Volta e meia converso com alguns amigos (com e sem filhos) sobre o comportamento das crianças nos dias que correm. E todos concordamos que passam a vida agarrados aos telemóveis e tablets. Conheço pessoas que dizem proibir esse comportamento em casa, assumindo também ser algo complicado de contrariar fora de portas. Até porque “todos o fazem”, dizem.
E esta frase é muito verdadeira. Hoje em dia, quer seja num café, restaurante ou noutro espaço qualquer, é praticamente impossível não encontrar uma criança agarrada a um gadget. Algo de que muitos pais gostam, até porque assim os filhos estão quietos e não aborrecem ninguém. E como é fácil calar uma criança deste modo, dá- se o aparelho para a mão.
Por outro lado, não concordo com isto. Talvez porque faça parte de uma geração que se habituou a estar à mesa a ouvir conversas dos pais ou a fazer desenhos nas toalhas de papel. Os tempos eram outros mas uso sempre como comparação o momento em que passei a ter computador e consola, algo que nunca foi mais importante do que brincar na rua com os meus amigos.
Nos dias que correm é o oposto. Parece existir um incentivo ao vício dos aparelhos. Já estive em restaurantes em que estão três filhos à mesa, cada um com o seu tablet, os pais com os telemóveis na mão e ninguém fala com ninguém. Algo que se prolonga durante praticamente toda a refeição. É certo que cada família sabe de si, mas existem dados que devem ser tidos em conta.
As crianças não só passam a vida agarrados aos aparelhos, como mergulham com a cabeça dentro dos pequenos ecrãs. E este é um dos perigos. Diversos especialistas estão a alertar para o perigo deste comportamento. Que pode acelerar a miopia nas crianças. Algo que resulta do uso exagerado destes aparelhos.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde, em 2020 35% da população mundial terá miopia. Percentagem que pode subir para os 52% em 2050. Números verdadeiramente preocupantes. Se os pais não conseguem acabar com este vício dos filhos, certifiquem-se de que os aparelhos estão a uma distância de 30/40 centímetros dos olhos e, pelo menos, tentem que o uso não seja prolongado. Idealmente, e por mais que custe, acabem ao máximo com este vício que transforma uma criança em algo que não deveria ser.
Tão verdade. Eu ainda faço parte da minoria que não dá telemóveis nos cafés e/ou restaurantes, que não tem tablet em casa. Diria que vivo de certa forma, noutro tempo. Claro que dá trabalho...por exemplo, eu tenho 2 filhos e a semana passada passei três horas numa sala de espera com um deles..e jogámos ao STOP, à sardinha e ao "pedra, papel ou tesoura". Não é fácil ser criativo sob stress..mas é possível! Abraço!
ResponderEliminarFazes tu muito bem em ser assim. Parabéns!
EliminarBom dia.
ResponderEliminarMuitos parabéns pelo texto, principalmente pelo teor! Convém referir que a culpa é sempre dos pais que habituam as criancinhas muito mal. Mas parece que não há volta a dar! Um texto que merece sempre uma leitura atenta. Obrigada.
Bjocas
Espero-te lá no nosso cantinho ;)
Os pais têm culpa em muitas coisas, nem que seja porque têm receio de vencer as modas e tendências.
EliminarVou lá dar uma espreitadela ;)
Beijos