28.6.13

quando o telefone toca

Quando o telefone toca, somos consumidos por um infindável misto de sentimentos. Será a pessoa que amamos que nos estará a ligar? Será aquele vendedor chato que já nos ligou vinte vezes e que continua a insistir apesar da nossa ausência de interesse? Será um amigo de longa data? Será aquela chamada que tanto queremos receber? Ou será aquele telefonema que não desejamos? Ou será ainda uma chamada profissional? Estas sensações arrastam-se até ao momento em que olhamos para o visor do telemóvel ou quando atendemos a chamada caso seja um número desconhecido para nós.

Ontem, vivi um destes momentos. O telefone tocou a uma hora que não costuma tocar. No visor aparecia o nome de um velho amigo com quem não falava há largos meses. Conhecendo a pessoa em questão, calculei que precisasse de alguém para um jogo de futebol num destes dias. Porém, estava enganado.

“Estás bem? Que tens feito”, foi o começo.
“Voltaste a jogar futebol onze desde que deixaste o clube x?”, perguntou-me após a conversa inicial.
“Não. Nunca mais joguei”, respondi.
“Vou ser treinador do clube y e queria ter-te no plantel”, acrescentou.
“Deixa-me pensar e respondo-te em breve”, disse-lhe.

Fiquei com um sorriso nos lábios. E a ponderar na hipótese de regressar ao futebol. Agora, é altura de analisar os prós e contras de forma diferente da altura em que tinha 20 anos. Nesta fase da vida há mais coisas a ter em conta do que o simples desejo de voltar a jogar futebol. Quis dizer logo que sim. Se fosse há alguns anos já estava a comprar as chuteiras para o início dos treinos.


Mas tenho de ser realista. Hoje a minha vida é diferente. Tenho que pensar no que significa dedicar duas noites por semana ao futebol. E, mais importante do que isso, abdicar dos fins-de-semana em prol de jogos de futebol. Em tempos era apenas a minha vida e o meu tempo. Hoje, há muito mais em jogo. Vamos ver… 

27.6.13

do mais viciante que existe

Ocasionalmente escrevo sobre o meu gosto pelo desporto. Sobre o futebol e sobre as corridas que gosto de dar. Com o instagram passei também a colocar algumas fotografias dos momentos que dedico ao desporto. Nessas alturas, costumo receber alguns comentários sobre aquilo que faço, tal como aconteceu ontem, quando decidi correr sete quilómetros debaixo de um calor abrasador.

Algumas pessoas enaltecem o meu esforço. Outras questionam como sou capaz de o fazer. Podia falar de motivação pessoal. Podia também versar sobre a intensa paixão que me liga ao desporto. Porém, a verdade é que correr é um dos desportos mais viciantes que conheço. E posso acrescentar que não é preciso recuar muito no tempo para recordar uma altura em que detestava correr.

Sempre fiz desporto. Mas a maior parte da minha vida foi dedicada ao futebol. Contudo, detestava correr. Se fosse atrás da bola, perfeito. Agora, correr à volta do campo e na pré-época não era para mim. Detestava aquilo. Até ao momento em que comecei a correr perto de casa. Uma vez. Outra. Mais uma. Até que se tornou num vício.

A corrida passa a ser cronometrada. Existe o desejo de ser melhor do que no dia anterior. Mais rápido. De correr o dobro da distância. De chegar onde nunca pensámos ser possível chegar. E por aí fora num mar infinito de barreiras que acabamos por ultrapassar. E é tudo isto que torna a corrida um desporto completamente viciante.

Quem nunca correu pode achar isto absurdo. Eu também achava. Até que comecei a correr. Agora, se fico três ou quatro dias sem o fazer sinto que me falta algo. Quem não acredita em mim, experimente correr algumas vezes e verá que abre uma porta que nunca mais irá fechar. 

26.6.13

palavras de ocasião

Conselhos não são nada mais do que palavras. Pontos de vista de alguém em relação a algo. Aliás, costuma dizer-se que se os conselhos fossem realmente bons não eram dados mas vendidos. Criava-se um negócio em torno de palavras amigas e quiçá palmadinhas nas costas em momentos chaves da vida de alguém. Todavia, analisando os prós e contras dos conselhos, assumo-me como uma pessoa a favor dos mesmos. Gosto de receber conselhos, tal como gosto de dar quando entendo ser o momento certo.

Agora, aquilo que não faço é aconselhar coisas que não sou capaz de colocar em prática. Não dou conselhos apenas para ficar bem na fotografia. É certo que não ignoro a máxima “faz o que te digo e não o que faço” mas não faz parte do meu feitio dizer a alguém coisas nas quais não acredito. Nessas alturas prefiro ficar calado. Nem que tenha de mencionar que não tenho um conselho adequado para aquele momento ou situação.

Pensar antes de falar é uma das melhores qualidades com que os humanos foram agraciados. Era bom que toda a gente conseguisse colocar isto em prática em determinados momentos das suas vidas. Porque ninguém é obrigado a saber tudo de tudo. Porque ninguém tem o dever de ter as palavras certas no momento em que alguém está aborrecido ou deprimido com algo.


Mais vale ser sincero. Ou ficar calado. Do que recorrer à página x do manual y onde está escrito que no momento xpto devem ser proferidas as palavras mágicas que vão colocar um sorriso no rosto de alguém que paga para sorrir num determinado momento. A pessoa irá acreditar nessas palavras. Vai pensar que não passam de uma frase feita. Até que descobrem que foram ditas em vão. E em segundos está destruída uma amizade ou outra relação qualquer.

25.6.13

só lá vai com música

37 graus são mais do que suficientes para afastarem qualquer ideia para um texto. Só consigo pensar em praia, água e mergulhos. Como estou com jet lag algarvio, pior ainda. Por isso, troco as palavras por músicas, dedicando algumas palavras a cada um dos temas.


A música do Verão. O refrão diz tudo sobre a vida.


A segunda música do Verão. Devia fazer parte da playlist das pessoas que vivem numa trela que é passeada por um suposto dono

Porque há alturas em que apetece gritar: I love it e I don´t care.


Do melhor que ouvi nos últimos tempos


A eterna pergunta dos apaixonados

Tão boa. Tão certa. Tão verdadeira.

