9.7.20

actor arrasa papel emblemático de Ben Affleck

É preciso recuar até ao final de 2012 para falar de Argo. Este é considerado um dos melhores filmes de Ben Affleck, que realizada e protagoniza a longa-metragem. Prova disso são os três Óscares que o projecto levou para casa. Com especial destaque para um dos mais desejados, que é o de Melhor Filme. Ainda assim, e oito anos depois, o papel de Ben Affleck foi alvo de críticas por parte do ator Edward James Olmos.

O actor que entrou em filmes como Blade Runner: Perigo Iminente (1982) defende que a falta de representatividade em Hollywood não afecta apenas a comunidade negra. Visto como um dos mais respeitados actores de origem latina, Edward James Olmos abordou, em conversa com Deadline Hollywood, alguns dos problemas que detecta na capital mundial do cinema.

De acordo com o actor, de 73 anos, a conversa em torno da representatividade é vista apenas a “preto e branco”. Criticando assim que as comunidades latinas, indígenas e asiáticas sejam ignoradas nos debates. Para defender o seu ponto de vista, Edward James Olmos recupera Argo, filme no qual Ben Affleck dá vida a Tony Mendez, um agente latino da CIA que foi o autor do brilhante plano de resgate de diplomatas norte-americanos no Irão em 1980.

“Ele [Ben Affleck] nunca deveria ter interpretado Tony Mendez”


“Ele nunca deveria ter interpretado Tony Mendez. Ele era o realizador e deveria ter conseguido o Michael Peña ou Andy Garcia, ou eu, Jimmy Smits, qualquer um de uma quantidade enorme de pessoas que podiam lidar com esses papéis”, acusa. Além disso, o actor não se contenta com a explicação de Ben Affleck, que fez saber que o estúdio não daria luz verde ao projecto caso não fosse ele o protagonista.

“Tretas. Ele foi o realizador, ele escreveu. Ganhou o Óscar de Melhor Filme, portanto do que é que se está a falar? Tony Mendez era um ‘Chicano’, um americano-mexicano, nascido em El Paso, Texas. Agora, 99% das pessoas nem sequer sabem disso. Não fazem ideia de que existiu um latino que fez aquilo”, defende. Por fim, Edward James Olmos avança ainda com uma teoria para aquilo que aconteceu no filme. Algo que alegadamente soube através de outras fontes. E que passa pelo facto de Tony Mendez não gostar de ser “Chicano” devido ao facto de o seu pai mexicano ter abandonado a mãe norte-americana depois de a engravidar.

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