Numa altura em que Cristiano Ronaldo era já uma estrela do Manchester United, Ramon Calliste era visto como uma das grandes promessas do clube inglês. Ao ponto de treinar com o português e companhia e de ser visto como o novo Ryan Giggs, outra das estrelas do United. Internacional sub-19 pelo País de Gales, era visto como todos um craque de classe mundial. Até que uma lesão alterou os planos de Ramon Calliste, que terminou a carreira de forma bastante precoce.
Além de se destacar no Manchester United, o avançado galês passou ainda pelo Liverpool. Jogou também pelo Scunthorpe United e pelo Cambridge City FC, clube no qual acabou a carreira em 2009, quando tinha apenas 24 anos. Uma grave lesão num tornozelo colocava um ponto final numa carreira que muitos antecipavam de sonho. Poucos anos depois, em 2013, o ex-jogador apostava noutra área de negócios.
“Quando me apercebi de que o futebol não me ia dar a vida que desejava, foi uma questão de montar algo que me desse [esse estilo de vida] e rápido”
“Quando me apercebi de que o futebol não me ia dar a vida que desejava, foi uma questão de montar algo que me desse [esse estilo de vida] e rápido. Foi então que comecei a envolver-me com o negócio dos relógios através de alguns contactos que tinha do mundo do futebol”, revela ao The Sun. Agora, é dono de uma empresa que tem lucros médios anuais na ordem dos cinco milhões de euros. “Assim que vi que isto poderia ser um negócio rentável, lancei a Global Watches em 2013 e desde então que tem sido uma empresa que rentabiliza vários milhões de euros. O objectivo é continuarmos a crescer e dentro de cinco ou dez anos vender a empresa, tal como recentemente fez a Watchfinder”, acrescenta.
Ramon Calliste chega a vender relógios por 291 mil euros
Aos 35 anos, Ramon Calliste refere que é “extremamente complicado” gerir o negócio que criou. Até pelos valores que envolvem cada relógio. “Quando lidas com valores tão altos, existem várias complicações e regulamentos que é preciso seguir à risca. Fazemos tudo conforme as leis. Tenho muita sorte que sempre foi muito lucrativo desde o início. Alguns relógios consegui vender a partir dos 291 mil euros”, explica. Garantindo que parte do seu sucesso está em parte relacionado com a curta carreira de futebolista. “O facto de ter jogado futebol acabou por ajudar-me. Lidei com muitos futebolistas no início ao vender-lhes relógios, uma vez que já tinha a confiança deles. É possível que existam outras empresas que sejam mais fortes do que a minha, mas uma vez que fui jogador de futebol acaba sempre por me ajudar”, conclui.
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