Discriminação e humilhação. É disto que se queixa a modelo Isabelle Eleanore. Mas para chegar a estas acusações é necessário fazer um enquadramento da história. Que tem como protagonistas uma companhia aérea, a modelo em questão e a indumentária que decidiu vestir num voo. Ingredientes mais do que suficientes para que exista uma enorme polémica.
Tudo aconteceu num voo da Jetstar que tinha como destino Melbourne, na Austrália. Tudo corria bem até ao momento em que Isabelle Eleanor foi abordada por uma hospedeira de bordo. Que, segundo a modelo, a forçou a vestir um colete que cobrisse o top que tinha vestido. Isto apesar de ninguém no aeroporto a ter abordado nesse sentido.
“Tive de atravessar o avião com aquele colete vestido. Isto é discriminação e humilhação”
“Não pode voar connosco com aquilo que tem vestido. Não pode usar um biquíni”, conta Isabelle Eleanore ao Daily Mail, referindo-se aquilo que a funcionária lhe disse. “Fez uma grande cena quando entrei no avião e fez-me esperar à frente de todos enquanto procurava algo para me tapar”, revelou nas suas redes sociais. “Tive de atravessar o avião com aquele colete vestido. Isto é discriminação e humilhação. Aparentemente, o meu top é muito pequeno e não posso voar sem me tapar. Se tivesse os seios pequenos, aposto que não me tinham dito nada. Forçaram-me a vestir um colete. Estou perdida... isto é 1921 ou 2021?”, acrescenta.
Mais tarde, em declarações à 9News, a modelo voltou a abordar o tema. “A hospedeira de bordo olhou para o bilhete, depois olhou para mim e perguntou se não tinha nada para vestir. Ainda pensei que estava preocupada que pudesse ter frio durante a viagem ou que estaria frio em Melbourne”, diz. Isabelle Eleanore levanta ainda outra questão. “Será que deveria estar a utilizar um colete de alguém durante esta pandemia?”.
“Irei lutar contra todos os tipos de bullying”
“Uma minoria pensa que estou a aproveitar esta situação para ter atenção dos media, mas estou a defender-me e a dar a cara por aqueles que já se tenham sentido vitimizados por outros. Irei lutar contra todos os tipos de bullying, isto tem de parar”, conclui. Também a companhia aérea já abordou a polémica. “Contactámos a Isabelle devido à recente experiência e pedimos desculpas pela forma como a situação foi tratada”, explica. “Houve uma má interpretação sobre a nossa política e relembrámos a tripulação daquilo que é necessário a nível de roupa. Temos exigências básicas nos nossos voos e não temos nenhuma política relacionada com tops”, termina.
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