Vamos começar por recuar até 2004. Nesta altura, Freddy Adu era apenas um adolescente que fazia história no futebol norte-americano. Com 14 anos e 168 dias era contratado pelo DC United, passando a ser o mais jovem jogador a assinar contrato com uma equipa do principal campeonato dos Estados Unidos da América. O recorde ainda se mantém e na época todos se referiam a Freddy Adu como o novo Pelé.
Poucos tinham dúvidas de que o ganês naturalizado norte-americano seria uma das grandes estrelas do futebol mundial. Algo que não se veio a verificar. Ao ponto de agora, com 31 anos, ter sido despedido do Österlen FF, emblema que milita na quarta divisão do futebol sueco. Mas já lá vamos ao motivo do despedimento pois há muito para contar sobre o internacional norte-americano.
Freddy Adu chegou ao Benfica no Verão de 2007
Antes de rumar ao futebol europeu, Freddy Adu ainda trocou o DC United pelo Salt Lake. Os elogios multiplicavam-se. Todos falavam do interesse de grandes clubes europeus no jovem prodígio. Até que, com alguma surpresa, o jogador chega ao Benfica no Verão de 2007, num negócio avaliado em 1,5 milhões de euros.
A passagem pela Luz acabou por ser curta, ficando para a história os cinco golos de águia ao peito. Ainda com contrato com os encarnados, foi emprestado ao Mónaco (2008), Belenenses (2009), Aris Salonika (2010) e Rizespor (2011). É neste ano que termina a ligação com o Benfica e regressa aos Estados Unidos da América para representar os Philadelphia. E foi durante a ligação contratual com o Benfica que Freddy Adu diz ter cometido o maior erro da carreira.
“O maior erro que cometi na minha carreira foi ser emprestado pelo Benfica ao Mónaco”
“O maior erro que cometi na minha carreira foi ser emprestado pelo Benfica ao Mónaco”, conta numa conversa com Grant Wahl. “Se pudesse reverter essa decisão, não teria aceite o empréstimo”, acrescenta. Explicando o porquê da sua decisão. “Tinha passado por três treinadores num ano no Benfica. Havia tanta confusão naquele clube que penso que só queria sair de lá e ir para outro lado o mais depressa possível”, explica.
“A saída para o Mónaco acabou por ser a decisão errada. (…) Cheguei ao Benfica ao mesmo tempo que o Di María. No primeiro ano, joguei melhor do que ele, mas decidi ser emprestado. E o Di María ficou no Benfica. O que aconteceu? Veio um treinador novo, ele teve oportunidades e tornou-se titular. Um ano ou dois depois disso, Di María foi para o Real Madrid. Eu continuei de empréstimo em empréstimo e as nossas carreiras...”, lamenta. “Apenas tomei, na minha opinião, a pior decisão possível para a minha carreira. É o meu maior arrependimento”, conclui.
De clube em clube até ao despedimento na Suécia
Foi em 2011 que Freddy Adu regressou ao seu país. Até que, em 2013, ruma ao Brasil para defender as cores do Bahia. Ainda nesse ano regressa ao Philadelphia e fica sem clube. Em 2104, tenta a sorte nos sérvios do Jagodina. Um ano depois muda-se para os finlandeses do KuPS. Ainda em 2015 regressa aos Estados Unidos da América para defender as cores do TR Rowdies, da segunda divisão. Em 2016 decide fazer uma pausa na carreira. Que dura até 2018, altura em que assina pelo Las Vegas, igualmente da segunda divisão. Ainda nesse ano volta a parar. Fica inativo até 2020, altura em que ruma à quarta divisão sueca. Onde esteve apenas um mês.
“Só queria fazer fintas e coisas assim”
Freddy Adu acaba de ser despedido do Österlen FF e Tom Ekstrom, presidente do clube, explica ao Sportbladet que a atitude do jogador não ajudou em nada. “No último fim de semana jogou metade de um jogo, mas tem um longo caminho a percorrer para estar em boas condições físicas. Nós sabíamos que o Freddy Adu não tem feito grande coisa nos últimos anos, por isso nunca tive a certeza de que iria ganhar o lugar na equipa. Só queria fazer fintas e coisas assim e não levou isto a sério, infelizmente”, lamenta.
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