Agora vou continuar a lagartar que com este Sol torna-se insuportável tentar fazer alguma coisa que implique movimento físico. Só se está bem parado ao Sol ou debaixo de água. Que continues assim Verão. Agradecido.

24.6.13

pessoas. desilusões. (des)ilusões. pessoas

Duvido que exista alguém que possa afirmar que nunca se sentiu desiludido em relação a outra pessoa. E estou a referir-me a um namorado. Ou uma namorada. A um amigo. Ou uma amiga. A um marido. Ou mulher. A um colega de trabalho. Ou uma colega. E por aí fora num mar de papéis sem fim. Acredito que todos provámos o sabor da desilusão. E que, se calhar, já deixámos esse mesmo sabor amargo na boca de alguém num determinado momento da nossa existência.

E estas constantes desilusões têm efeitos diferentes em cada pessoa. Há quem precise apenas de uma desilusão para nunca mais acreditar em ninguém, passando a colocar as pessoas todas no mesmo saco. Existem aqueles que continuam a acreditar nas pessoas, na esperança de encontrar uma que seja diferente. E existem aqueles para quem uma desilusão é completamente indiferente. Passam ao lado do ocorrido como se nada fosse.

Pessoalmente, sou um desconfiado. Quero acreditar em toda a gente. Acredito naquilo que podem ser. Naquilo que desejo que sejam. Mas fico sempre à espera do momento em que acabam por se revelar iguais a tantas outras pessoas. Dito por outras palavras, aguardo pelo momento que me dá razão e que confirma que me iludi em relação ao alguém. E digo isto porque chego a achar que ninguém desilude ninguém. As pessoas é que se iludem na esperança de que essa pessoa seja diferente das demais.

E penso desta forma porque já conheci muitas pessoas que julguei diferentes. Pessoas que pareciam diferentes. Até que chegou o momento (seja ele qual for) em que foram postas à prova. Nessa altura, existe o desejo de que sejam diferentes. Mas, em 95% dos casos, revelam-se iguais a todas as outras que já nos (des)iludiram. E acabo por perceber que esta é a lei da vida. Será sempre assim. Pessoas que levam a (des)ilusões e desilusões que nos levam a outras pessoas. É um ciclo vicioso sem fim.

23.6.13

já tinha saudades disto

Mais de duas semanas longe de casa fazem com que ainda me apaixone mais por esta vista. Vamos namorar e matar saudades.

22.6.13

tic tac tic tac

Aproxima-se o regresso a casa. O reencontro com tudo o que é meu. Com tudo aquilo que me preenche e realiza. Já lá vão mais de duas semanas afastado de tudo. Conto os segundos para regressar. E o curioso é que me custa muito mais agora, que faltam poucas horas, do que durante o restante tempo que estive longe de casa.

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20.6.13

striptease para a holandesa

Aquele momento em que três homens competem entre si para ver quem apanhou o maior escaldão durante um dia de trabalho. Levantam-se as tshirts. E ouve-se uma holandesa. "Striptease. Dispam-se rapazes." True story! Acabou de acontecer.

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quando o melhor do dia é a noite

Gosto de acordar cedo. De aproveitar o dia ao máximo. E de ser iluminado pelos raios de sol. Porém, há alturas da minha vida em que o momento que mais gosto do dia é quando chega a noite. Quando fecho os olhos para dormir.

Nessa altura posso ser quem eu quiser. Em minutos dou a volta ao mundo. Visito as cidades que mais aprecio. Mergulho nas praias da minha preferência e privo com pessoas de outras culturas.

Em segundos estou junto de quem mais quero estar. Sinto o cheiro de quem importa. Toco o corpo que mais mexe comigo. Junto os meus lábios aos de quem mais desejo. E faço isto tudo sem regras, barreiras ou outros impedimentos.

O dia é bom. Mas há momentos em que a noite é ainda melhor. Há alturas até em que não queremos acordar de um sonho perfeito que sentimos como real. Por isto é que adoro as noites.

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19.6.13

dicas a sul

Tal como os meus amigos, quem tem lido o blogue ao longo dos últimos dias ou quem tem passado os olhos pelo meu instagram (@homemsemblogue) fica com a ideia de que o meu trabalho é uma espécie de período de férias pago. Mas isto não passa de uma ilusão. Mentia se dissesse que nunca me divirto. Estaria a ser falso. Até porque o truque em aguentar isto durante tanto tempo passa mesmo pela diversão. Mas, a verdade é que em boa parte dos casos não me estou a divertir. Tenho que me preocupar com tantas coisas que acabo por não me divertir como faria se realmente estivesse de férias.

Contudo, graças ao meu trabalho tenho conhecido muitos locais que acabo por visitar a título pessoal sem ter que estar preocupado com isto e com aquilo. E, o meu trabalho faz com que conheça o Algarve quase como as palmas das minhas mãos. Como tal, decidi elaborar um pequeno roteiro que pode ser feito num único dia. Nele, incluí locais que aprecio bastante, acabando por deixar de fora outros que também são especiais. Acrescento que a minha escolha foi feita com base numa lógica de espaço e tempo.

A minha primeira sugestão passa pela praia dos Tomates. Apesar de ser bastante afamada, consegue estar-se descontraído no areal, sem grandes confusões. Quem quiser visitar esta praia (Albufeira) deve preparar-se para ficar com o carro num estado semelhante aqueles que frequentam festivais de Verão. A dica é acordar cedo, relaxar nesta praia até perto da hora do almoço e seguir caminho.


Segue-se outra praia. Vale de Lobo. Um pequeno paraíso que o Algarve alberga. Nesta praia é possível tirar fotografias e dizer aos amigos que foram captadas num qualquer paraíso onde se pagam milhares de euros para lá chegar. Ninguém irá duvidar. Aqui, existem alguns locais para petiscar antes de seguir caminho.


A poucos quilómetros de distância está a praia do Gigi, na Quinta do Lago. A bela e longa ponte de acesso à praia obriga a que se faça algum exercício físico. Assim que se colocam os pés na praia, esquece-se a caminhada que se fez e aquela que ainda terá de ser feita para regressar ao carro. Quem gosta de bom peixe, pode almoçar por aqui.


