Por cá o futebol costuma estar associado a polémicas. Pouca ou nenhuma beleza é dada a um desporto que é fascinante. Mais depressa se fazem notícias sobre algo mau, acabando por não se destacar aquilo que tem especial beleza. Por exemplo, na época passada o Liverpool foi perder 3-0 a Espanha, num jogo frente ao Barcelona. E quando todos pensavam que os catalães estariam na final da Liga dos Campeões, eis que o clube inglês ganha 4-0, vai à final e conquista a competição.
Agora, foi Sadio Mané, um dos craques do Liverpool que revelou aquilo que o treinador alemão disse no balneário antes do jogo frente ao Barcelona. “Olá rapazes, tenho boas notícias para vocês. Sim, a boa notícia é que o Barcelona gosta de jogar futebol e essas equipas são óptimas para nós. Vão ver, vamos estar na final”, disse. E acertou!
Recuando até 2008/09, temos mais um discurso marcante. Que foi proferido por Pep Guardiola, então treinador do Barcelona, antes da final da Liga dos Campeões (que viria a ganhar ao Manchester United de Cristiano Ronaldo). “Pessoal, tudo o que quero é que, no final do jogo, eles digam que o Barcelona jogou futebol. A única coisa que não quero é que sintamos esta noite é a falta da nossa identidade”, referiu.
Mas nem todos os discursos são feitos em momentos de glória. E o exemplo disso mesmo é dado por José Mourinho e pelas palavras que disse aos jogadores depois de ter perdido 5-0 frente ao Barcelona quando era treinador do Real Madrid. “Sei que dói. Certamente foi a derrota mais difícil da carreira. Eles estão felizes agora e parece que venceram a Liga, mas venceram apenas um jogo. Amanhã vou dar-vos um dia de folga e não quero que fiquem em casa. Saiam com a família para passear pela cidade. Que nos ensine a superar isto. Falamos do significado desta derrota, mas não nos escondamos atrás dela. Mostrem os t******. Depois desta derrota temos de lutar pelo título”, foram as palavras de Mourinho.
Outro exemplo num momento negativo chega através de Diego Simeone, treinador do Atlético de Madrid. Estas foram as palavras depois de ter sido eliminado da Liga dos Campeões pelo Barcelona. “Podes jogar bem ou mal, mas há aqui mais de 55 mil pessoas que viram como deixam a pele em campo, como morrem pela camisola do Atlético de Madrid. Não se preocupem com o resultado, saiam e defendam a camisola, porque representam aqueles 55 mil que estão aqui”, disse.
O último exemplo chega de Espanha e é protagonizado por Zinedine Zidane, provavelmente o treinador mais calmo de todos estes. Antes de defrontar a Juventus para a final da Liga dos Campeões, foi isto que o francês disse aos jogadores do Real Madrid. “O que fizeram para chegar até aqui é a coisa mais importante, não é a final. Sabemos que temos um clube com uma tremenda motivação e amanhã será assim. Mas o mais importante foi chegar lá. Pensem que já ganharam duas Ligas dos Campeões. Para mim isso é a chave, o que fizeram até agora e pensem que só duas equipas estão na final”, disse o treinador francês.
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