Participar nos Jogos Olímpicos de Inverno não é uma experiência para todos. Que o diga Remi Lindholm, o esquiador finlandês, de 24 anos, que representou o seu país no evento realizado em Pequim, na China. O atleta está a dar que falar por um insólito desabafo. Dizendo que ficou com o pénis congelado durante a competição de 50 quilómetros de cross-country. Prova que foi realizada com com 17 graus negativos. O que levou a organização a encurtar o percurso para 30 quilómetros para evitar a hipotermia dos atletas.
“Podem adivinhar qual a parte do meu corpo que estava congelada quando acabei”, diz, referindo-se ao pénis. “Foi das piores competições em que participei. Isto foi só apenas lutar”, acrescenta em declarações aos órgãos de comunicação social finlandeses, citadas pelo britânico The Guardian.
No final da prova, Remi Lindholm recorreu a um saco quente para descongelar o pénis. “Quando as outras partes do meu corpo começaram a aquecer, a dor era insuportável”, desabafa. Revelando ainda que é a segunda vez que lida com este problema. A primeira aconteceu em 2021, durante uma competição em Ruka, na Finlândia.
Será possível o pénis congelar?
Em conversa com o site VivaBem especialistas partilham a sua opinião em relação ao que poderá ter acontecido, não acreditando que o órgão tenha congelado. “Qualquer parte do nosso corpo pode congelar na sequência do frio, mas as áreas de extremidades, como mãos, pés, orelhas e ponta do nariz são as mais comuns para que isso aconteça, devido à exposição”, começa por dizer o urologista Renato Faria.
É certo que o pénis também á uma extremidade, mas acaba por não sofrer tanto com o frio. “Do ponto de vista genital, o pénis também pode congelar, mas isso é uma apresentação extremamente incomum”, explica. “E quando está numa situação de frio, o pénis retrai. Então, existe uma capacidade de deixar o sangue continuamente a circular, sem sofrer como aconteceria em outras extremidades”, acrescenta o professor de urologia, Alex Meller.
O que realmente poderá ter acontecido?
De acordo com o professor terá sido o suor a congelar e não o pénis. “Numa competição assim é muito provável que tenha transpirado, por mais que estivesse frio. E, se isso aconteceu, essa transpiração pode ter congelado”, argumenta. “A única possibilidade seria essa, um congelamento do suor em volta do pénis”, acrescenta. “Quando congela a região em volta do órgão, a necrose, teoricamente, não acontece, porque congela apenas a pele, que depois descama. É como se fosse uma queimadura de pele e dói bastante. Mas o órgão por dentro está preservado”, conclui.
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