Não se encontram muitas publicidades mas, estando nesta zona, basta perguntar a um inglês onde é o melhor sunset e rapidamente ficam a saber onde devem passar o final de tarde. Digo inglês porque são os principais frequentadores das festas nesta zona.


Ainda nesta zona, para jantar aconselho o restaurante y.not em Almancil. Foi aqui que comi o melhor sushi de sempre. Ambiente acolhedor e moderno. Algo que nos obriga a entrar. O atendimento é excelente, tal como a qualidade da comida. O preço é um pouco elevado mas tendo em conta a qualidade, julgo que ninguém sai do restaurante com a sensação de que pagou muito pelo que comeu.



Para acabar a noite, aconselho o Cubo, um bar no Quinta Shopping, o espaço comercial da Quinta do Lago. É, sem dúvida, o melhor da zona. É o local ideal para beber um copo, conversar e até dar um pezinho de dança. Este ano, o Cubo inaugurou um espaço dedicado ao gin e a cocktails. Como tal, aconselho vivamente que provem um G´Vine Floraison. Quem é que resiste a este elixir que é servido com pétalas de rosa e frutas como amoras? Hendricks é igualmente uma excelente opção.



Por fim, uma notícia triste. Parece que este ano não haverá Xiringuito nem as tais festas de Lua Cheia de que tinha falado. Espero que voltem em breve porque é algo que todas as pessoas deveriam visitar.

18.6.13

podia ser perfeito

Esplanada. Mar a poucos metros. Calções de banho vestidos. Havaianas nos pés. Crepe de nutella na mesa. Não fosse a chuva, o frio e o vento e o cenário era perfeito. Do mal o menos, daqui a algumas horas sacio o meu desejo de sushi. E promete ser dos melhores que já comi.

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17.6.13

a magia dos pequenos

Estava descansado numa esplanada numa marina quando o vento começa a soprar de forma repentina e bastante forte. Nesse instante preocupo-me em agarrar o que é meu, de modo a evitar que vá tudo para a água.

A missão é bem sucedida. Até que sou atingido com um objecto na cara. Que prontamente agarrei para não voar. Era um chapéu de uma menina. Entreguei ao pai, que agradeceu o gesto, que impediu que o objecto fosse para a água.

Passados alguns minutos, reparo que está uma menina a meu lado. Noto que espera que os nossos olhos se cruzem. Sinto-me observado e olho para ela. Sorri para mim. Um sorriso mágico, típico da tenra idade. E diz-me obrigado. Duas vezes. Era a dona do chapéu voador.

Porque será que boa parte dos adultos não conserva esta magia e educação, acabando por se transformar em algo medonho? Era tão bom que não mudassem.

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16.6.13

porque eu mereço

- sol
- calor
- água quente
- sangria fresca
- música ao vivo

É trabalho. Mas assim torna-se mais fácil. E como diria o Hannibal Smith: "adoro quando um plano dá certo."

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15.6.13

14.6.13

o lamechas que há em mim e a lua

Acredito que todas as pessoas têm um lado lunar. Tal como acredito que todos nós temos um lado secreto que praticamente ninguém conhece. E ainda acredito que todas as pessoas têm um lado lamechas. Que se torna visível nas mais variadas situações. No meu caso, esta vertente piegas e sensível fica evidente na música.

Por isso, esta noite vou olhar para a lua. Enquanto canto esta música, cuja letra parece estar tatuada na minha pele. Provavelmente irei dançar e abanar o corpo ao som deste ritmo tão quente como o calor que sinto neste momento.

Mas, nada disto interessa. Porque, irei fazer tudo isto na esperança de que tu também estejas a olhar para a lua. À mesma hora do que eu. E quem sabe a cantar e a dançar ao som da mesma música. 

tem sido assim

Uma semana a trabalhar longe de casa. Afastado de tudo aquilo que é meu e que me preenche. As saudades intensas e dolorosas têm sido intervaladas com coisas como estas que aqui partilho e que assinalam estes dias longe de casa. Podem acompanhar-me em @homemsemblogue no instagram.

sempre na companhia do b.

com muito café

com algumas caminhadas

corridas quase diárias

leitura

alguns mergulhos

momentos caricatos e divertidos

muita música

paisagens

peixe (que se alterna com carne)

muitas praias

quilómetros sem fim

a companhia da e na roupa

e sorrisos

podia ser diferente

Hoje acordei a pensar que o Sol podia estar diferente. Acordei a pensar que o calor seria diferente. Abri os olhos a pensar que a paisagem seria outra. Acreditei que até as pedras da calçada estariam noutra disposição tal como pensei circular por cima de um alcatrão completamente diferente.

Como acordei com esta sensação, fui rapidamente certificar-me daquilo que sentia. E constatei que o Sol estava igual. Tal como o calor, que mantinha a mesma intensidade. Esfreguei os olhos e a paisagem estava igual ao que era ontem. Notei ainda que as pedras da calçada se mantinham exactamente iguais. Tal como o alcatrão onde circulo diversas vezes ao dia.

A verdade é que está tudo igual. De ontem para hoje, nada mudou. Mas vou continuar a acreditar que haverá um dia em que irei acordar e constatar que está tudo diferente. Que não será uma ilusão criada por mim. Até lá, deixo-me dormir a pensar nessa diferença.

correr para acreditar

É já amanhã, no Parque das Nações, em Lisboa, pelas nove horas da manhã que se irá realizar a segunda corrida solidária da CorrerLisboa, que desta vez tem O Arrumadinho como padrinho. O objectivo deste evento desportivo passa por ajudar a Acreditar, Associação de Pais e Amigos de Crianças com Cancro.

Os interessados em participar não necessitam de pagar uma inscrição. Em vem disso, a ideia é que cada pessoa leve material escolar, algo que faz imensa falta à instituição. Os participantes ficam ainda habilitados a ganhar um dos três pares de ténis de corrida Adidas, três palmilhas de corrida Ironman, da Spenco e três exemplares do livro "Desamor", da autoria do Ricardo. No final, todos terão direito a fruta fresca oferecida pelos supermercados biológicos Brio.

