Quer pague oito ou oitenta euros pela refeição existe algo que nunca irei aceitar num restaurante. Algo como ser convidado a abandonar a mesa pelo simples facto de que o restaurante deseja sentar outras pessoas na mesa onde estou sentado. Até porque, quer seja na tasca do bairro ou num restaurante de luxo, é algo que nenhum restaurante pode fazer. O cliente está a consumir e tem direito de permanecer na mesa.
É claro que existem algumas expecções que exigem rapidez. Por exemplo, se for um almoço durante a semana, com tempo contado para regressar ao trabalho, não me importo de sair da mesa para regressar ao trabalho e para que outra pessoa almoce. Mas essa decisão é minha e nunca do dono do espaço. Porque no final o que interessa é que é algo que não pode ser feito. Muito menos em restaurantes que ganham "fama" e num jantar de Sábado à noite, daqueles que até podem acontecer apenas uma vez na vida, dada a circunstância do mesmo.
Um restaurante que tem este tipo de comportamento está riscado da minha lista. Neste caso específico trata-se de um (e não importa o nome) que estava a pensar conhecer mas que depois de ter conhecido o comportamento de quem lá trabalha fiquei com a certeza de que não irei lá. E este episódio fez-me recordar um outro protagonizado por um amigo que estava num jantar semelhante a este, num restaurante de "luxo", com um grupo de amigos.
A determinado momento o empregado traz os cafés e a conta. As pessoas perguntaram umas às outras se alguém, sem que os outros se tivessem apercebido disso, tinha pedido a conta. Disseram que não e questionaram o empregado. "Trouxe a conta porque temos mais pessoas para sentar", explicou. "Mas ainda vou querer um digestivo e também o livro de reclamações", disse o meu amigo. O empregado, bem como os seus superiores, recusaram entregar o livro de reclamações. O meu amigo não teve outra hipótese que não fosse chamar a polícia. E só na presença de um agente é que acederam a entregar o livro. E depois de tudo aquilo ainda fizeram questão de oferecer o jantar, na esperança de que nada fosse escrito. Sem sucesso.
Um jantar de Sábado à noite (ou outra refeição qualquer) não é algo para comer à pressa e para sair da mesa a correr. Sobretudo quando é um grupo de pessoas que se juntou para determinado objectivo e que está a consumir (e não é pouco). E mal das casas que convidam os clientes a sair porque querem servir mais refeições.
Ridículo!
ResponderEliminarE ao fim-de-semana que as pessoas mais tempo têm para conviver e apreciar um bom jantar entre amigos ou família.
Um restaurante nunca pode fazer isto.
EliminarConcordo plenamente!
ResponderEliminarÉ um absurdo que se faça isto.
EliminarHá uma excepção: se a pessoa for avisada previamente do facto. Seja porque a mesa tem uma reserva a partir de "x" horas ou porque o restaurante - porque motivo for - tem uma política de tempo máximo de ocupação de mesas. Não tenho nenhum problema com qualquer um dos casos.
ResponderEliminarNão sei se essas situações, sobretudo a segunda, são legais. Mas existindo um aviso prévio o caso muda de figura.
EliminarO meu marido abriu há poucos meses um restaurante numa zona onde, na maioria dos restaurantes, o objectivo é que se sirvam o máximo de refeições por mesa. Não me lembro de alguma vez ouvir falar de terem convidado os clientes a pagar, mas toda a gente sabe que é assim que funciona.
ResponderEliminarUma das coisas que ele e o sócio decidiram, foi que isso nunca iria acontecer no restaurante de ambos. Se um cliente chega às 20h para jantar e quiser ficar na mesa até à meia-noite, fica. E é uma das razões porque tem funcionado.
PS: Fica desde já convidado a visitar o D!Vino quando passar por Almeirim :)
Ainda bem que existem pessoas assim. Adoro o nome e fica na lista a visitar :)
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