Compreendo que uma relação entre duas pessoas acabe mal. Que se zanguem. Que troquem bocas. Que digam as coisas mais feias do mundo. Que não se arrependam do que fazem. Nem do que dizem. Que fiquem a odiar-se para sempre. Que nunca mais se queiram ver. Que passem a detestar a outra pessoa.
O amor é assim mesmo. Intenso. E por norma não acaba bem. Caso contrário não acabava. E nem todas as pessoas sabem lidar com o final de uma relação. Daí perceber que existam pessoas que passem a odiar as outras. Mesmo tendo em conta tudo aquilo que é bastante negativo e que está associado ao verbo odiar.
Mas existem coisas que nunca irei compreender. Como o facto de um namorado não aceitar que a namorada não lhe perdoe uma traição e que pretenda seguir outro caminho. Não satisfeito, o namorado ainda corta a cara da namorada, fazendo um corte que vai da boca à orelha. “Irei fazer com que nenhum homem olhe para ti”, diz antes de cortar a cara da agora ex-namorada.
Apesar de não ser algo que imagine, compreendo as discussões. As tais zangas que resultam em palavras feias. As bocas que se trocam. As ofensas que se fazem. O ódio que se alimenta. Mas nunca irei compreender esta mentalidade do “não és minha, não és de mais ninguém”. Nunca irei perceber uma atitude como cortar a cara de alguém que supostamente se ama, na ideia de que mais ninguém irá gostar dessa pessoa. Isto pode ter muitos nomes, e ocorrem-me vários que prefiro não partilhar, mas nunca será amor.
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