um encontro que fica para a eternidade

Não sei precisar quando foi a primeira vez que me falaram do restaurante Zé dos Cornos, em Lisboa. Sei que foi um amigo e colega que me falou do espaço e me desafiou de imediato para lá ir. Já lá vão uns bons anos desde que foi feito este desafio. Durante a semana era praticamente impossível almoçar lá porque o tempo não é muito. E ao fim-de-semana, quando o meu amigo ia, também acabava por não ir. Até ontem, altura em que finalmente fui conhecer o mítico Zé dos Cornos.

Combinei com um amigo no parque de estacionamento do Martim Moniz. E outros três amigos já lá estavam a tentar arranjar mesa. Quando chego à porta deparo-me com um delicioso "cartão de visita". Os meus amigos tinham um prato de queijo, outro de presunto, pão, broa e uma garrafa de vinho tinto. A festa começou logo ali. O ambiente estava tão divertido que uma turista pediu para nos tirar uma foto enquanto comíamos e bebíamos no meio da rua, eternizando assim aquele encontro de amigos. Entre brincadeiras o tempo foi passando, a comida desaparecendo e a garrafa ficando vazia.

Até que chegou o momento de entrar no pequeno restaurante. E somos logo conquistados à partida. Pelo menos fui, pois adoro aquele tipo de restaurantes onde o principal luxo é a qualidade da comida. A opção, recomendada pelos amigos que lá vão, foi o entrecosto. Infelizmente, porque não era dia, não experimentei o famoso arroz de feijão. Posso dizer que para primeira experiência fiquei conquistado pois a carne é da melhor que já comi. E fiquei de voltar lá para a semana, já com o arroz de feijão encomendado pois o dia dele é às Terças e Sábados.

E pela primeira vez fizemos algo relacionado com telemóveis. Foram todos colocados em cima uns dos outros e voltados para baixo. Quem mexesse neles durante o almoço pagava a conta. Ouviram-se mensagens e chamadas mas todos resistiram. Recomendo este desafio para quem quer aproveitar melhor a companhia dos amigos ao almoço e recomendo o Zé dos Cornos a quem deseja deliciar-se com um belo piano.