O treino terá três distâncias diferentes, todas acompanhadas por profissionais: uma caminhada de três quilómetros, uma corrida de cinco e outra de dez. Para se inscreverem basta que enviem um email, com nome e a distância que pretendem percorrer para treinosolidario@correrlisboa.com. O ponto de encontro é às nove horas, em frente à ProRunner, no Parque das Nações.


Quanto a mim, não poderei estar presente porque estarei a mais de 300 quilómetros de distância do local da corrida, dando continuidade à minha "corrida" profissional. Mas conto marcar presença numa próxima corrida. Apareçam. Façam desporto e sejam solidários.


13.6.13

700.000

Chegámos às 700 mil visualizações! Recebo esta notícia na praia. Com mais de 30 graus. Sem vento. E com água bastante apetecível. O dia parecia bom mas acabou de ficar muito melhor. Obrigado a cada um de vocês, que estão aí desse lado.

12.6.13

simplesmente brilhante

Não conheço. Nunca lá fui. Não conheço ninguém que lá tenha ido. Não sei a localização exacta do espaço. Nem sequer sei se a comida é de qualidade. Mas, não é por isso que escrevo.

Acho simplesmente brilhante que alguém se tenha lembrado de chamar Frango Sinatra a uma churrasqueira. É daqueles nomes que eventualmente podem ter surgido numa animada noite de amigos. Algo que deve acontecer em quase todos os grupos de amigos.

Divertido. Certeiro. Fora da caixa. E longe dos clichés que marcam o negócio do frango assado. Os meus parabéns aos mentores desta ideia. Pode parecer um mero nome mas é algo que pode fazer toda a diferença em qualquer área de negócio.

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11.6.13

verdade ou mito #20

Boa parte das pessoas, homens e mulheres, gostam de arranjar nomes para os seus órgãos sexuais. Para isso usam diminutivos do nome próprio, arranjam alcunhas ou escolhem nomes que nada têm a ver consigo. No caso delas, algumas também gostam de escolher nomes para o peito. Isto será verdade? Será que todas as pessoas tratam ou já trataram os órgãos sexuais por nomes que não sejam os de origem? Ou será mito? Será que quem faz isto é somente uma minoria?

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coisas que não percebo (ambiente de praia)

Há certas coisas que me custam a compreender em ambientes de praia. Uma delas é a necessidade que certos emigrantes têm de mostrar aquilo que não são. Dão destaque à aparência. Falam alto. Querem ser o centro das atenções. Mas, no final acabam sempre por ser notados pelos piores motivos.

As pessoas são o que são. Como tal, custa-me compreender a necessidade de conquistar uma plateia que goza o sol numa qualquer praia. Sobretudo quando a conquista é efectuada com ilusões que só eles estão a comprar.

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acordei estranho

Acordei com uma sensação estranha. Que me está a consumir. Dominar. Não é uma dor física. Não é um mal-estar facilmente identificável. É algo que me deixa imóvel, por mais espaço que tenha para me mexer. É algo que me rouba o ar, apesar dele não me faltar. É algo que me algema apesar de ter as mãos soltas.

Não sei bem o que sinto. E decidi fazer uma pesquisa. Decidir colocar estes sintomas esquisitos na internet na esperança de obter uma resposta que me acalme. Que me sossegue. Que me deixe até um pouco sorridente. E deparo-me com isto.

saudade |au ou a-u|
(latim solitas, -atis, solidão)
s. f.
1. Lembrança grata de pessoa ausente ou de alguma coisa de que alguém se vê privado.
2. Pesar, mágoa que essa privação causa.


Afinal já sei o que se passa comigo. Chama-se saudade. Li. Voltei a ler a definição. Li ainda mais algumas vezes. E outras mais. E bate certo. Os sintomas que tenho são mesmo de saudades.

10.6.13

o portugal que temos

Dia de Portugal. Feriado. E eu a trabalhar. Algo que vem sendo frequente ao longo dos anos. Longe de casa. Da família. E a perder acontecimentos e datas que me deixam cheio de saudades.

Mas não lamento nada disto. Sou um privilegiado. Não só por ter emprego. Mas porque trabalho na área em que me formei. E na qual me sinto preenchido e realizado.

No dia de Portugal estou no Algarve. Numa zona que me diz muito. Por raízes familiares e por largos anos de férias aqui gozadas. O movimento não é o mesmo. Ainda me falam em inglês. Ainda me dão ementas em inglês. Mas alegra-me o facto dos portugueses já não serem vistos como estrangeiros.

Espero ver muitos mais turistas por aqui. Muitos mais portugueses. E muito mais movimento. Mas sei que não será fácil. Pois o "portugal" que temos e que nos obrigam a ter impede que boa parte das famílias continue a gozar a tradicional semana ou quinzena de férias.

9.6.13

primeiras impressões

Algarve. Frio. Nuvens. Alguma chuva. Raros momentos de calor. Água gelada. Estrangeiros completamente bêbados as oito da noite. Muitas pessoas a passear pelas ruas vestidas como se estivéssemos no meio do Outono. Comida boa. Gente simpática. Vamos ver como correm os próximos dias.

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8.6.13

não se esqueçam. até porque é à borla

Até ao dia 11 de Junho decorre o passatempo da Lego. Para ganharem um kit com onze saquetas de minifiguras da colecção nove só têm de dar vida ao b. Basta que criem uma pequena história em que o meu fiel companheiro seja o protagonista. Não importa o tema. Só interessa que o b. seja a estrela maior do vosso texto. Enviem as vossas histórias para homemsemblogue@gmail.com com “dá vida ao b.” no título. Tenho três kits para oferecer. Aproveito para deixar algumas dicas como o facto do b. precisar de uma namorada, de gostar de ir à praia e de ser louco por cinema, música e desporto. Boa sorte!

7.6.13

portugal precisa de ti

Hoje li na capa de um jornal desportivo "Portugal precisa de ti." Esta parangona é acompanhada de uma fotografia de Cristiano Ronaldo. Pensei que estava a ver mal. Esfreguei os olhos. Voltei a ler. E nada mudou. O mesmo título. A mesma imagem.

E acho isto vergonhoso. Gosto de Cristiano Ronaldo. É um dos melhores jogadores do mundo. Mas não joga sozinho. Acho uma falta de respeito para os restantes jogadores. Cria-se a ideia de que Portugal é Cristiano Ronaldo. Que não existe mais ninguém.

