Diversos especialistas salientam que é necessário ter cuidados com as gemas dos ovos. Pois as mesmas são ricas em colesterol e gordura. O que pode dar origem ao aparecimento de cancro. Sem esquecer a incidência de ataques cardíacos e derrames. A isto junta-se agora um estudo que vem quantificar a quantidade de ovos que, quando ingeridos semanalmente, levam ao aumento de risco de morte prematura.
De acordo com o trabalho, publicado no PLOS Medicine, comer três ovos por semana é suficiente para que aumente em um quinto a probabilidade de uma morte prematura. Os dados mostram que aqueles que consumiam mais 300 miligramas de colesterol por dia (o equivalente a três ovos por semana) tinham uma probabilidade 19% mais alta de morrer ao longo dos próximos 16 anos. A morte associada ao cancro aumentou em 24%, enquanto a motivada por doenças cardiovasculares subiu em 16%. O estudo realça ainda que aqueles que têm um consumo excessivo de ovos correm maior risco de vir a desenvolver doenças respiratórias, diabetes e até Alzheimer.
O que faz com que esteja a ser sugerido que as pessoas optem apenas por comer a clara de ovo. Ou que ponderem a substituir este alimento por outro. “Neste estudo, a ingestão de ovos e colesterol foram vistos como um factor de mortalidade superior por todas as causas de doenças cardiovasculares e cancro”, refere Yu Zhan, professor da Universidade de Zhejiang, na China, e um dos autores do estudo. “O aumento da mortalidade associado ao consumo de ovos foi influenciado em grande parte pela ingestão de colesterol”, explica.
Estudo polémico
Este estudo está a ser considerado bastante polémico. Sendo também o capítulo mais recente de uma discussão que se arrasta há anos. Até porque outros trabalham salientam que o ovo é uma opção saudável que deve constar no plano alimentar de todos. “Os nossos dados sugerem limitar a ingestão de colesterol e substituir ovos inteiros pelas claras ou por outras fontes alternativas de proteína para promover a saúde cardiovascular e a sobrevivência a longo prazo”, explica Yu Zhang.
Por sua vez, há quem defenda que são necessários outros trabalhos. Até porque o estudo chinês não teve em conta a forma como os ovos eram confeccionados: estrelados, mexidos ou cozidos. “O estudo apenas tentou estimar quantos ovos foram comidos, por isso não considerou se os ovos foram ingeridos como parte de uma pequeno-almoço frito ou numa sala niçoise”, explica Duane Mellor, professor na Aston Medical School, na Universidade de Aston, em Inglaterra, em declarações ao The Sun.
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