Existem pessoas que são focadas na carreira. Aquelas para quem o trabalho é uma prioridade e que não se importam de trabalhar horas a fio. São também aquelas que se recusam a faltar mesmo quando estão doentes. Só que nem tudo isto é uma boa ideia. Algo que é uma das conclusões de um estudo publicado no Occupational Health Psychology.
“Ainda que pareça uma boa ideia, trabalhar doente para cumprir objectivos, isso tem repercussões no desempenho dos trabalhadores à distância no dia seguinte”, realça o psicólogo Wladislaw Rivkin, do Trinity College Dublin, situado na Irlanda, citado pelo Science Alert. “O presenteísmo [conceito associado aos casos em que o trabalhador, estando física ou mentalmente doente, continua a trabalhar, mas sendo incapaz de garantir a sua produtividade] consome a energia psicológica dos trabalhadores, que não pode ser totalmente recuperada após o trabalho”, acrescenta. A equipa que realizou o estudo alerta mesmo para o perigo de que possa acontecer um esgotamento.
“Tem repercussões no desempenho dos trabalhadores à distância no dia seguinte”
A investigação foi realizada com base na análise, durante um período de 15 dias, das agendas de 126 funcionários de TI, ensino e, entre outras áreas, de finanças, que desempenham as suas funções de forma remota. Foram posteriormente recolhidos 995 elementos de dados sobre a saúde física, objectivos e horas de trabalho dos indivíduos estudados. “Os líderes devem desencorajar o presenteísmo, assegurando aos membros da equipa que, se se sentirem adoentados, é aceitável reduzir os seus objectivos de trabalho diário e, em vez disso, cuidar da saúde”, termina Wladislaw Rivkin.
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