Portugal não precisa de Cristiano Ronaldo. Portugal precisa de uma equipa. Portugal precisa de um grupo de jogadores que não veja na selecção uma fonte de rendimentos extra mas o orgulho de representar uma nação.

E é isto que exijo hoje. E sempre. Depois, se Cristiano Ronaldo for a estrela do jogo podem fazer-lhe os merecidos elogios. Porque, a realidade é que precisamos de todos. Pelo menos, eu preciso. E o todo será sempre superior a qualquer individualidade. Por mais brilhante que possa ser.

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let's go!

Material de trabalho. Check!
Portátil. Check!
Roupa. Check!
Calções de banho. Check!
Óculos de Sol. Check!
Chapéu. Check!
Livro para entreter. Check!
Música. Check!
Roupa para correr. Check!
b. Check!

Gentlemen start your engines. Let's go!

@homemsemblogue (instagram)

6.6.13

quando eles passam a ferro

Conversa à hora de almoço.

Eu: "Tenho muita roupa para passar a ferro à tarde, para levar para o Algarve"

Mãe: "hahahahahahahahahaha"

Eu: "Que foi?"

Mãe: "Tu a passares a ferro. Hahahahahahahahahaha"

Eu: "Sei passar a ferro"

Mãe: "Aprendeste agora? Hahahahahahahahahaha"

Eu: "Sempre soube. Fica sabendo que até sou mais rápido do que as mulheres a passar"

Mãe: "Mais rápido?"

Eu: "Sim. Por exemplo, só passo as tshirts de frente"

Mãe: "Só de frente?!?"

Eu: "Sim. Assim que chego ao carro as costas ficam amarrotadas"

Mãe: "hahahahahahahahahaha"

Porque será que as mulheres ainda ficam surpreendidas e boquiabertas quando um homem diz que passa a ferro?

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eu vou. mas não saio daqui

No texto anterior terei deixado a ideia de que ia fazer uma pausa no blogue durante a minha viagem profissional. Mas não vou. Até porque uma viagem significa sempre um novo leque de histórias e vivências que vão acabar por ser transformadas em textos que aqui irei colocar.

Escrever, nestes moldes, tornou-se um vício bom para mim. Algo que me sabe bem. Que me alimenta. E que me mata a sede. Ou seja, algo importante para o meu dia.

Não sei a periodicidade com que irei escrever. Mas é certo que irei escrever. Todos os dias. E que isso vai ser muito importante para mim ao longo dos próximos tempos.

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o ir que mais custa

Anualmente afasto-me de tudo o que é meu durante vários dias. Semanas. A viagem é profissional. Frequente. Dura. E obriga-me forçosamente a sair da minha zona de conforto.

Este ano a partida é amanhã. Pela manhã. Mas parece que já parti. Ainda aqui estou e já tenho saudades de tudo e de todos. E aproveito cada segundo para dizer até já a quem me rodeia.

A esta hora é a vez dos pais. Trocam-se palavras e sorrisos entre umas garfadas num belo bacalhau assado que é empurrado para baixo com vinho tinto da casa. Não é mau para vinho da casa. Aliás, é bom.

Ainda aqui estou. Mas parece que já fui. E que conto as horas para voltar. Este é, sem qualquer dúvida, o ir que mais custa na minha carreira.

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procura-se (com recompensa)

Foi visto ontem pela última vez. Partiu sem deixar rasto. Sem qualquer sinal ou pista do seu destino. A sua numerosa família ficou preocupada. Sem saber o que fazer. E disposta a recompensar quem o encontrar.

Mas não partiu sozinho. Com ele desapareceu uma grande amiga. Com quem costuma passear de mãos dadas. São sempre notados por onde passam. São amados por quase todas as pessoas. Sendo odiados por uma minoria.

Porém, a tese de rapto ainda não foi equacionada pelas autoridades. Trata-se somente de um misterioso desaparecimento. Como tal, toda a ajuda é pouca para os encontrar. Qualquer pista acertada será recompensada. Por isso, se sabes onde anda o Sol e a amiga, de nome altas temperaturas, deixa aqui a tua indicação. Obrigado!

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5.6.13

o suor que limpa o corpo e revigora

Quando os dias são complicados, existem simples prazeres que se transformam em actividades de luxo que nos limpam a alma. Que acabam por ser uma espécie de reset. Que nos revigoram. Por isso, mais do que nunca, hoje vai saber-me bem passar quase uma hora na aula de Fight Do. Murros, pontapés, cotoveladas, joelhadas e muitos gritos em coreografias que exigem o máximo de nós.

Sem tempo a perder, depois da luta subo para a bicicleta. São outros tantos minutos com a música em altos berros. Com cargas. Com muitas pedaladas em pé. Outras sentado. Sempre na tentativa de levar o corpo ao limite. Tudo isto é acompanhado de muito suor. Que à medida que me escorre do corpo limpa tudo aquilo que é nefasto e que se acumula diariamente.


Se ainda existem pessoas que duvidam do poder do desporto... experimentem fazer aquilo que acabo de descrever depois de um dia mau. Depois contem coisas! Mas aposto que ficam viciados no mesmo. Seja ele qual for.

desisto

Há alturas na vida em que se deve lutar com todas as forças. Contra tudo. Contra todos. Remando contra as mais fortes correntes da vida. Escalando o mais alto do montes. Rastejando nos terrenos com mais lama do mundo. Dando o peito às potentes balas que furam qualquer colete de protecção. Dando a face para receber a chapada que nos atinge o rosto a uma velocidade alucinante. Há alturas em que não nos falta força para tudo isto. Por mais fracos que estejamos.

Depois, existem alturas em que não lutamos contra nada. Deixamos o barco ir ao fundo. Se for preciso ainda fazemos mais uns buracos na embarcação. Vamos pelas escadas abaixo. Assistimos impávidos e serenos às areias movediças que nos engolem. Vemos o telhado a arder e não damos água a ninguém. Reparamos que uma estrutura está a ceder e não avisamos ninguém que o edifício está prestes a ruir.

