Como vem sendo hábito ao longo dos últimos anos, o site CareerCast – dedicado a anúncios de emprego – voltou a fazer uma lista onde constam as piores profissões deste ano. Não deve existir uma única pessoa que não tenha um dia mau no trabalho. Ou que se depare com um problema específico, que pode ir do chato do colega até à lentidão do computador, num determinado momento de um determinado dia. Porém, existem profissões nas quais os problemas são constantes. Para já, digo apenas que estão enganados aqueles que pensam que as piores profissões do mundo são bombeiros ou algo do género, devido ao risco.
A elaboração da lista teve por base critérios como ambiente, futuro e stress. E o primeiro lugar da lista, ou seja, a pior profissão de 2015 é a minha: jornalista de imprensa. Este lugar pode causar estranheza a muitas pessoas. Até porque acredito que o jornalismo ainda é visto como uma espécie de profissão de sonho. Mas não é assim. E qualquer jornalista pode comprovar isso. O stress é constante. A pressão é muita. Os trabalhos nem sempre são fáceis e exigem um grande desgaste. É um profissão recheada de ingredientes que cansam a cabeça.
E é muito mais complicado recuperar esse desgaste do que o desgaste físico. É certo que num jornal diário a noção de tempo é muito mais apertada. Mas mesmo numa publicação semanal consegue existir uma grande dose de stress. E é por isso que este lugar não me surpreende. Num destes dias vi uma tshirt onde se podia ler isto: “jornalist it´s not a career. It´s a post-apocalyptic survival skill”. E esta é uma boa forma de resumir o que é esta profissão.
Em segundo lugar está a profissão de lenhador. O último lugar do pódio é ocupado pelos militares no activo. Seguem-se os cozinheiros, locutores de rádio ou televisão, fotojornalistas, correctores de bolsa, taxistas, bombeiros e por fim, os carteiros. Posto isto, é oficial: tenho a pior profissão do mundo... pelo menos neste ano. Para o ano logo se vê se o ranking muda. Por sua vez, a melhor profissão do mundo é actuário.