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2.7.23

o problema é o vestido? é a cristina ferreira? é a vulgaridade?

Muito se tem escrito sobre o vestido com que Cristina Ferreira foi à Festa de Verão da TVI. E que fez com que muitas pessoas acusassem a apresentadora e diretora de entretenimento e ficção da TVI de vulgaridade. E acho que há tanto para dizer sobre isto…

O primeiro ponto é algo que dava para muitos textos. E falo da forma como as pessoas utilizam as redes sociais para reagir às coisas. E digo isto porque já li coisas que vão muito além da opinião. E, sem ofensas, vou usar este espaço que é meu para deixar a minha. Não gosto da roupa de Cristina Ferreira. E não está em causa de a Cristina Ferreira tem 45 anos. Ou 20. Ou 50. Não gosto. Acho que a apresentadora não fica favorecida com o visual escolhido. Mas, lá está, é apenas a minha opinião.

Depois, acho que uma diretora de um canal não deve ir assim a um evento. É certo que estamos perante algo mais descontraído, como uma festa de verão. Ainda assim, acho que existem cargos – sejam eles ocupados por mulheres ou homens – que exigem regras que não se aplicam a muitos outros. E digo isto tal como diria se Mário Ferreira aparecesse na festa de calções, havaianas e manga à cava. Ou de calças de ganga e camisa aberta quase até ao umbigo. Iria achar que não seria algo que se adequa ao cargo que tem. E aplico este modo de pensar a figuras públicas como anónimos.

Acho que Cristina Ferreira pode vestir o que bem quiser. Acho que qualquer mulher pode vestir o que bem quiser. Só acho que tudo tem o seu espaço. Acho que muitas vezes se transforma a Cristina Ferreira numa espécie de exemplo do que acontece às mulheres. E isto é falso. Porque são as próprias mulheres que usam regras para avaliar Cristina Ferreira que não aplicam a todas as outras. E digo isto com base nos muitos “a Cristina Ferreira pode”. Já a colega do trabalho é rasgada de cima a baixo se fizer as mesmas coisas que a Cristina Ferreira faz. E deixo um desafio para o final. O que diriam da colega que aparecesse com este visual numa festa da empresa?

14.2.22

violência doméstica, cristina ferreira, bruno de carvalho, liliana, big brother famosos e o caos total

Ao longo dos últimos dias, em especial nas últimas horas, muito se tem debatido a violência psicológica que um concorrente exerceu sob outra concorrente num reality show de grande audiência. Bem como do silêncio (inicial) da produtora, canal e apresentadora em relação a um caso que se transformou numa das maiores polémicas de duas décadas de programas semelhantes em Portugal. Tudo isto gerou uma onda de reacções nas redes sociais. E é esta mistura que me leva a reagir com diversos pontos de análise.

O meu ponto de vista

Não conheço Bruno de Carvalho. Também não conheço a Liliana. Nada tenho contra ambos. Isto é ponto prévio. Mas tenho de ser sincero. Não gostei do que fui vendo ao longo dos tempos. E não considero normal numa relação. E vou dar de barato o agarrar para beijar. Mas não acho normal agarrar o pescoço durante uma conversa. Não acho normal não querer que se fale com outras pessoas. Não acho normal a manipulação de ideias. Não acho normal o confronto a pessoas que estão perto da namorada. Podem dizer que é tudo jogo e mais não sei o quê. Não gosto. Não reconheço como amor. Aceito todas as outras leituras. Esta é a minha.

TV/Endemol – Big Brother Famosos

Este triângulo é aquele a quem mais aponto o dedo. Porque a culpa da escalada deste problema está aqui. Desde a escolha das imagens à forma como o tema foi sendo varrido para debaixo do tapete. Aquilo que poderia ser uma migalha (abordado logo no início e com uma eventual mudança de postura dos concorrentes) transformou-se num gigante elefante que está no meio de uma loja de porcelanas. Um claro erro de gestão de um problema que continuava a escalar com críticas de nomes sonantes e de muitos anónimos.

Cristina Ferreira

A maior desilusão de todas. Exige-se mais, muito mais, a Cristina Ferreira. Até porque estamos perante uma das maiores comunicadoras do País. Que muitas vezes (e bem) elevou bem alto a bandeira do feminismo e saiu em defesa das mulheres. Diz-se atacada por ser uma mulher de sucesso num mundo de homens. Queixa-se (e bem) dos ataques que lhe fazem nas redes sociais. E “ignora” um problema desta dimensão.

