24.7.22

criptomoedas ou o “nem tudo o que reluz é ouro”

“Nem tudo o que reluz é ouro”. Este é o título de um relatório da UNCTAD, o principal órgão da ONU que lida com comércio, desenvolvimento, finanças, tecnologia, empreendedorismo e desenvolvimento sustentável, que recomenda que os países em desenvolvimento proíbam publicidades relacionadas com criptomoedas. O documento apresentado na Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento salienta que todas as corretoras associadas à bitcoin e a outras criptomoedas devem estar sujeitas a um registo obrigatório. A ONU assume que as criptomoedas têm várias vantagens, sendo as desvantagens muito superiores.

É por isto que a UNCTAD sugere que os países em desenvolvimento imponham um imposto sobre transações com criptomoedas. Bem como a proibição das instituições financeiras em manter ativos digitais e oferecer serviços relacionados aos clientes. “Não se trata de aprovação ou reprovação das criptomoedas, mas sim de riscos sociais e a possibilidade de incorrer em perdas financeiras. Estas recomendações aplicam-se a qualquer activo especulativo ou de alto risco cujos retornos sejam incertos”, explica Penelope Hawkins, representante da ONU.

Segundo a UNCTAD, as criptomoedas são uma ameaça à estabilidade financeira

A finalidade do relatório é o de oferecer “recomendações de políticas que os países em desenvolvimento podem considerar a esse respeito”. Como é o caso de limitar ou proibir a publicidade relacionada a criptomoedas. Segundo a UNCTAD, as criptomoedas são uma ameaça à estabilidade financeira, impedindo que as autoridades restrinjam o movimento de capital e substituam as moedas nacionais. O que facilita o aparecimento de actividades ilegais, sendo uma ameaça para a soberania financeira. É ainda recomendado que os países explorem a possibilidade de criar a própria moeda digital nacional.

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