Por mais liberais que as pessoas digam ser, acredito ser bastante complicado a entrada de uma terceira pessoa numa relação. E acho que por mais que as regras estejam bem estabelecidas entre o casal, e mesmo que o ménage à trois seja uma fantasia de ambos, poderá abrir-se uma porta complicada de fechar. E dei por mim a pensar nisto depois de ter lido um desabafo de Demi Moore dos tempos em que mantinha uma relação com Ashton Kutcher.
De acordo com as palavras da actriz, esta aceitou fazer sexo a três de modo a agradar o marido. “Queria mostrar-lhe que era cool e que podia ser divertida”, relata na sua autobiografia. O sexo a três aconteceu e, segundo Demi Moore, várias traições de Ashton Kutcher. Que se defendeu com o ménage à trois. “Como tínhamos inserido uma terceira pessoa na relação, o Ashton disse que as linhas já não eram claras e que isso justificava o que tinha feito”, escreve no livro.
Entretanto, Ashton Kutcher já veio a público demonstrar o desagrado com o livro da ex-mulher e até partilhou um contacto telefónico para os fãs que desejem enviar-lhe uma mensagem e ficar a conhecer aquilo que diz ser a sua verdade. Mas vamos supor, mesmo ignorando os nomes, que estes ingredientes são reais. Que um casal decide fazer sexo a três para satisfazer o desejo de um. Será fácil limitar a presença de uma terceira pessoa aquele momento único?
Ou será que fica aberta uma porta que nenhum dos dois consegue fechar. Sentindo ambos, tal como é referido por Demi Moore na obra, que passa a ser complicado definir as linhas de uma relação. Como referi no início do texto, considero ser uma gestão muito complicada de fazer. Por mais que ambos garantam que tudo fica por ali e que se trata de um episódio único para apimentar a relação. Creio que instala-se a ideia de que qualquer um tem poder para incluir uma terceira pessoa sempre que quiser e sem que seja necessária a presença dos três ao mesmo tempo.
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