Neste momento estou como descrevo no segundo parágrafo. Cansei-me de tentar perceber a filha da putice alheia. Cansei-me de tentar perceber o que leva alguém a desejar o mal de terceiros. Cansei-me de tentar encontrar motivos válidos que levam pessoas básicas que nada fazem a criticar alguém, que até poderá ter limitações, que luta por algo melhor. Cansei-me de tentar descortinar o que está escondido debaixo dos panos que cobrem estes porquês que me inquietam.


Desisto! O facto é que existe gente de merda. Pessoas despidas de quaisquer valores. Pessoas que se julgam as maiores do mundo mas que na realidade só são boas a lixar a vida de terceiros. Pessoas que se riem de defeitos alheios sem a mínima noção de que são bem piores do que aquilo que é alvo do seu gozo. Não há volta a dar. Desisto desta gente. Pessoas que infelizmente há muito desistiram de si mesmas. Só que ainda ninguém lhes disse isso mesmo.

dez coisas sobre mim

O desafio partiu da Vivi. E como adoro desafios não podia passar ao lado deste que consiste em responder a algumas perguntas que acabam por revelar um pouco mais sobre mim. Vamos a isto!

Se pudesses viver noutro país, qual escolherias?
Esta é daquelas perguntas que não exigem muita ponderação. Até porque não posso escolher países e cidades que nunca visitei, o que me impede de saber se estaria bem enquadrado nesses locais. Como tal, a minha escolha seria Espanha, mais especificamente Barcelona.

O teu maior medo?
O meu maior e um dos únicos medos é a morte de quem me rodeia. Assusta-me muito mais do que problemas que se possam passar comigo. Sou uma pessoa de sentimentos e afectos. E se estas pessoas me “faltam”, falta-me tudo. Depois, assusta-me morrer cedo demais e deixar muito por fazer. Apesar de achar que mesmo quem morre depois dos cem anos deixa sempre muito por fazer.

Qual o teu prato favorito?
Esta é muito pessoal e só as pessoas lá de casa é que conseguem perceber. Arroz à Valenciana feito pela minha mãe. É diferente do habitual e delicioso. Nunca comia menos do que dois pratos. Recordar isto faz com que me babe compulsivamente.

Consideras-te uma pessoa feliz?
Sim. Muito. Não me imagino a viver de outra forma. Luto pela minha felicidade e pela felicidade dos meus. Quando me sinto infeliz, mudo. Viver num estado que não passe pela felicidade (mesmo que mínima) é meio caminho andado para que qualquer problema ligeiro ganhe proporções gigantescas.

Mudavas alguma coisa em ti?
Fisicamente não mudava nada. Sou aquilo que sou e tento melhorar aquilo que pode ser melhorado. Na maneira de ser, confesso que amadureci muito ao longo dos anos. Deixei de ser o miúdo que dizia a primeira coisa em que pensava. Sou mais ponderado. Posto isto, talvez fosse um pouco menos teimoso. Se bem que a teimosia pode ser vista como uma qualidade.

O teu maior sonho?
Simples. Ser pai. E conseguir ser, pelo menos metade, do que os meus pais são para mim. Se conseguir isto dou-me por satisfeito.

O que mais detestas numa pessoa?
Falsidade e mesquinhez. Detesto pessoas que fazem disto um estilo de vida de modo a alcançarem os seus objectivos ao mesmo tempo que tratam as pessoas como fraldas descartáveis.

Qual o teu local de sonho para férias?
Até pode ser a praia da Velha ou o parque de estacionamento da estação de comboios do Fogueteiro. O importante é a companhia. É isso que torna um simples local num destino de sonho. Mas gostava de visitar a Escócia, sobretudo os locais onde foi filmado o Braveheart.

O que mais admiras no sexo oposto?
Tudo e nada. As mulheres são fantásticas por isso. Conseguem ir do 8 aos 8000000 em segundos. E isso conferes-lhe um encanto natural. Até numa birra sem razão de ser conseguem ter encanto. Algo que não está ao alcance deles.

O que mudarias se pudesses voltar atrás no tempo?
Queria uma oportunidade para dizer “Gosto de ti” a todas as pessoas que partiram cedo demais e das quais não tive oportunidade de me despedir.

O que pensas de mim?
Em relação à Vivi só me ocorrem dizer coisas boas. Não a conheço pessoalmente mas parece ser uma pessoa boa onda. Daquelas com quem é possível conversar largos períodos de tempo sem ficar aborrecido ou sem assunto. Dá também para ver que é uma pessoa de sentimentos e muito ligada aos seus. E isso é muito bom.

alpercatas. aquilo que uns amam e outros odeiam

Há quem adore. Há quem odeie. Mas o que é certo é que ao longo dos últimos anos as alpercatas voltaram a ter uma presença forte nas colecções das diversas marcas. Com cores e padrões para todos os gostos, dos mais simples aos mais exigentes ou requintados. Pessoalmente, tenho umas que raramente uso. Até me chego a esquecer que as tenho apesar de me sentir bastante confortável quando as calço.


No texto anterior coloquei duas imagens de alpercatas para que tentassem adivinhar o preço. E acertaram. Custam 4,99 euros e vão estar à venda nos hipermercados Jumbo, a partir de sexta-feira (7). O preço é igual para os modelos femininos (35 ao 40) e masculinos (40 ao 45). Aconselho os interessados a deslocarem-se a uma das lojas com alguma rapidez pois com este preço acredito que alguns números e padrões desapareçam num instante. Fica a dica low cost.



adivinha low cost

Nada melhor para começar o dia do que um desafio. Quem adivinha o preço destas alpercatas? Dou uma ajuda. O preço é low cost e é igual para a versão masculina e feminina. Já agora, onde acham que podem ser compradas? Quem adivinha?

modelo feminino

modelo masculino

4.6.13

verdade ou mito #19

De acordo com um estudo recente, a larga maioria das pessoas prefere ficar sem sexo do que ficar privada de telemóvel. Neste estudo, realizado a pessoas entre os 18 e 30 anos, envolvidas em relacionamentos sérios, 94% dos inquiridos revelou preferir ficar sem relações com o(a) parceiro(a) do que ficar privado do aparelho móvel. Como o estudo foi realizado no Reino Unido, vamos dar outra dimensão ao mesmo. Estes resultados são verdade e preferiam ficar sem sexo? Ou são mito? Pois o sexo é muito mais importante do que o melhor telemóvel do mundo.

profissão que esvazia o mini bar

Um dos filmes mais marcantes que vi nos últimos tempos foi Diamante de Sangue. Uma história pesada e intensa, em torno de um negócio sem escrúpulos nem regras, que movimenta milhões em todo o mundo. Num destes dias estava a rever o filme, que conta com Leonardo DiCaprio e Jennifer Connelly nos principais papeis e onde a actriz dá vida a uma jornalista.

