Hoje fiquei a conhecer o calendário solidário protagonizado pelas socorristas da Cruz Vermelha de Vilela, em Paredes (partilhei algumas imagens no facebook do blogue). Quando me deparei com as imagens, pautadas pela sensualidade, recordei-me imediatamente de diversos e recentes calendários solidários nacionais e internacionais que se destacam pela nudez e sensualidade. É o caso dos judocas da Universidade do Minho e de equipas estrangeiras de remo e râguebi, apenas para dar exemplos recentes.
O mais importante em cada um destes calendários não é a ousadia mas a vertente solidária. Todos estes calendários pretendem angariar fundos para ajudar diferentes causas. E isso é sempre de realçar. E não vou fingir que o resultado seria o mesmo caso estivessem todos vestidos. Por melhores que fossem as fotos teriam sempre um alcance limitado. O que não acontece quando a ousadia existe na dose certa. Por exemplo, o calendário dos judocas (segunda foto) até é falado internacionalmente. E acredito que isto seria complicado de alcançar com fotos diferentes destas que, e isto é importante, mais do que ausência de roupa, estão associadas a algo.
Além da solidariedade, sempre que me deparo com notícias de calendários deste género fico a pensar também na vertente da sensualidade. Isto na perspectiva de quem aceita participar. Acredito que aquela ousadia (e toda a produção envolvente) seja um aliciante para mulheres e homens. Por exemplo, se disserem a Sara Sampaio que vai fazer uma produção sem roupa isso não tem nada de novo. É a sua profissão. Já o fez. Está habituada a fazer. Sabe como lidar com a nudez. E o encanto em relação ao trabalho será diferente e mais distante. E isto pode ser aplicado a qualquer manequim.
Nestes casos é diferente. Acredito que 99% das pessoas que fazem parte destes calendários não têm qualquer prática na área da fotografia. Nem estão habituadas à produção (e tudo o que isso envolve) associada a uma produção deste género. E quando penso nisto fico sempre a pensar que este factor, não sendo importante nem decisivo, acaba por mexer com quem aceita participar.
E penso desta forma por acreditar que, de uma forma mais ou menos secreta, todas as pessoas gostam de fazer fotos iguais a estas. Haverá quem aceite partilhar as mesmas num calendário solidário, quem queira guardar e não partilhar a produção fotográfica com ninguém mas, no fundo, todas as pessoas gostam de ver o seu lado sensual numa fotografia bonita e bem feita.
(...) "que, de uma forma mais ou menos secreta, todas as pessoas gostam de fazer fotos iguais a estas".
ResponderEliminarNem todas, acredite. Não faz qualquer sentido, isto na minha opinião, aquela que vale o que vale. Acho que o efeito, pelo menos em mim, é o oposto. Partilha-se tanto que já começa a enjoar. Perde-se de alguma maneira a tal sensualidade. A transparência, o não revelar tudo mas, apenas um pouco, é muito mais sensual que o nu integral. Andamos com uma paranóia qualquer com rabos. Eu gosto mais de rostos bonitos. Gostos :))
Percebo o que dizes. Acrescento apenas que me refiro a fotos profissionais como estas. E a pessoas em que a nudez não é recorrente. E tens bom gosto :)
EliminarUma salva de palmas a estas iniciativas e a quem dá o corpo ao manifesto!
ResponderEliminarEstão todos de parabéns!
EliminarConcordo, não só por ser algo diferente, mas também por ser por boas causas.
ResponderEliminarIsso é o mais importante.
EliminarEu adorava fazer fotos como estas !!
ResponderEliminarSó me falta mesmo é a sensualidade :-)
Todas as pessoas têm o seu lado sensual. Algumas ainda não o descobriram :)
EliminarGosto, porque há alguma sensualidade, naturalidade, sem intenção de provocar.
ResponderEliminarO jovem das sapatilhas foi o estudante da UM de Braga, que se deixou fotografar para um calendário com o fim de ajudar alunos carenciados. Fizeste-me lembrar um post que escrevi sobre isso.
http://www.jn.pt/PaginaInicial/Nacional/Educacao/Interior.aspx?content_id=4393217