Muito se fala sobre a importância que o sexo tem numa relação, na vida a dois. Existem estudos que apontam o sexo como a base de uma relação saudável, estável e duradoura. E verdade seja dita, não sou ninguém para colocar estes trabalhos em causa. Aliás, também defendo que o sexo é mesmo importante para uma relação. Só que existe um mas.
Na minha modesta opinião, muitos são aqueles que colocam o sexo num patamar muito superior a tudo o resto numa relação. Neste caso, pergunto: por melhor que seja o sexo, aguenta uma relação se tudo o resto funcionar de forma errada? A resposta só pode ser não! Daí considerar que o sexo está longe de ser o maior desafio com que um casal se pode deparar ao longo da vida a dois.
Vamos lá falar de sexo. Vamos partir do princípio que existe uma sintonia mínima entre o casal. A partir daqui as coisas não diferem muito entre casais. Uns fazem mais sexo, outros menos. Uns gostam mais de uma coisas, outros de outras. Uns inovam mais nas posições, outros menos. Uns usam e abusam dos preliminares, outros dispensam. E por aí fora. Mas volto a defender, isto não é o maior desafio do casal.
Por mais extraordinário que seja a vida sexual, o grande desafio está para lá do sexo. Está na vida a dois. Na forma como olham para o futuro. Se estão em sintonia no que ambicionam. Como se relacionam quando estão zangados (sim, todas as relações têm fases menos boas). Como reagem, por exemplo, a uma pandemia que mexe com o orçamento de um casal. Na forma como gerem a vida a dois em conjunto a como lidam com a singularidade de cada um nessa mesma vida. Poderia ficar horas a mencionar os verdadeiros desafios de um casal.
É certo que o ideal é uma sintonia a 100% em tudo. Do sexo à vida a dois fora do quarto. Mas aqueles que acham que só a vida sexual, por melhor que seja, é a solução para tudo, estão muito enganados. E quem gere relações com base nisto, acabará, mais cedo ou mais tarde, por perceber que está errado.
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