Hoje assinala-se do Dia Mundial da Fotografia. É o dia dedicado aos bate-chapas, alcunha que os repórteres fotográficos têm no jornalismo. Tal como os jornalistas são, para os fotógrafos, os canetas. Há quem não ache piada às alcunhas. Não é o meu caso pois adoro as duas. Mas sempre me habituei a ouvir fotógrafos perguntar, a outros, "quem é o canetas que vem contigo?", tal como os jornalistas perguntam pelo "bate-chapas de serviço".
Brincadeiras à parte, a fotografia é uma das coisas que mais me encanta no jornalismo. E uma das aspectos que considero mais importantes naquela que tem vindo a ser a minha área profissional desde que me formei. Considero até que as imagens têm mais força do que as pessoas imaginam. Até porque nem pensam muito nisso. Cada caso é um caso mas aquilo que prende a atenção de um leitor (e refiro-me a publicações em papel) é uma boa fotografia, um bom título e, por fim, um bom texto.
O ideal é ter tudo mas um extraordinário texto sem a companhia de um bom título e de uma boa imagem acaba por passar despercebido. Não sobrevive com facilidade. Poucas pessoas vão ter a tentação de ler um texto, por melhor que seja, se este não contar com um bom título e com uma boa imagem. E as imagens ganham ainda mais força quando a publicação conta com bastantes imagens. Existem casos pontuais em que o texto vive bem sozinho mas na maioria dos casos a força está na imagem.
Basta pensar no terrorismo, no drama dos refugiados e em tantos outros problemas mundiais. Aquilo que fica na memória é a imagem. É a imagem do menino em choque na ambulância, é a imagem do menino morto na praia, é a imagem das pessoas vítimas de atentados, é o menino ao lado do abutre. É isto que fica. Poucos vão recordar-se de um texto brilhante sobre qualquer um destes temas. E isto mostra a força de uma imagem. Por isso deixo aqui os parabéns a todos os repórteres fotográficas que dia após dia dão tudo o que têm para ter o melhor boneco.
Caneco, sou bate-chapas! Gosto do nome:)
ResponderEliminarAcho piada à alcunha ;)
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