Quase 15 anos depois do final de Os Sopranos, um livro está a dar a conhecer histórias passadas nos bastidores daquela que muitos consideram uma das melhores séries de todos os tempos. Uma delas está relacionada do medo que os produtores tinham de que James Gandolfini pudesse morrer devido aos excessos com álcool e drogas. Este é um dos grandes destaques do livro Tinderbox: HBO’s Ruthless Pursuit of New Frontiers do jornalista James Andrew Miller.
“Estávamos
preocupados quanto a ele ficar vivp. Ocasionalmente, ele embriagava-se ou usava
muita cocaína. Tínhamos que interromper a produção”, recorda Jeff Bewkes,
antigo Ceo da Time Warner, num excerto da obra reproduzido pelo New York Post.
Bewkes refere ainda que estes comportamentos saíam caros à produção e
incomodavam os colegas de trabalho. “Pensava que o Jimmy ficava envergonhado”,
conta. Recuperando o momento em que o ator foi apanhado a beber nos Globos de
Ouro, evento para o qual levava as próprias garrafas de vinho. “Bebia com ele a
pensar que isso o acalmava. Acho que fui burro”, defende.
“Embriagava-se ou usava muita cocaína”
Também
Chris Albrecht, antigo presidente da HBO, aborda o tema, realçando que a saúde
de Gandolfini “transformou-se num problema real nas gravações”. “Tornou-se numa
falta de respeito pelos outros atores também e surgiram problemas”, relembra.
Algo que levou a que fosse feita uma intervenção no apartamento do ator em
Manhattan. “Não foi uma ideia minha. Acho que foi ideia da sua família, porque
a sua irmã estava lá. Foi definitivamente uma situação de crise”, diz.
“Tornou-se numa falta de respeito pelos outros atores”
James Gandolfini acabou por morrer a 19 de junho de 2013. O ator, então com 51 anos, sofreu um ataque cardíaco durante umas férias em família em Roma, Itália. O desempenho em Os Sopranos valeu a James Gandolfini três Emmy de Melhor Ator em Série Dramática e um Globo de Ouro na mesma categoria. Agora, e aos 22 anos, foi Michael Gandolfini que deu vida ao jovem Tony Soprano, o personagem que celebrizou o pai.
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