Já o referi mais do que uma vez. E volto a dizer. Sou fã de estudos. Sobre tudo e mais alguma coisa. Dos que dizem uma coisa. Dos que defendem o oposto. E por aí fora. Separo o que é realmente interessante do resto mas não consigo resistir a um estudo. E acabo de me cruzar com um. Que envolve casais e separações. De acordo com os sociólogos da Universidade de Washington, nos Estados Unidos da América, está a aproximar-se a altura do ano em que as relações tendem a chegar ao fim.
De acordo com o estudo, que teve em conta os pedidos de divórcio realizados em Washington entre 2001 e 2015, verificam-se mais divórcios quando o Verão e o Inverno se aproximam do final. Defendem os investigadores que os casais com problemas olham para as férias, que são normais nestas duas alturas do ano, como o momento certo para terminar uma relação e partir para outra. Realçam ainda que o início do ano escolar pode ter influência, num pedido de divórcio, para pais com filhos.
Não sou especialista nesta área. Existe lógica no que é referido. Mas faço uma leitura diferente dos dados avançados. Nos dias que correm (e há muito que é assim) tanto homens como mulheres têm vidas profissionais bastante preenchidas. A isto junta-se o tempo que dedicam a outras áreas como o desporto, apenas para dar um exemplo. Ou seja, os casais saem cedo de casa e muitas vezes chegam tarde. O que reduz (e muito) o tempo de convívio entre ambos. Algo cada vez mais normal. E quando estão em casa, muitas vezes não passam muito tempo juntos. É cada um para seu lado.
Partindo do princípio que trabalham cinco dias por semana, o tempo de convívio mais alargado fica reduzido ao fim-de-semana. E alguns casais aproveitam estes dias para fazer as suas coisas. Aquilo que não podem/conseguem fazer durante a semana. E em muitos casos estes programas não envolvem programas a dois. Vai cada um para seu lado, fazer as suas coisas. O que faz com que o tempo em comum seja quase nulo. E mesmo em casos de casais com filhos acontece esta realidade.
Até que chega o momento das férias. E aqui existe muito tempo em comum. São 24 horas sempre juntos. É praia, é neve, é o que for. Estão juntos. Os programas a dois são constantes. E muitos casais já não sabem lidar com isto. Porque é uma realidade que não existe nas suas relações nem no resto do ano. É algo que não alimentam. E assim facilmente surgem discussões. Facilmente percebem que já não estão tão apaixonados como estiveram. Percebem que as coisas mudaram. E aquilo que a falta de tempo durante o resto do ano ajuda a disfarçar, destaca-se nas férias. E isto leva a que muitas pessoas optem por seguir caminhos distintos. Volto a dizer que não é a minha área, mas é uma leitura tão válida como outra qualquer.
A maioria dos casais que conheço e que se divorciaram, foi precisamenre no final do verão / férias.
ResponderEliminarNunca tinha pensado nisso dessa forma.
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