Vivemos numa época em que existe uma
verdadeira febre em torno das redes sociais. Vídeos, fotos, textos (mais curtos
ou mais longos), isolados ou misturados. Vale tudo consoante o objectivo de
cada pessoa. Sendo que muitos utilizadores procuram/ambicionam o texto mais
lido, a foto mais vista e o vídeo mais comentado. E em alguns casos este
objectivo atinge um ponto tal que o bom senso deixa de prevalecer.
Por causa da moda das redes sociais
existem cada vez mais notícias de acidentes, alguns deles fatais, motivados
porque alguém decidiu captar uma imagem ou fazer um vídeo num momento/local menos
propício para isso. O mais recente capítulo desta moda estúpida – no sentido
que em as pessoas arriscam tanto por tão pouco – está a ter lugar no Instagram.
Quem se der ao trabalho de efectuar uma pesquisa com a hashtag #weddingcakerock
irá deparar-se com milhares de fotografias captadas na Austrália, numa formação
geológica, um arenito branco que se assemelha com uma fatia de bolo de
casamento.
O que tinha tudo para ser “apenas” mais
uma bela foto transformou-se numa febre em que as pessoas arriscam a vida para
ter a imagem mais bonita de sempre naquele local. A popularidade do local
disparou o número de visitantes e aumentou também o risco corrido pelas
pessoas. O que levou a que as autoridades cortassem o acesso ao penhasco.
Este é possivelmente o maior risco em
torno das redes sociais. O desejo de algo nunca feito ignorando os riscos que
se correm por algo tão banal como uma simples imagem ou vídeo. É certo que
existem locais/situações que fazem com que seja complicado resistir a captar
uma imagem ou efectuar um vídeo. Mas o bom senso tem de estar sempre acima
desse desejo. Para que a foto não seja a última. Partilho apenas um exemplo das
fotos captadas naquele local.
#weddingcakerock (Instagram)