Pior do que isso, diz que a televisão serve para entreter e não para educar. Mais grave, diz isto: “Só o amor pode resolver as coisas mais condenáveis”. E infelizmente, não é assim. Vou pegar no relatório da APAV de 2020. Que avança com o número médio de vítimas de violência. No que a mulheres diz respeito são 8.720 ao ano. 167 por semana. 24 por dia. 54,1% dos casos aconteceram na residência comum. 35,7% não resultaram em queixa. Neste ano, 51 pessoas morreram. Existiram ainda 33 casos de homicídio tentado. Acho que isto basta para que se perceba que o amor não resolve as coisas mais condenáveis. Muitos são os casos em que o caso acaba em tragédia.

Por isso, defendo que não basta a Cristina Ferreira dizer que tem a sua opinião. E que existem coisas de que não gostou, mas que guarda para si. Acho isto inaceitável. Acho que, uma mulher com o seu poder, deve manifestar a opinião. Como tantas vezes fez em casos em que poderia ficar igualmente calada. E que, e muito bem, não o fez. Acrescento ainda que recebi, nas redes sociais, dezenas de mensagens de mulheres desiludidas com Cristina Ferreira. Neste domínio concluo que sou da opinião de que Cristina Ferreira é quem sai pior desta polémica.

Bruno de Carvalho

Bruno de Carvalho chega a este programa com a imagem bastante danificada. Algo que resultou da saída pouco polémica da presidência do Sporting. Com o nome associado a um dos episódios mais negros da história do futebol português. Bruno de Carvalho (e devo mencionar que já partilhei com diversos amigos a ideia que tinha do concorrente e que resultou de um trabalhos em que fiz com BdC) entra bem no programa. Com as pessoas rendidas ao que ia mostrando. Até que acontece isto.

Quero acreditar que Bruno de Carvalho irá perceber, ao rever tudo o que aconteceu, que errou. Esta é a ideia que tenho. Só que olho para as redes sociais do concorrente e percebo que não será bem assim. Já ofendeu Flávio Furtado e Ana Garcia Martins, a quem chama de Piporca. Já disse que o Big é manipulador. E isto mostra que não há qualquer arrependimento. Nem que seja de uma estratégia de jogo (algo referido bastantes vezes) que correu muito mal.

Acrescento que não defendo que Bruno de Carvalho seja fechado num quarto escuro, trancado e que a chave seja deitada fora. Nada disso! Acho apenas que errou. Com milhões a terem os olhos em si. E com comportamentos que muitas pessoas, como fica evidente em qualquer rede social, condenam.

Os meus “amigos”

Manifestei a minha opinião no blogue e também, com maior incidência, no Instagram. Nesta rede social deixei de ser seguido por “amigos” que têm uma opinião diferente da minha. Sem qualquer conversa, sem nada. Apenas decidiram partir. E isto é também um reflexo dos tempos em que vivemos. Como comecei por referir, esta é a minha opinião. Aceito todas. Mesmo aquela que vem de mulheres que acham que isto é tudo normal. Somos livres de acharmos o que quisermos. Agora, perder “amigos” com base em opiniões contraditórias é algo manifestamente exagerado.

Ana Garcia Martins e outros em cargos semelhantes

Ana Garcia Martins dá um dos bons exemplos nesta polémica. Manteve-se fiel aos seus princípios e teve a coragem de fazer algo que poucos fariam: fazer frente a Cristina Ferreira. Não que a apresentadora seja uma espécie de “bicho papão”, mas porque é a patroa. E alguém que acaba de defender uma opinião que em nada se relaciona com a da comentadora. Esta decisão levará a que, eventualmente, fique sem futuro no formato ou no canal. Mas A Pipoca Mais Doce manteve-se fiel aos seus princípios. Argumentou com a apresentadora a quem chegou a dizer que não parecia estarem juntas na luta contra a violência doméstica. Isto quando o caminho mais fácil seria o da “bajulação” camuflada para que tudo ficasse bem.

Porque sou pai

Deixo este ponto para o fim. Sou pai da Matilde, uma menina extraordinária de 19 meses. Uma menina que mudou a minha vida. Que me mudou enquanto homem (ainda que este aspecto nada tenha a ver com isso). E que fez de mim uma pessoa melhor. Assusta-me ver a minha filha crescer com algumas coisas que se passam neste mundo. Assusta-me a ideia de que venha a ter um namorado que a tente manipular. Que exerça pressão psicológica sobre si, sobre as suas decisões e que a queira controlar. Enquanto pai irei lutar diariamente contra isto. E este texto é um passo nessa direcção.

13.2.22

tvi, até quando? bruno de carvalho, até quando?

Muito se tem visto, escrito e dito sobre a mais recente edição de Big Brother Famosos. Em especial da “relação” entre Bruno de Carvalho e Liliana. Em relação à mesma pouco ou nada posso dizer. Os vídeos estão aí para quem os quiser ver. E fazer a própria leitura do tratamento que um homem está a dar à namorada.

