fazer mal aos outros

Há quem tenha como objectivo de vida fazer mal às outras pessoas. Há quem se inscreva numa qualquer arte marcial porque tem o secreto (ou não) desejo de fazer mal a alguém. E isto aplica-se a  muitos outros deportos de combate. Existem pessoas que gostam aprender e praticar os mesmos somente pelo desejo de provocar dor física a terceiros. Colocando de lado a parte física, existem pessoas que também são movidas por sentimentos que têm como único objectivo magoar alguém. Pessoas que fazem do mal a sua vida. Não existe maior alegria do que magoar alguém. Alimentam-se disso. E quando o fazem, saltam de alegria como alguém que fez algo ao alcance de poucos.

Provocar dor física é fácil. E nem são necessários grandes conhecimentos em relação a desportos que ajudam a provocar dor em alguém. Por mais fraca que a pessoa seja, terá sempre ao seu dispor algo que permita magoar outra pessoa. E o mesmo se aplica à dor que não é física. Qualquer pessoa consegue magoar outra. Com palavras ou através de determinados gestos. A facilidade de magoar é uma coisa. Fazer disto bandeira/troféu é apenas ignorância. Porque magoar não exige talento. É do mais fácil que existe.

Por outro lado, fazer bem a alguém é que é mais complicado. Isto sim, é um talento. E cada vez mais raro. Aprender a fazer bem a alguém é algo que não vem nos livros. É algo que não se ensina na melhor das universidades do mundo. Quanto muito é algo que passa de geração em geração e mesmo assim nem sempre com bons resultados. Desenganem-se aqueles que pensam que fazer mal é algo ao alcance de poucos, ao estilo do que Messi e Ronaldo fazem com uma bola de futebol. Mantendo-me no mundo do futebol, fazer mal é comparável ao talento que se encontra nos mais fracos campeonatos do mundo. Ou seja, nenhum porque ele não existe. E ainda dentro do mundo do futebol, fazer bem aos outros é que é algo equiparável ao talento do argentino e do português.