Com o passar dos anos, esta magia evolui para outra, um pouco mais adulta, centrada na família. A alegria dos presentes, em criança, cede espaço para o bom que é ver toda a gente à mesa. Passar largas horas a conviver como se não existisse mais nada no mundo. Os problemas são esquecidos, aquilo que nos apoquenta tiram umas horas de descanso e tudo está bem entre garfadas de bacalhau e um pouco de uma garrafa de vinho tinto aberta a pensar no jantar. Depois, há ainda uma outra fase. Que é quando começamos a ter de nos dividir por duas famílias, passando o jantar com uma e o almoço com outra. Algo que é igualmente mágico.
Daqui salto para um momento que é provavelmente o mais especial dos que já vivi. Que é passar a viver o Natal na pele de pai (e filho). Desde que a Matilde nasceu que tudo ganhou um brilho que não consigo colocar em palavras. Dou por mim a decorar a casa mais cedo. Inventam-se mil e uma ideias para a Elfo que tem estado cá por casa. Fala-se do Pai Natal e alimenta-se o lado encantado desta quadra. E tudo isto é algo que aprecio bastante. Especialmente pelos sentimentos que acabam por estar em maior destaque.
Agora, há uma coisa que não muda em nenhuma das diferentes fases que descrevi do Natal. Falo da música Driving Home For Christmas, de Chris Rea. Existem muitas (e boas) músicas de Natal. Mas esta será sempre a minha preferida. O Natal cabe todo aqui. E que bem que sabe ouvir esta música, que estive a ouvir em repeat enquanto escrevia estas linhas.
Que este seja um Santo e Feliz Natal para todos. Acima de tudo, que não fique nenhum lugar por preencher à mesa.
Sem comentários:
Enviar um comentário