Vivemos numa era em que, e ainda bem, todas estas situações são geridas com pinças. Principalmente quando estamos a falar de um grande canal. E de um grande formato. E daquela que será a mais mediática apresentadora portuguesa. E a única reacção a esta polémica é um silêncio ensurdecedor. Que serve apenas para alimentar teorias em relação ao triângulo TVI – Big Brother Famosos (Cristina Ferreira) – Bruno de Carvalho.

Daqui a pouco começa mais uma gala. Tal como tantas outras desconheço se Bruno de Carvalho será expulso. Não sei se o tema será mencionado e discutido de forma a que os espectadores fiquem clarificados em relação à posição do canal em relação ao tema. Espero que tudo fique dissipado hoje. Exige-se isso quando estamos perante um programa desta dimensão.

Até para que as pessoas percebam que isto não é amor. Que quem ama não faz isto. Que percebam também que isto não é ser amada. E há tanto para dizer sobre isto. Quer seja do lado de quem pratica estes comportamentos como de quem os vai aceitando na ilusão do amor. Que o mediatismo de tudo isto sirva para que se dê um exemplo de mudança.

23.9.20

o (raro) fenómeno chamado cristina ferreira

O mundo (televisivo nacional) parou quando Cristina Ferreira trocou a TVI pela SIC. Voltou a parar quando a apresentadora fez a estreia no canal com o seu novo formato. Voltou a parar (e ficou boquiaberto) com a saída repentina da SIC para voltar à TVI. E volta a parar hoje (23) para ver a estreia de mais um novo formato. Isto depois de já ter parado para ver um último Você na TV! ao lado de Manuel Luís Goucha.

Podemos não gostar da apresentadora. Podemos não gostar da mulher. Podemos achar a voz irritante. Podemos dizer que se veste mal. Podemos dizer que é saloia. Ou que é feia. Ou que é gorda. Ou que é magra. Ou que isto ou aquilo. Isto dependerá sempre de cada um. Mas aquilo que ninguém pode colocar em causa, gostando ou não de Cristina Ferreira, é o seu profissionalismo. É a ambição de ser a melhor no que faz. A sede de vencer. Bem e à sua maneira. E a forma como mexe com a televisão em Portugal.

Num breve exercício de memória, não encontro uma pessoa que consiga isto. Que deixe meio mundo a pensar naquilo que vai fazer. Que parem em frente à televisão para assistir a uma estreia, a um programa, ao que quer que seja. É verdade que Cristina Ferreira também perde. Mas no momento da vitória, ganha como poucos. Aliás, como mais ninguém. E este mérito ninguém lhe tira.

23.4.19

eu, o meu pénis, a cristina ferreira e o programa da cristina

Foi com surpresa que recebi uma mensagem a falar sobre um convite relacionado com O Programa da Cristina. Falaram-me de duas ideias de Cristina Ferreira e deram-me a possibilidade de participar numa reportagem sobre uma delas. Acabei por escolher falar sobre sexo, mas especificamente sobre a relação do homem com o seu pénis. Até porque gostei da ideia da falar abertamente sobre um tema que considero tabu para muitas pessoas.

Devo confessar que ponderei muito bem sobre o convite. Não por ter receio de falar sobre o tema, mas por acreditar que seria muito fácil ser uma piada. Bastava uma frase mal dita, uma edição atrevida e facilmente seria transformado numa piada. Até porque sabia que são seria em directo. Algo que por um lado é bom, mas por outro rouba-me algum controlo. Ainda assim, aceitei. Sem qualquer problema.

O passo seguinte foi uma entrevista por telefone com uma mulher (muito simpática) que nunca conheci pessoalmente. Falámos durante largos minutos sobre sexo. Sobre a minha relação com o meu pénis, com o meu corpo e por aí fora. Se me comparava com outros. Se alguma vez me tinha deixado ficar mal. Se lhe dava nome. Se a minha mulher tinha razão de queixas. Com que idade tinha perdido a virgindade, entre muitas outras coisas como depilação masculina e por aí fora. Respondi a tudo com a mesma naturalidade que responderia à pergunta: "que horas são?". Pelo simples facto de que não olho para a sexualidade como um tabu.

Expliquei que os momentos mais "estranhos" que tive deixaram de o ser em poucos segundos. Um deles foi quando, já adulto, fui ao médico que me acompanha desde criança e que me mexeu no pénis. Outro foi quando fui fazer um espermograma. E rapidamente percebi que era apenas o trabalho deles. E que era tão natural para aquelas pessoas como para mim é escrever textos. De resto, não dou nome ao meu pénis, tal como não dou aos meus braços ou pernas. Não me comparo com outros e sinto-me bem como aquilo que sou e com o corpo que tenho.

