14.7.14

carrinhos de choque. o meu pai e ela

Este ano não houve entorse na feira. A novidade foi outra. Convencer a minha sobrinha a andar nos carrinhos de choque comigo. Enquanto caminhávamos para a feira contei-lhe que costumava andar com o meu pai. Porém, as nossas viagens tinham tudo menos choques. Nunca vi ninguém conduzir um carrinho de choque como o meu pai pois não deixava que ninguém batesse no nosso carro.

Já na feira, rapidamente e surpreendentemente aceitou andar comigo. Comprei uma ficha e ficamos a ver os carros. Ela assustou-se com o que viu. Já não quis andar. Restou-me andar sozinho. Mas, assim que me viu andar, quis juntar-se a mim. Encostei o carro e passei a andar com ela.

Assim que tive a minha sobrinha no carro comigo, percebi na perfeição o que o meu pai sentia quando eu estava no carro com ele. Deixei uma mão no vante e usei a outra para a prender com toda a minha força. Depois, desviei-me do maior número de carros possível. Não evitei um choque ou outro para que ela experimentasse uma pancada suave mas passei a maior parte do tempo a desviar-me de todos.

A andar para a feira disse à minha sobrinha que não sabia a sensação de passar o tempo todo aos choques. Dei-lhe até a entender que a diversão era menor. Mas, com ela comigo no carro percebi que estava errado. Consegue ser muito divertido. E a vontade de proteger alguém, de tenra idade, que tanto amamos proporciona sensações muito melhores do que meia dúzia de pancadas num carrinho de choque. Agora, percebo-te na perfeição pai.

Enviado do meu iPhone

12 comentários:

  1. Oh, fica a experiência e a lição!

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  2. Que lindo :) Acreditas que nunca andei nos carrinhos de choque... sou uma medricas.

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    1. Perde o medo e aventura-te. Vais adorar. Evita os choques frontais e tudo corre bem.

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  3. É isso mesmo.
    Há muitos anos, meu pai foi andar com os meus irmãos mais novos. Eu andei uma ou duas vezes, que me lembre, e detestei, precisamente pelo impacte.
    A coisa não correu bem para o meu pai que leva um daqueles choques mais fortes que deu um jeito na coluna, ficou cheio de dores e, desde então, nunca mais andou.
    Penso que as pessoas acham graça ao choque,
    Está aqui provado, neste teu post, que não.
    Beijinho

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    1. Nos carrinhos de choque é preciso cuidado com os choques frontais, sobretudo quando surgem depois de uma grande recta sem sobressaltos.

      beijos

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  4. ...é bom vivenciar experiências...ter estado do lado de "lá" e agora estar do lado de "cá" :)

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    1. Foi a primeira vez em que percebi o porquê do meu pai me proteger :)

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  5. Já tive essa experiência também. O ano passado, com a minha prima: 9 anos, primeira vez nos carros grandes. Segurei-a como se o corpo dela fizesse parte do meu.

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