Ao rever o filme prestei maior atenção a um diálogo que me passou despercebido na primeira vez que vi o mesmo. Os protagonistas da conversa são os mesmos do filme, que estão a dançar enquanto trocam estas palavras.

Ele: Porque não vamos para o teu quarto, para ver o que há no mini bar?
Ela: Sou jornalista. Bebi tudo.

Sendo jornalista, não posso deixar de achar piada a esta troca de palavras. Ao mesmo tempo que me questiono: será esta a imagem que algumas pessoas têm do jornalismo e dos jornalistas? Que somos uma espécie que funciona movida a álcool? Mentia se dissesse que nunca bebi nada de um mini bar nas viagens profissionais. Quem nunca o fez que atire a segunda pedra porque a primeira já atirámos todos.


Pessoalmente, o meu cérebro ou as minhas mãos não são movidas a álcool. Não escrevo textos profissionais desse modo. Porém, não critico quem defende que um copo ou dois de uma qualquer bebida são ideias para descontrair e dar largas à imaginação. Há quem o faça para criar algo, tal como há quem o faça para ser fotografado. E são apenas dois exemplos. Mas será essa a imagem que existe dos jornalistas?

inspira, expira (num processo que se repete vezes sem conta)

Gosto de me considerar uma pessoa calma. Que não explode com facilidade. Porque considero que fazer isso é o caminho mais rápido para a ignorância. É uma forma eficaz de perder a razão. De dizer asneiras que se misturam com outras tantas verdades, nuas e cruas, que acabam por passar despercebidas.

Porém, tenho os meus limites. Que quando são atingidos fazem com que me transforme numa verdadeira besta. Que, ao estilo de Lucky Luke, dispara mais depressa do que a própria sombra. E como besta que sou, refugio-me na música. Que me acalma. E tranquiliza. Para mim, a música é uma espécie de exercício de yoga que me deixa calmo enquanto faço o símbolo da paz com os dedos.


Por isso, obrigado Chad Hurley, Steve Chen e Jawed Karim. Obrigador por terem desenvolvido o youtube. Obrigado também a todas as pessoas que carregam excelentes concertos neste site que agrega vídeos, que ocupam os meus ouvidos enquanto as horas vão passando. Graças a vocês, a besta que há em mim, e que está protegida por frágeis barras, continua bem quietinha. Abençoados. E que não falhe a internet para poder ouvir música o dia inteiro.

praia da velha

A poucos metros da minha casa situa-se a praia da Velha. Fica no Seixal e o seu nome original é praia da Ponta dos Corvos. Cresci a ouvir falar mal da margem Sul. Que é zona de assaltos. Terra de bandidos. De assaltos. Do pior que existe. Num passado não muito distante até se referiram à minha zona como sendo um deserto.

Depois, existem as pessoas da margem Sul que têm vergonha da própria margem Sul. Destas, algumas frequentam a referida praia da Velha. Mas sempre com vergonha. Vão lá mas nunca dizem que vão. Até conheço uma senhora que se bronzeava nesta praia mas contava nos cafés que tinha passado uma quinzena no Algarve.

Confesso que nunca mergulhei na praia da velha. Mas digo, com orgulho, que quando era mais novo costumava fazer praia num local bem perto deste areal. E é com orgulho que conto que era o local de eleição onde passeava com o meu cão. Porém, a fama da praia da velha está prestes a mudar.


O estuário do Tejo tem, pela primeira vez, uma praia de Ouro. E qual é essa praia? É a praia da Velha, no Seixal, com a Quercus a enaltecer o trabalho feito no tratamento das águas residuais urbanas em ambas as margens. Palpita-me que a vergonha dará lugar ao orgulho. E que as pessoas vão deixar de esconder as toalhas quando vão para a praia da Velha passando a orgulhar-se de se banharem numa praia de qualidade.

3.6.13

adoro quando cuidas de ti

Hoje recebi um email onde dizia assim: “adoro quando cuidas de ti.” Confesso que, por momentos, pensei que que a simpática, bela e sensual Jessica Athayde tinha mesmo reparado em mim. Depois, já longe do calor e das alucinações, percebi que se trata de uma campanha publicitária para a Philips. E confesso que gosto da campanha. Pelo facto da actriz estar irresistível nas fotos que mostram uma mulher mais ousada e uma menina que parece passear na mais bela pradaria.

Mas, os encantos da Jessica estão longe de ser aquilo que considero mais importante nesta campanha. “Os cuidados de beleza não são exclusivos das mulheres. Cada vez há mais homens a cuidarem da sua imagem e do seu corpo e, confesso, nós mulheres gostamos que assim seja”, diz. Indo depois directa ao cerne da questão. “Adoro quando cuidas de ti” refere, numa mensagem que dirige a todos os homens portugueses. A campanha dá ainda ênfase a este tema, dizendo que um dos segredos das mulheres passa por gostarem que nós, homens, cuidemos de nós.

Acho importante que as mulheres digam aos homens que gostam que eles cuidem deles. Tal como aprecio que os homens digam o mesmo às mulheres. E acho que já é altura dos casais perderem o receio de dizer a quem amam que está na altura de cuidar do corpo e da imagem. Por norma, os casais dizem que está tudo bem, mesmo quando acham o contrário. Quando entendem que está tudo mal e que o parceiro deixou levar-se pelo desleixo. Existem pessoas que acreditam que dizer que não estão satisfeitos com o aspecto do companheiro poderá ser entendido como um sinal de falta de amor. Ou que não o fazem a pensar que isso poderá levar a uma discussão. Mas, o que é certo é que quando as pessoas mudam, ouvem logo “estás muito melhor assim”, vindo de quem amam. A mesma pessoa que dizia estar tudo bem e não ser necessária qualquer mudança.

