o que tenho em comum com eles? uma fraqueza

O super-homem tem como fraqueza a kryptonite. Já a Mulher Maravilha tem como fraqueza ter as mãos amarradas por um homem. Por sua vez, Thor torna-se vulnerável quando fica afastado do seu martelo durante mais de sessenta segundos. Para Storm a fraqueza é a claustrofobia. Já Batman, lida mal com os momentos em que se fala dos seus falecidos pais. Esta é apenas uma pequena amostra de coisas que tornam os super-heróis vulneráveis.

Nesse sentido tenho algo em comum com cada um dos heróis que mencionei. Com isto não estou a dizer que sou um super-herói. Longe disso. O que se passa é que também tenho uma fraqueza. Que me acompanha há anos e que sempre (pelo menos é nisso que acredito) me irá acompanhar. Curiosamente, e tendo em conta a comparação que estou a fazer, a minha fraqueza tem como cenário um “super”mercado ou hipermercado. Mais especificamente a zona que estes espaços comerciais dedicam aos brinquedos.

A minha fraqueza passa por todos os brinquedos que têm uma etiqueta ou autocolante onde se pode ler algo como “try me”. Estas cinco letras são a minha kryptonite ou equivalem a estar mais de sessenta segundos longe do meu martelo. Assim que leio aquelas duas palavras fico vulnerável. Sinto-me atraído pelo objecto e só acalmo quando descubro o que acontece depois de me submeter ao desafio que me foi proposto pelo brinquedo que me seduziu loucamente. E se a primeira tentativa não resultar em nada continuo a tentar nos outros brinquedos até ouvir algo. Só aí fico saciado.

E só quando sou bem sucedido é que regresso à normalidade. Só aí é que deixo de estar vulnerável a todos aqueles brinquedos que parecem gritar por mim como se a sua existência dependesse do meu controlo de qualidade efectuado com o simples pressionar de um qualquer botão que origina uma qualquer reacção de um qualquer brinquedo. Não sou super-herói. Mas tenho uma fraqueza digna de um.