Já me tinha apercebido, em diversas notícias, que existe uma crescente moda, não gostaria de utilizar este rótulo mas não me ocorre um melhor, de mães que decidem fazer queixas de supostos abusos sexuais por parte dos pais em relação aos filhos. Estas queixas, falsas, ocorrem sempre quando existe um processo de divórcio ou uma separação e têm por objectivo afastar os pais dos filhos. E esta moda é assustadora. Tal como é cruel para quem tem de lidar com uma acusação destas sendo inocente ao mesmo tempo que revela muito sobre as mulheres que seguem este caminho.
Os abusos sexuais de um pai em relação a uma criança são demasiado sérios. Sérios demais para servir de arma para uma mãe que está a divorciar-se ou separar-se de um homem que pretende afastar do(s) filho(s) de ambos sabendo que nunca existiu qualquer abuso sexual da parte do homem. Usar isto para ficar com a guarda de uma criança é algo doentio. É desvalorizar, brincar e humilhar ainda mais a quantidade de crianças para quem este problema não é uma brincadeira. É gozar com as mães que realmente lidam com este problema. E é gozar com as pessoas que avaliam e lidam com estas queixas. Ao mesmo tempo é assustador a facilidade com que uma mãe convence meio mundo de que o ex-marido ou ex-namorado é um abusador.
Estas mulheres, estas mães não têm noção dos problemas que podem provocar aos próprios filhos, mesmo ignorando os problemas que podem causar às pessoas com quem decidiram (ou não) dar vida a uma criança. Para se ter uma ideia, em Portugal, em 2014, existiram quase 600 processos devido a queixas de abusos sexuais. Destes, 78% acabaram arquivados. No ano passado foram 1908 processos, sendo que destes quase mil foram arquivados (podem existir processos que transitam de um ano para o outro).
Esta é uma moda de merda. Acredito que existam muitas manobras judiciais que impeçam que se comprove que a queixa existiu apenas para afastar um pai de um filho. Será sempre uma suspeita que afinal não se confirmou. O que é pena. Porque quem segue este rumo nunca deveria ter um filho à sua guarda e deveria ser penalizado pela escolha que fez. É um tema demasiado sensível para ser banalizado porque alguém decide tirar partido do mesmo para prejudicar outra pessoa, que por acaso é inocente.
Peço desculpa, mas como é que sabe que as acusações são falsas?
ResponderEliminarA melhor resposta que te podia dar está no outro comentário deste texto. Podes também ver notícias de pais que começam a quebrar o silêncio sobre isto e de mães que fazem as mais diversas queixas mas que se recusam ser submetidas a observações que comprovem as suas queixas. Por exemplo, algumas correm hospitais à espera que alguém lhes dê um papel sem qualquer observação com base apenas em palavras.
EliminarAlém disso, e mesmo olhando com um olhar bastante crítico para a justiça, é impossível que a diferença entre as queixas e o arquivamento signifique que se está a ignorar queixas reais.
Trabalho na justiça.
ResponderEliminarE concordo inteiramente contigo, é assustador a banalização que se faz de queixas desta gravidade.
O mesmo acontece com queixas de violência doméstica apenas com o objectivo de "castigar" o ex-companheiro. Aqui percentagem de queixas "falsas" é tambem muito alta, com a agravante das mulheres de vangloriarem de o poder fazer à vantade.
Mas o certo é que este tipo de vingança tem tendencia a crescer, até por imitação, sem que os queixosos sejam penalizados.
Pelo contrário, os supostos agressores nunca mais se livram do rotulo, mesmo que consigam provar a sua inocência.
É uma tristeza que assim seja e que não exista um "castigo" para isto.
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