A primeira edição do programa Got Talent Portugal - um belo exemplo de bom entretenimento para a família - ficou marcada pela voz extaordináriafantásticamagnífica de Lara Oliveira, uma adolescente que tem uma daquelas vozes que são oferecidas a meia dúzia de pessoas a cada mil anos. Além de outros momentos muito interessantes, muito se tem falado de Gladis de Coste, mais conhecida como a Shakira portuguesa que tem como talento imitar a forma de dançar da cantora colombiana.
Acho que qualquer pessoa facilmente percebe que Gladis não tem talento suficiente para conquistar um programa destes. Nem mesmo um de dança, nem que seja tão específico que só aceite participantes que tentem imitar Shakira. Acredito que nove em cada dez pessoas que olham para a actuação acabam por rir. E não escondo que faço parte dessa percentagem. Para mim é impossível não rir (o que é diferente de gozar) com aquilo que considero ser uma actuação que tem mais de divertida do que de imitação séria.
Mas se Gladis não tem muito talento para dança, tem aquilo que falta a muitas pessoas: confiança. Gostei da forma confiante como definiu a sua prestação, dizendo que tinha sido normal e salientando que as pessoas têm de se soltar. Para Gladis tudo estava bem, tudo tinha corrido bem. A coreografia estava perfeita. E esta atitude falta a muitas pessoas.
Quantas pessoas, que realmente têm talento, não têm coragem de enfrentar um conjunto de jurados? "Existem pessoas melhores do que eu", dizem. "Não vai dar em nada", referem. E vão prendendo os sonhos numa pequena gaveta, até que acabam por morrer, dando lugar a outros que não realizam as pessoas. A Shakira portuguesa pode ter talento a menos. E talvez até possa ter confiança a mais. Mas a actuação que deixa muitas pessoas de sorriso estampado no rosto é também uma lição no que à confiança diz respeito.
Isto é muito politicamente correcto da tua parte :P e dizer que a piquena é um exemplo de confiança está muito bem... mas é um exemplo à Maria Leal. Não acredito que estas pessoas não tenham a noção que não estão a fazer bem aquilo e que não percebam que estão a ser gozadas. Lá se elas não se importam de ser ridicularizadas... melhor para elas :D
ResponderEliminarNão é o politicamente correcto. Existem concorrentes que são cromos e que quase insultam os jurados. Não foi o caso dela. Fez aquilo que queria fazer e que acha que faz bem. Daí a confiança. Quantas pessoas têm medo de ser ridicularizadas quando têm muito talento?
EliminarQuando sabemos que somos bons, é confiança, mas neste caso é só falta da noção do ridículo.
ResponderEliminarAcho que existe uma linha que separa os dois exemplos que dás. E muitas pessoas que são boas acham que não são. Outras, que não são, acham que são as maiores. A Gladys não é a melhor do mundo a fazer o que faz mas também não a coloco no grupo de pessoas que nada sabem e que ofendem os jurados quando lhes dizem que não têm talento.
Eliminar