Numa altura em que a invasão da Ucrânia parece não ter fim à vista, Vladimir Putin dá a conhecer a nova estrela da artilharia russa. Trata-se do míssil balístico intercontinental Sarmat, também conhecido como Satã . “Este novo instrumento está dotado das mais recentes capacidades táticas e técnicas e é capaz de subjugar qualquer meio moderno de defesa anti-míssil”, assegura o presidente russo. “Não tem comparação no mundo e não terá durante bastante tempo”, acrescenta.
E Putin não se fica por aqui. “Esta arma única vai fortalecer o potencial de combate das nossas forças armadas, garantir de forma segura a defesa da Rússia de ameaças externas e dar dores de cabeça àqueles que, no calor de uma retórica agressiva e desenfreada, tentem ameaçar o nosso país”, termina. Este jogo de palavras levou a que muitos ficassem curiosos em relação ao míssil que acaba de ter um teste positivo.
O que distingue o RS-28 Sarmat?
Este míssil tem capacidade para transportar até 16 ogivas nucleares de tamanho reduzido. Ou 10 de maiores dimensões. Conta ainda com contra-medidas com capacidade para aniquilar bombas e mísseis, caso sejam detetados a uma distância de seis quilómetros. Vem ainda equipado com um sistema que faz com que seja complicado ser interceptado.
Capacidade de destruição assustadora
Em conversa com o The Times, o professor Malcolm Chalmers, do Royal United Services Institute salientou que, quando equipado na máxima força, este míssil tem capacidade para destruir uma área semelhante à da França. E matar milhões de pessoas. Tem ainda um alcance máximo de 18 mil quilómetros. O que significa que pode dar uma volta e meia à Terra (pela linha do equador) antes de cair. Ou seja, qualquer zona do mundo está vulnerável ao ataque.
História do míssil mais temido do momento
Foi no início dos anos 2000 que o RS-28 Sarmat começou a ser planeado. A ideia passava por ocupar o lugar do SS-18 Satan. A pesquisa e desenvolvimento ficaram concluídos em 2011 e o primeiro protótipo foi construído em 2015. Isto de acordo com informações partilhadas pelo Centro de Estudos Internacionais e Estratégicos. O primeiro teste de lançamento aconteceu em 2017 e foram detetados problemas no sistema de lançamento. Em 2018 aconteceram mais dois ensaios que revelaram que os problemas estavam resolvidos. Agora, fará parte do arsenal à disposição de Vladimir Putin.
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