Gerhard Berger fica para a história com um dos grandes pilotos da sua geração. O antigo piloto austríaco, de 61 anos, destacou-se por ser companheiro de equipa do falecido Ayrton Senna na McLaren. E também pelas duas passagens pela Ferrari: entre 1987 e 1989 e de 1993 a 1995. Agora, em conversa com o podcast MotorsportMagazine, o antigo piloto recordou a forma como é vivido o patriotismo na equipa.
“Quando estive lá, o grande desejo da Ferrari como equipa italiana é sempre tentar ganhar campeonatos como equipa italiana, todos italianos e com desempenho totalmente italiano”, refere. “Eu digo hoje, não é possível. A Fórmula 1 é muito complicada, tão alto nível, que precisas dos melhores do mundo, onde quer que os encontres, não importa a nacionalidade. No final do dia, o campeonato vai voltar para Itália de qualquer maneira”, acrescenta.
De forma a sustentar a sua opinião, Gerhard Berger recorda a última era dourada da escuderia italiana. “Quando olhas para trás, para Schumacher, o melhor era Ross Brawn no seu segmento”, conta. “Ele é inglês. O melhor foi Jean Todt na política e como chefe de equipa. Ele é francês. O melhor na aerodinâmica é Rory Byrne, sul-africano. O melhor piloto da época era Michael Schumacher. Ele é alemão”, prossegue. “Jean juntou tudo isso, formaram uma equipa internacional fantástica e conseguiram o sucesso. É assim que funciona”, defende.
Durante a conversa, o antigo piloto abordou ainda o seu amor pela equipa que representou em duas ocasiões. “Eu amo a Ferrari, o meu coração é a Ferrari”, diz. “Mesmo que, no momento, as coisas não estejam a dar certo, sou um adepto. Todos nós devemos ficar juntos. Esperamos que tomem as decisões certas para as pessoas certas e a Ferrari seja uma candidata ao campeonato mundial”, conclui.
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