fazer alguém feliz custa muito pouco

Num destes dias fiz um texto onde dava conta de que odiava almoços/jantares de Natal que são pautados pela hipocrisia. O que não invalida que adore repastos com pessoas que me dizem algo. Para mim, uma das melhores coisas do mundo é juntar à mesa aqueles que são especiais para mim. Algo que aconteceu hoje naquele que foi o primeiro almoço de Natal em que participei.

E se não sou adepto da troca de prendas com pessoas que nada me dizem, sou capaz de oferecer presentes a todas as pessoas de quem gosto. Algo que fiz hoje. Assim que soube que ia reunir um grupo de amigos, fui a uma loja do chinês comprar as coisas mais “absurdas” que lhes podia oferecer. Coisas essas que aqui partilho.

Kit “como encontrar e manter uma senhora”

Para o meu amigo que diz ter dificuldades com mulheres escolhi a placa que identifica a casa-de-banho das mulheres. A isso juntei um isco que lhe permite pescar uma mulher. E também um tubo de cola para que a mulher não consiga escapar dos seus braços.

Kit “adepto verde”

Para o meu amigo sportinguista ofereci algo que vai mudar a forma como vê o futebol. Tendo em conta que todas as derrotas do Sporting são culpa do árbitro, ofereci-lhe um apito verde, de modo a que consiga emendar aquilo que o árbitro estraga. E ainda uns óculos em forma de bola de futebol que lhe permitem ver o jogo de outra forma.

Kit “luvas pirosas são melhores do que mãos cortadas”

Para o meu amigo (e companheiro de redacção) que gosta de dedicar o tempo livre à restauração de móveis ofereci as luvas mais pirosas que encontrei e que vão impedir que volte a aparecer na redacção com as mãos cortadas porque algo correu mal durante o restauro de um qualquer móvel.

Kit “porque alguém tem de fazer 600 cortinados”

Para o meu amigo empresário que necessitava, com urgência, de encontrar quem fizesse 600 cortinados num curto espaço de tempo, ofereci um conjunto de costura. Assim, enquanto não encontra quem os faça, vai ele fazendo os cortinados, de modo a poupar tempo.

Estes sete objectos custaram-me poucos euros. E valeram o seu peso (e muito mais) em ouro. Não há dinheiro que pague a boa-disposição que motivaram. Os brindes que proporcionaram. Nem a alegria de ver aqueles sorrisos e as promessas de que iam ficar em locais de destaque nos seus trabalhos. É por isto que adoro ir às lojas do chinês. Gasto pouco dinheiro e ganho o dia. E é por isto que adoro almoçar com amigos.