É certo que é uma campanha publicitária. É certo que tem uma imagem de uma mulher linda e sensual a transmitir essa mesma mensagem de apoio para os homens. Mas acho que qualquer pessoa pode/deve assumir o papel de Jessica Athayde e dizer: “adoro quando cuidas de ti”, caso a pessoa já seja cuidada. Se a pessoa for desleixada, deverá dizer: “adorava que cuidasses de ti.” Ganha a pessoa. Ganha o casal. Ganha a relação. Mas, o mais importante é que será sempre a própria pessoa quem mais fica a ganhar.




atestado de estupidez? não, obrigado

Num destes dias deparei-me com uma situação protagonizada por um “famoso” português. Essa pessoa congratulava-se por ser notícia devido ao seu trabalho em vez de ser notícia devido à sua vida pessoal. Algo que aplaudo. Enquanto jornalista, sou o primeiro a defender que qualquer publicação, sem excepção, devia viver do talento das mais variadas pessoas. Claro que existe curiosidade em relação à vida pessoal dessas mesmas pessoas. Isso é mais do que aceitável. Mas defendo que esse lado mais pessoal (que só é explorado até onde as pessoas deixam) só deve ser explorado em pessoas realmente interessantes. Cuja vida pessoal seja equilibrada em relação ao seu lado profissional que todos conhecem.

Agora, há pessoas que tomam a atitude que referi. E que são aplaudidas por centenas de pessoas. “Muito bem”, “assim é que é”, “a imprensa é uma vergonha”, são exemplos de alguns comentários que se misturam no meio de outros tantos likes numa qualquer rede social. Mas, a verdade é que existem pessoas que, quando fazem isto estão somente a passar um atestado de estupidez. Em primeiro lugar a eles próprios. Depois, a quem os aplaude. E é claro, aos jornalistas. A todos. De todas as áreas. Sem excepção.

As pessoas aplaudem esta atitude porque desconhecem a realidade dos factos. As pessoas estão do lado destes tipo de famosos porque, de forma natural, entendem que os mesmo têm a sua privacidade exposta contra a sua vontade. Mentia, enquanto jornalista, se dissesse que isto não acontece. Porque acontece aqui. No Reino Unido. Em Itália. Nos Estados Unidos da América. E em todo o mundo. E acontece nas revistas do social como acontece nas publicações que as pessoas consideram sérias. Com uma pequena diferença. Nós somos uns meninos da mamã que têm bom coração e que guardam assuntos bastante delicados na gaveta de modo a não prejudicar outras pessoas. Isto na política. No desporto. Na televisão. E nas vidas pessoais.

O que as pessoas não sabem é que muitos famosos, os tais que criticam o jornalismo social e que aplaudem ser notícia pela carreira, entram em contacto com muitas revistas. Eles, ou alguém que fala por eles. E essas mesmas pessoas estão sempre dispostas a expor o seu lado mais íntimo. Desde que essa exposição seja acompanhada de chorudos vales de compras para roupa para os seus rebentos ou então uma viagem a um qualquer parque de diversões num país mais ou menos distante. Criticam quando são notícia pela vida. Mas quando essa exposição é recompensada por bens está tudo ok. Quanto maior o valor da recompensa, maior a exposição da intimidade. Mas, se o fazem, não caiam no ridículo de criticar quem vos dá tempo de antena, mesmo que seja porque têm uma unha encravada. E sem vos pagar a ida a um qualquer salão onde ficam com os pés como novos.

Atestados de estupidez? A mim, não. Obrigado.

fu(piiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii)

Por vezes tenho dificuldade em perceber a atenção que é dispensada a tudo aquilo que é acessório ao mesmo tempo que se ignoram coisas realmente importantes. Algo que me irrita pela manhã é aquele momento em que estou a ouvir uma música que adoro. Daquelas que fazem subir o volume do rádio. E cantar em voz alta. Músicas que, em algumas ocasiões têm um (ou vários) fucks pelo meio. E irrita-me que, até às dez horas da manhã, se não estou enganado, esses fucks sejam omitidos das músicas. Não são cobertos com o tradicional piiiiiiiiiiiiii mas com um silêncio que dá um vazio desnecessário à música.

Será que vem algum mal ao mundo por aquele fuck ser difundido na rádio pela manhã? Será que o país ficará pior? Passará o fuck a ser usado com maior frequência? Será que as crianças que ouvirem a expressão têm garantido um futuro menos risonho e um acesso directo à marginalidade? Penso nisto porque noto que não há problema em que sejam transmitidos pela manhã desenhos animados onde as personagens lutam umas contra as outras e até se matam. E porque temos programas nacionais, emitidos em horário nobre onde são ditas asneiras em bom português. E porque no cinema, onde “ninguém” controla a idade das pessoas que assistem aos filmes constam palavras nas legendas bem piores do que aquele fuck que é omitido de uma música que toca na rádio pela manhã. E podia continuar nos exemplos.


Compreendo que, para algumas mentes mais reservadas, seja um crime deixar que um fuck seja dito na rádio até uma certa hora. Até aceito que o façam. Desde que não transformem esta simples asneira estrangeira no maior problema nacional. Mas, do meu ponto de vista, essa atitude não é nada mais do que dar uma atenção exagerada a um simples acessório, ao mesmo tempo que se ignoram outros problemas bem mais graves do que deixar que um cantor solte um fuck na rádio.

há uma linha que separa

Há uma linha que separa a temperatura aceitável para estar o dia inteiro fechado no local de trabalho da temperatura que nos faz sonhar com chinelos, calções, praia e mergulhos.

Para mim, essa linha anda algures pelos 23 graus. É essa a temperatura que divide a minha linha de pensamento. Até aos 23 graus não divago muito. A partir daí o meu corpo pede, quer dizer, exige praia.

Como nem sempre posso aceder a tais desejos, resta-me somente sonhar com praia. Com mergulhos e outros banhos de Sol. Isto enquanto aguardo que seja criada uma lei que obrigue os patrões a concederem três horas de praia por dia, sempre que os termómetros ultrapassem os 23 graus.

E é agarrado a esta ideia utópica que me preparo para sofrer ao longo das próximas horas. Ainda não são dez da manhã e já estão quase trinta graus. Vai doer... vai vai!

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