28.3.17

não é bem a mesma coisa

Existe uma tendência para generalizar. E para prolongar o comportamento de uma pessoa em relação a todos aqueles que rodeiam essa mesma pessoa. Por exemplo, um qualquer terrorista que alcança o reconhecimento mundial na sequência de um acto infeliz que rouba a vida a algumas pessoas. Quando isto acontece passam a ser partilhadas informações sobre o estilo de vida do terrorista bem como daqueles que o rodeiam, nomeadamente a família.

E para muitas pessoas todos são terroristas. Se o pai é terrorista. A mulher e os filhos também têm de ser. Não existe outra hipótese. Ninguém aceita a possibilidade de uma vida dupla que passa desconhecida aqueles que rodeiam determinada pessoa e que desconhecem alguns comportamentos de um ente querido. Isto não é possível. É tudo uma cambada de terroristas.

Tal como nos grupos de amigas. Se uma mulher desse grupo tem fama de galdéria, não há volta a dar... todas as suas amigas são umas galdérias. Não existe a possibilidade de existir apenas a amizade como elo de ligação entre as pessoas. As mulheres desse grupo têm de ser todas iguais. E não se pega no melhor exemplo para associar às outras. Pega-se naquela que tem fama de galdéria e diz-se que todas são.

E o mesmo nos grupos de amigos. Se um tem fama de drogado, de bandido ou de cabrão, todos os amigos têm de ser assim. Mesmo que não sejam. Para as pessoas não há volta a dar. Se um é assim os outros também são. E estes são apenas três exemplos dos muitos que poderia dar. Não se perde tempo a analisar determinada situação. Não se isola um caso para perceber o que o distingue dos outros. É mais fácil meter tudo no mesmo saco e simplesmente dizer: “são todos iguais”.

6 comentários:

  1. Ui... "analisar"... não tarda vais querer que a malta sinta empatia... isso dá muito trabalho rapaz!! ;)

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  2. Já vem de tempos imemoriais. Desde menina que oiço, "Diz-me com quem andas, dir-te-ei quem és."
    Todos sabemos que nem sempre é assim. Mas todos temos no subconsciente esse registo.
    Um abraço

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    1. Uma máxima que ainda hoje se aplica, mesmo não batendo certo.

      Abraço

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  3. boas
    infelizmente há muito quem diga.
    diz-me com quem andas dir-te-ei quem és
    JAFR

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