Quem diria que escolher o marido pode ter um relevo maior do que a média final de um curso superior ou mesmo do que a fama, que às vezes abre portas profissionais, da instituição onde se estudou. Quem o diz, em jeito de alerta para as mulheres, é a prestigiada Universidade de Harvard que realizou um estudo junto de 25 mil ex-alunos da Faculdade de Gestão, com idades entre os 26 e os 47 anos.
Indo directo ao assunto, a conclusão é a de que, caso o homem não esteja interessado na repartição das mais diversas tarefas e caso não olhe para a ambição da mulher como olha para a sua são elas que acabam por perder a corrida no que à profissão diz respeito. Ou seja, ele em destaque, ela para trás. Por exemplo, 60% dos homens inquiridos mostraram-se extremamente satisfeitos com a carreira e respectivas oportunidades. Elas ficam-se pelos 40%.
Outros dados. 75% dos homens defendem que futuramente devem ser as suas mulheres a controlar os cuidados com os filhos. 50% das mulheres entendem que esta é uma tarefa da responsabilidade delas. 70% dos homens não têm problema em assumir que as suas carreiras são prioritárias em relação às delas. Por outro lado, 28% das mulheres revelam já ter ficado em casa seis meses para tomar conta dos filhos. Apenas 2% dos homens fizeram o mesmo.
Por fim, a maior parte das mulheres que não esconderam não estar satisfeitas com a carreira confessaram que o problema não é a dedicação à família mas o facto de a carreira do marido ser colocada em primeiro lugar. Existem aqui diversas leituras. Os números mostram que tanto eles (num número maior) como elas ainda olham para o cuidar de um filho como uma tarefa feminina. Isto acho que é praticamente um problema cultural mundial. O mais chocante é a alta percentagem de homens que se colocam num patamar superior ao delas. E ainda o número de pessoas que não esconde que se anula, porque é isso que acontece, por causa do marido.
"75% dos homens defendem que futuramente devem ser as suas mulheres a controlar os cuidados com os filhos." ME-DO!! Não tanto medo de casar com um homem assim, porque nunca decidiria, conscientemente, partilhar a vida com alguém que achasse que deveria ser eu a cuidar dos filhos de ambos. O problema é que nem sempre conhecemos bem as pessoas, e é possível um homem revelar ser assim só depois de já termos filhos. O que é que se faz numa altura dessas?
ResponderEliminarPerdida em Combate
Quero acreditar que esta mentalidade já não está tão forte em determinados países.
EliminarNunca ninguém está contente
ResponderEliminarObrigado pela gargalhada.
Eliminartenho uma professora na universidade que diz que quando casamos devemos ver se eles/elas são bons/boas para o divórcio :)
ResponderEliminarBelo sentido de humor :)
EliminarFelizmente nem todos são assim. Felizmente o meu faz parte da outra estatística. Infelizmente a sociedade/algumas entidades patronais ainda aceitam mal que o homem tire dias para cuidar do filho doente, para ir a uma consulta médica ou tire a licença de maternidade/paternidade partilhada. Somos sempre criticados e olhados de lado como se tivessemos a contrariar a natural ordem das coisas. (não faz mal porque nós sobrevivemos :))
ResponderEliminarNa prática, mesmo com muito boa vontade do marido/companheiro/pai, pelo menos os cuidados com as crianças ainda recai sobretudo sobre as mães.
Quero acreditar que este pensamento está cada vez menos vincado em diversos países. Mas também tenho amigos que falam de certas coisas em que as mulheres querem ser elas a fazer determinadas coisas como ir buscar o filho ao colégio. É que não são apenas os homens que pensam assim. Determinadas mulheres também acham que têm de ser elas a fazer determinadas coisas.
EliminarVerdade. Eu como mãe galinha prefiro ser eu a levar os miúdos ao médico quando necessário, mas unicamente porque estou mais habituada e passo mais tempo com eles e por isso faço todas as perguntas necessárias. O papá tem boa vontade e leva se fôr necessário (aliás costuma acompanhar sempre que possível) mas em geral não pergunta nada dos extras que os médicos (infelizmente) não dizem e depois quando lhe pergunto ele também não sabe.:)
ResponderEliminarO mesmo em relação a idas à escola- prefiro ir eu. Mas gosto que ele partilhe actividades como ir ao parque, levar a cortar o cabelo, acompanhar trabalhos da escola, contar história antes de dormir, brincar com eles...
Em casa, eu prefiro estender a roupa pois sou "comichosa" com a maneira de estender mas agradeço que cozinhe por mim pois não gosto de cozinhar. Eu não me importo de lavar louça, limpar balcões, mas ele aspira a casa e lava o chão. E assim vamos levando, sempre que possível e quando necessário deitamos mão ao que há para fazer independentemente do que agrada ou não. Ambos fazemos o que tem de ser feito na altura e pronto.
Na Alemanha esta mentalidade é um bocado diferente da de Portugal e os pais já acompanham mais os filhos bem como há mais pais que ficam em casa para tomar conta dos filhos (caso raro em Portugal). Penso que com o tempo a mentalidade irá mudar e ao acompanharem mais os filhos também estarão mais "equiparados" em experiência com as mães.
Nada do que dizes é errado. Mas é um excelente exemplo de que em alguns casos as mulheres acabam por ser mães galinhas e isso faz com que muitas coisas sejam vistas como tarefas apenas delas.
EliminarObrigado pelo excelente testemunho :)
Tão verdade, eu não me vejo nesses perfis e ainda bem, para mim a vida de casal deve ser partilhada, em todos os sentidos, e ter o mesmo valor.
ResponderEliminarAcho que em determinados países estas ideias já não estão muito vincadas.
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