilo sem os conhecerem de lado nenhum. Nunca pedi ao meu filho para beijar ninguém quanto mais obrigar. Nem à minha neta que criei desde os quatro meses aos quatro anos.
Abraço
Muito obrigado pelas simpáticas palavras :)
EliminarAbraço
É nestes momentos que vemos que até somos um país avançado, mas nem tanto. Os comentários que tenho visto por aí são tenebrosos....e a estupidez de quem não tolera alguém "fora do padrão" é evidente.
ResponderEliminarJiji
É mesmo o nem tanto...
EliminarOlá Bruno! Agradeço as tuas palavras no sentido em que a tua opinião é exactamente o que eu penso, mas não tenho a eloquência que tu tens em te exprimires!
ResponderEliminarObrigado eu :)
EliminarJá dei a minha opinião sobre este assunto em alguns posts e no meu próprio blog, mas, regra geral, pelo facebook, por exemplo, abstenho-me, porque as pessoas parecem burros com palas e não aceitam opiniões contrárias às delas. O português é muito triste nesta cena da liberdade de expressão... não sei quando vamos aprender a aceitar que nem todos são obrigados a pensar como nós. De resto, subscrevo tudo o que disseste.
ResponderEliminarA liberdade de expressão dá pano para mangas...
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