Falei ainda de algo que considero curioso. Que passa por, cada vez mais, os homens esconderem o corpo nos balneários dos ginásios. Acabam o treino e vão todos tapados para o duche. De onde já saem tapados. Se é complexo? Não sei! Mas para mim não faz sentido. Sendo que expliquei que desde miúdo que jogo futebol e que sempre foi natural para mim estar nu perto de outros homens. Como se nada fosse. Sendo que a nudez também nunca foi tabu na minha casa. Sempre vi os meus pais sem roupa, com a maior naturalidade do mundo. Falei ainda do mito da importância do comprimento e da forma que o meu pénis tem impacto na minha vida.

Em traços gerais, esta foi a conversa que tive ao telefone. Sendo que fui entrevistado, já em vídeo, por outra pessoa. Que acabou por me fazer perguntas um pouco diferentes, mais ligeiras e mais divertidas. Algo que não teve qualquer problema. Mas que acaba por retirar alguma "importância" a tudo aquilo que tínhamos falado ao telefone e que considero importante para acabar com tabus.

Por exemplo, perguntaram-me se "mexia nele" ou algo do género. Respondi que mexia nos testículos, como qualquer homem deve fazer, para tentar detectar algo fora do normal e para ajudar a prevenir o cancro testicular. Quem viu a reportagem ouve apenas "mexo algumas vezes". O que não tem nada de errado, mas que acaba por levar a pessoas a pensar algo que não disse e que passa pela masturbação.

Ao telefone também disse que considero que o sexo ainda é tabu, pois as pessoas não falam abertamente sobre nada. Têm receio de tudo e isso fica provado pelo que vou dizer agora. É uma pequena inconfidência que não faz mal a ninguém. Depois de responder às perguntas (pelo telefone) disseram-me que ninguém aceitava o convite. Homens conhecidos, bloggers e anónimos. E isto mostra que o tema ainda é tabu para muitos homens.

Em jeito de balanço, estou feliz com a minha modesta contribuição para o tema. Agradeço o convite que me foi feito e estarei sempre disponível para este tipo de coisas. E o maior elogio que posso receber é ter os meus amigos homens e dizerem que estive bem a falar do tema em questão. Aproveito ainda para agradecer a Cristina Ferreira por pegar em temas sérios, torná-los um pouco mais ligeiros e fazer com que as pessoas falem de algo que deveria ser completamente natural.

9.1.19

manuel luís goucha vs cristina ferreira

Começo por dizer que não sou o maior fã de Manuel Luís Goucha nem de Cristina Ferreira. Algo que não me impede de ver e reconhecer o talento em ambos para aquilo que escolheram fazer a nível profissional. Também não sou o maior fã dos formatos que apresentam, o que não me impede de perceber se são, ou não, bem feitos do ponto de vista daquilo que oferecem. Depois desta introdução, posso dizer algo que sempre defendi (ou acreditei) e que passava por entender que Manuel Luís Goucha estaria mais do que preparado para "anular" Cristina Ferreira numa guerra de audiências que teve início nesta semana.

Mas os números mostram que estou errado pois Cristina Ferreira tem aniquilado o antigo parceiro das manhãs da TVI, com audiências que quase a dobrar os números do mítico Manel. Como tenho estado a trabalhar a partir de casa ao longo dos últimos dias - obrigado constipação - aproveitei para ver as primeiras edições do novo programa das manhãs da SIC. E analisando o formato não estranho os resultados de Cristina Ferreira. Porque o produto é substancialmente melhor do que a concorrência e, acima de tudo, diferente.

Cristina Ferreira insiste na ideia da casa que está aberta a todos. E tudo isto está muito bem explorado. Tal como os conteúdos e convidados estão a conseguir prender o público. Isto sem esquecer o factor novidade que leva a que muitas pessoas, tal como eu, a querer descobrir aquilo que consegue fazer sozinha. Cristina soube ainda escolher a equipa que ajuda a colocar o programa de pé diariamente. Misturando tudo isto numa panela, o resultado é algo diferente em relação aquilo que as pessoas estão habituadas a ver nas manhãs televisivas.

E a continuar assim, terá a ser a TVI a arrepiar caminho, ficando a ideia de que apostas como dar destaque ao marido do apresentador não chega para prender as pessoas. No meio disto tudo, e sem ter culpa de nada, está Maria Cerqueira Gomes que lida com dupla pressão. Será sempre comparada com Cristina Ferreira ao mesmo tempo que tem a missão de ver o programa vencer a guerra das audiências. Por fim, fica também a ideia de que as amizades são muito bonitas enquanto não existem valores mais altos que as colocam à prova.