Agora debate-se a violência entre jovens que saem à noite. Esta violência sempre existiu. Talvez não tenha sido sempre à noite mas sempre existiu. Frequentei uma escola onde os assaltos eram "habituais" e havia quase sempre promessas de "espancamento" caso houvesse uma queixa. E este é apenas um exemplo. Também existiam grupos e porrada. Algo que sempre existiu e sempre existirá entre adolescentes.
O que era diferente na minha altura era a preocupação dos pais. Hoje, um jovem com 15 anos é um "homem" de barba rija que sai à noite e que fica a beber copos até lhe apetecer. E uma jovem de 15 anos é uma "mulher" feita que sabe tudo da vida. E os pais que não se atrevam a questionar isto.
Não queiram discutir apenas a violência entre os jovens. Discutam a importância que os pais dão aos filhos. A forma como os educam. As vezes que os contrariam e que dizem: "não". Nem que seja com aquela desculpa clássica do "porque sou teu pai/mãe e eu é que mando".
É fácil varrer o lixo para debaixo do tapete e querer perceber se são os jovens que estão mais violentos. Mas isso não mudou. Isso está igual. Só que ninguém sabia de nada e não existiam telemóveis nem redes sociais para partilhar agressões e ofensas. Nem cinquenta programas a debater o assunto. A maior diferença que encontro - mas que não desculpa tudo - é mesmo nos pais.
E na paciência (ou falta dela) para educar um filho dando-lhe todas as ferramentas. Ferramentas que fazem, por exemplo, com que perceba com que pessoas se deve relacionar e que andar a fumar, f**** e beber a torto e a direito quando tem apenas 14,15 ou 16 anos não faz de si um adulto nem uma pessoa preparada para a vida e para o futuro. Revela apenas que está a errar em muitos domínios e que está muito longe daquilo que entende como a perfeita preparação para a vida adulta.
Eu so comecei a sair a noite a serio quando ja tinha 18 anos. Ate lá, tinha de estar à 1h em casa. Os meus pais nisso sempre foram assertivos e acho que fizeram bem. E é um bocado isso que falta nos putos hoje em dia. Os pais querem que eles cresçam demasiado rapido, e ha muitos que são imaturos e parvos. E é como dizes sao homens feito, com força e demasiadas hormonas aos saltos. E depois coisas más acontecem :/
ResponderEliminarBeijinho♥
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Não sei se são os pais que querem, se são eles que pensam nisso. O que sei é que o problema é maior do que aquele que querem vender na televisão.
EliminarBeijos
Muito bem.
ResponderEliminarObrigado!
EliminarOlá :)
ResponderEliminarPano para mangas, este tema!
Nós somos da mesma geração. Na nossa altura, como dizes e bem, também haviam brigas e bullying nas escolas. Faltavam as tecnologias e mais informação e mediatismo dos temas.
Mas, quando era miúda, miúdos que aos 15 anos tivessem carta branca para saírem até às tantas eram uma excepção e não a regra. Aliás, os pais seriam logo apontados pela sua falha. Hoje, lá por a maioria o fazer não quer dizer que passe a ser correcto. Continua a ser um erro crasso.
Para além de concordar com o que dizes, acrescento o seguinte, correndo o risco de revelar a pessoa extremamente chata que sou: esta nossa geração tem sido um desastre a nível de parentalidade. Os pais querem ser amigos ao invés de pais, e falta-lhes a maturidade, a paciência e outras ferramentas para tal. Os professores e restante pessoal da Educação também anda uma desilusão: nas melhores escolas que frequentei o pessoal educativo entendia a responsabilidade que os pais lhes passavam quando os matriculavam, que tendo menores a seu cargo era o seu dever vigiá-los, interferir, guiá-los, educá-los. Afinal passam quase 8h por dia nas suas mãos, e por tal a responsabilidade não pode ser só das famílias. Hoje, por preguiça, fecham os olhos a tudo. Não é com eles, dizem. E por isso até preservativos se encontram em recantos de liceus.
É preciso que a sociedade num todo encare a educação de uma forma muito séria. O cérebro humano só está desenvolvido aos 21 anos, o que torna os menores física e mentalmente inaptos para tomar boas decisões, logo devem ser vigiados, educados, guiados, direccionados para boas alternativas para gastar energias como a arte e o desporto. E o não é uma palavra mágica que deve ser usada muitas vezes.
Tocas em pontos muito interessantes. A começar pele diferença entre amizade e ser pai. Pais são pais, não são amigos, no sentido da amizade que liga os amigos da escola uns aos outros. E muitos pais pensam que a educação é dada na escola. Quando a educação é dada em casa. E aquilo que acontece em casa vai servir de exemplo para a criança.
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