Em tempos entrevistei Telma Monteiro. E o desafio que lhe lancei foi "mostrá-la" de forma diferente daquela que as pessoas conhecem. Ou seja, o kimono e os pés descalços deram lugar a vestidos elegantes e saltos altos. A experiência foi muito divertida e o resultado ainda melhor. Mas aquilo que mais me cativou foi mesmo a garra daquela menina da Margem Sul. Telma aparentava ser (e comprovei que é) uma mulher daquelas que podem ser vistas como imparáveis. Se meter algo na cabeça, dá tudo por isso e que ninguém se meta à sua frente.
Ontem, Telma Monteiro conquistou a primeira medalha olímpica para Portugal (espero que não seja a única medalhada no Rio). E a imagem que tinha dela esteve presente em cada um dos seus combates e nas reacções que se seguiram. É fácil acusar um atleta como Telma Montiero quando não se ganha medalhas, algo que aconteceu em três edições de Jogos Olímpicos. É fácil apontar o dedo e ignorar o sofrimento de diversas operações e o risco que se corre ao lutar quando o corpo não está na forma ideal.
Ontem foi a vitória da superação. Foi a vitória do querer. Do querer dar uma alegria a um povo. Mas acima de tudo foi a vitória de uma mulher que deve ser vista como um exemplo por todos os portugueses. Obrigado Telma Monteiro. É um orgulho poder dizer que és portuguesa.
Eu temi que ela fragilizasse quando mostrou alguma dor no ombro.
ResponderEliminarMas venceu, que seja o estímulo, enquanto for possível, para mais vitórias.
Que seja o exemplo para muitas pessoas.
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